Vaticano, 24 Ago. 15 / 11:15 am (ACI/EWTN Noticias).- Ao
presidir ontem a oração do Ângelus, o Papa Francisco assegurou aos milhares de
fiéis reunidos na Praça de São Pedro que acreditar em Jesus não significa estar
acorrentado, e sim ser profundamente livre.
O Santo Padre assinalou que “crer em Jesus
significa fazer Dele o centro, o sentido de nossa vida.
Cristo não é um acessório opcional: é o ‘pão vivo’, o alimento essencial”.
“Unir-se a Ele, em um verdadeiro relacionamento de
fé e amor, não significa ser acorrentado, mas profundamente livre, sempre a
caminho.
Francisco se referiu ao Evangelho de ontem e
recordou que logo depois de Jesus falar que Ele o “Pão que desceu do céu, e que
Ele iria dar a sua carne como alimento e seu sangue como bebida”, aludindo ao
seu sacrifício, alguns que O seguiam ficaram desiludidos por considerar essas
palavras “julgou indignas para um Messias, palavras não ‘vencedoras’”.
“Alguns observavam Jesus como um Messias que devia
falar e agir de modo que a sua missão tivesse sucesso, de imediato”, assinalou
o Papa e assegurou que “precisamente sobre isso eles se enganavam: no modo de
entender a missão do Messias”.
O Santo Padre destacou que “até mesmo os discípulos
não conseguem aceitar aquela linguagem inquietadora do Mestre”.
“Na verdade, eles tinham entendido bem o discurso
de Jesus, tão bem que não queriam escutá-lo, porque é um discurso que põe em
crise a sua mentalidade. As palavras de Jesus sempre nos colocam em crise, por
exemplo diante do espírito do mundo, do mundanismo”.
Entretanto, destacou: “Jesus oferece a chave para
superar as dificuldades, uma chave composta de três elementos. Primeiro, a sua
origem divina: Ele desceu do céu e subirá para onde estava antes”.
“Segundo, as suas palavras só podem ser
compreendidas através da ação do Espírito Santo, Aquele que ‘dá a vida’. E é
precisamente o Espírito Santo que nos faz compreender bem Jesus”.
E o terceiro elemento, assinalou, é que “a
verdadeira causa da incompreensão das suas palavras é a falta de fé: ‘Entre
vocês há alguns que não acreditam’, disse Jesus”.
Ante o afastamento de muitos discípulos, disse o
Papa, “Jesus não poupa e nem atenua as suas palavras, ao contrário, obriga a
fazer uma escolha precisa: ou estar com Ele ou separar-se d´Ele, e diz aos
Doze: ‘Também vós quereis ir embora? ’”
“Então, Pedro faz sua confissão de fé em nome dos
outros Apóstolos: ‘Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna’. Ele
não diz ‘onde iremos? ’, mas ‘a quem iremos? ’”.
Francisco sublinhou que “o problema básico não é ir
e deixar a obra iniciada, mas é a quem ir. Daquela interrogação de Pedro,
entendemos que a fidelidade a Deus é uma questão de fidelidade a uma pessoa,
com a qual se une por caminhar junto na mesma estrada”.
“E esta pessoa é Jesus. Tudo o que temos no mundo
não satisfaz a nossa fome de infinito. Precisamos de Jesus, de estar com Ele,
de nos alimentar à sua mesa, das suas palavras de vida eterna! ”.
Continuando, o Santo Padre convidou os fiéis a se
questionar: “Quem é Jesus para mim? É um nome, uma ideia, apenas uma figura
histórica? Ou é realmente aquela pessoa que me ama, que deu a sua vida por mim
e caminha comigo? ”
“Para você quem é Jesus? Você está com Jesus? Você
tenta conhecê-lo na sua Palavra? Lê o Evangelho, todos os dias uma passagem do
Evangelho para conhecer Jesus? Carrega um pequeno Evangelho no bolso, bolsa,
para lê-lo em qualquer lugar? Porque quanto mais estamos com Ele, mais cresce o
desejo de permanecer com Ele”.
Ao finalizar, o Papa pediu à Virgem
Maria que “nos ajude a ‘ir’ sempre a Jesus para experimentar a
liberdade que Ele nos oferece, e que nos permita limpar nossas escolhas das
sujeiras mundanas e dos medos”.
Fonte 3e imagem: ACI Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário