A
última vez em que o Evangelho menciona José – esposo de Maria – traz como
referência a perda e o encontro do menino Jesus no Templo (Lucas 2,48). Esse episódio ocorreu quando Jesus tinha doze anos de
idade. Dos doze aos trinta, abre-se uma grande lacuna. Tudo é silêncio. Mas com
toda a certeza foi durante esse período que Maria conheceu a dor da viuvez.
De José
os evangelistas Mateus e Lucas nos dão algumas informações. “Jacó
gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo”
(Mateus 1,16). “Também José subiu da Galiléia, da
cidade de Nazaré, à Judéia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa
e família de Davi” (Lucas 2,4). “Não é este o filho do carpinteiro?”
(Mateus 13,55) Resumindo: José é
filho de Jacó, descendente do rei Davi, da tribo de Judá, natural da cidade de
Belém, e tem como profissão carpinteiro.
A viúva
e os órfãos desde o Antigo Testamento eram excluídos da sociedade, bem como
viviam da caridade pública e esmolas. O desamparo era sua condição primordial.
“Ai
de vós, escribas e fariseus hipócritas! Devorais as casas das viúvas, fingindo
fazer longas orações. Por isso, sereis castigados com muito maior rigor.”
Jesus adverte severamente aqueles que tratam com desdém, em vez de cuidarem das
desamparadas. Ele sabia da situação daquelas pobres mulheres. A compaixão dele
era tanta que Ele revivificou o filho único de uma viúva para que ela não
passasse por tamanha humilhação (Lucas
7,12)
Maria atravessou
o vale da viuvez. Após a morte de José foi discípula de Jesus, juntamente com
outras mulheres. Seu Filho sabia o que ela iria sofrer depois de sua entrega
total na cruz. Por esse motivo não a deixou desamparada. Sem outros irmãos,
entregou sua querida mãezinha aos cuidados do discípulo amado. Ele tinha
certeza de que ela seria muito bem cuidada. Viúva, mas amparada. “Depois
disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou
para a sua casa” (João 19,27)
Paz
e Luz
Antonio
Luiz Macêdo
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