Se existe uma página do Evangelho que mostra toda a
crueza da realidade que vemos e vivemos no nosso dia a dia, esta página
encontra-se diante de você. “O irmão entregará
seu irmão à morte. O pai, seu filho. Os filhos levantar-se-ão contra seus pais
e os matarão. Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que
perseverar até o fim será salvo.” (Mateus 10,21-22) Nada mais concreto e mais atual do que estas palavras
de Jesus.
Os
programas televisivos mostram, a cada instante, pai matando filho, filho
matando os pais, irmãos revoltando-se contra irmãos, numa série interminável de
delitos e ações contra o projeto de Deus.
Aqueles
que anunciam a Boa Nova são caluniados, perseguidos, maltratados, injuriados,
odiados, por causa do nome de Jesus. Olhe ao seu redor e veja quantos
sacerdotes, pastores, leigos, sofrem cotidianamente as amarguras das acusações,
dos falsos testemunhos...
Estêvão
foi um deles. Diácono cheio do Espírito Santo, revestido da presença de Deus e
encorajado pela fé em Jesus, guardava muito bem no coração as palavras do
Sermão do Monte: “Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e
disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e
exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”. Não temeu. Não tremeu. Enfrentou o
apedrejamento de peito aberto, repetindo as mesmas palavras de Jesus no alto da
cruz: “Senhor, não leves em conta este pecado...”
Nós
que seguimos as pegadas de Jesus, não estamos eximidos de perseguições,
provações, apedrejamentos. Seremos odiados e difamados por causa do seu nome; e
se isto não acontecer, saibamos que ainda não somos inteiramente de Jesus. Sabe
por quê? Porque nos está faltando a cruz de cada dia.
Testemunhar
Jesus ao mundo é dar a vida por ele. É ter coragem e destemor. É nunca recuar
ou vacilar. Como primeiro mártir, Estêvão sabia muito bem que aquele que
perseverasse até o fim, seria salvo. Foi com esta certeza e esta esperança
gravadas no coração, que suas últimas palavras converteram-se num testemunho
autêntico e visível do verdadeiro seguidor de Jesus: “Pai, em tuas mãos eu entrego o
meu espírito”.
Que
esta página da segunda carta aos Coríntios, capítulo quatro, versículos de oito
a doze, seja a nossa cartilha, onde aprendamos a vivenciar o testemunho
autêntico de seguidores de Jesus. “Em tudo somos oprimidos, mas não
sucumbimos. Vivemos em completa penúria, mas não desesperamos. Somos
perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos
destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus para que
também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo. Estando embora vivos, somos
a toda hora entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de
Jesus apareça em nossa carne mortal. Assim em nós opera a morte, e em vós a
vida”.
(Mt
10,17-22)
Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo
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