Cidade do Vaticano (RV) – O texto
final do Sínodo dos Bispos “foi aprovado por unanimidade pela Comissão dos Dez
chamada a verificar que tudo se realizasse na máxima transparência para
apresentá-lo à Assembleia”: foi o que adiantou Padre Federico Lombardi, Diretor
da Sala de Imprensa, na coletiva concedida aos jornalistas no final da manhã de
sábado (24/10). O texto foi lido inteiramente na Sala e será votado, ponto por
ponto, na parte da tarde.
Comunhão aos divorciados e discernimento
Sobre a hipótese de readmitir à comunhão os
divorciados recasados, “o Relatório final não contém um ‘sim’ ou um ‘não’, mas
um convite ao discernimento” das situações concretas, antecipou, na coletiva, o
Cardeal Christoph Schoenborn, arcebispo de Viena. O documento vai propor critérios
para o acompanhamento pastoral, não só para a comunhão, mas para todas as
questões”.
“A palavra-chave é discernimento. Convido todos a
pensar na palavra de São João Paulo II na ‘Familiaris consortio’, onde se fala
da obrigação de exercer o discernimento porque as situações são diferentes e o
Papa Francisco, com bom jesuíta, a aprendeu quando era jovem: neste caso,
discernimento significa tentar entender a situação de uma pessoa ou de um
casal”.
Homossexualidade
A respeito da homossexualidade, o arcebispo de
Viena adiantou que “não consta muito no texto e alguns ficarão desiludidos”.
“Constatamos duas coisas. O tema tocado neste
documento é tratado sob o aspecto da família na qual existe a experiência de um
irmão, uma irmã ou um tio homossexual. Como cristãos, como lidar com estas
situações? Muitos disseram que por razões culturais ou políticas, o tema é
delicado demais. No entanto, deixar este tema fora do documento não quer dizer
que na Europa ou na América do Norte não seja um tema de Igreja, mas em nível
de universalidade temos que respeitar a diversidade das situações políticas e
culturais”.
Em síntese, para o Cardeal Schoenborn, a mensagem
principal é o próprio tema do Sínodo: Um grande ‘sim’ à família. “O êxito do
Sínodo é justamente este: a família não é um modelo superado, passado; é a
realidade mais fundamental da sociedade. Não há uma ‘rede’ mais segura em
tempos difíceis do que a família, inclusive as feridas e recompostas”.
Dom Raymundo preside sessão conclusiva
Também estava presente na coletiva de imprensa o
Cardeal Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, um dos Presidentes-delegados
do Sínodo. Dom Raymundo salientou a necessidade de os governos oferecerem
políticas públicas às famílias: “A família sozinha pode fazer pouco”, declarou.
Na expectativa da publicação do Relatório final, previsto para as 18h, ficou claro que em todas as situações, dos divorciados recasados aos jovens que têm receio de contrair o sacramento do matrimônio, as indicações são “atenção às famílias feridas; não julgar, discernir e compreender”.
Na expectativa da publicação do Relatório final, previsto para as 18h, ficou claro que em todas as situações, dos divorciados recasados aos jovens que têm receio de contrair o sacramento do matrimônio, as indicações são “atenção às famílias feridas; não julgar, discernir e compreender”.
Fonte e imagem: News.va
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