Caná da Galileia. festa de casamento.
Maria antecipou-se para ajudar nos
preparativos. Talvez as bodas de algum parente próximo. Jesus chegou depois com
os apóstolos. Tudo era alegria. Noivos e convivas participavam da festa em todos
os sentidos.
Maria estava atenta a tudo. Nos dias
de hoje poderíamos denominá-la de “cerimonialista.”
Nada escapava aos seus olhos e ouvidos. Percebeu um burburinho entre os servos
e procurou inteirar-se do que se tratava. Dirigiu-se ao Filho, chamou-o à
parte, e comunicou-lhe: “Eles já não têm vinho.” (João 2,3)
Faltar vinho numa festa de bodas representava decepção e frustração para todos.
O vinho era sinal de confraternização, alegria e intimidade. Momento
preocupante. Maria fez o que deveria fazer. A resposta do Filho é que não foi
lá essas coisas: “Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou.” (João
2,4)
A
hora de Jesus ainda não havia chegado porque ninguém havia demonstrado a fé que
Ele necessitaria para realizar o milagre. Ele
necessita da nossa parte, como precisou “de cinco pães e dois peixes” para alimentar uma multidão de cinco mil
homens. Sem a nossa parte Ele nada pode fazer. A Mãe entende o filho. Maria conhecia Jesus. Não ficou um pouco
constrangida com a resposta. Ela discerniu que faltara o seu ato de fé. Então
falou em voz alta aos servos: “Fazei o que ele vos disser.” (João
2,5) E saiu de cena.
A
hora de Jesus não havia chegado por falta de uma demonstração de fé. E somente
poderia ser dada pela Virgem Maria. Ninguém conhecia ainda o poder do Homem de Nazaré. Ela, no seu coração de
mãe, sentiu que era chegada a sua hora,
para que a hora do Filho chegasse. E setecentos e vinte litros do melhor de
todos os vinhos transbordaram de seis talhas. A hora de Jesus chegara após a hora da Mãe.
Paz e
Luz
Antonio
Luiz Macêdo
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