Não goste, ame! Pois somente o AMOR é capaz de construir o mundo. (Antonio Luiz Macêdo)..

sábado, 24 de outubro de 2015

MARIA CHEIA DE GRAÇA: Dezoito anos de silêncio



Biblicistas, teólogos e exegetas vasculham a Bíblia e documentos históricos sérios sobre essa lacuna da vida de Jesus e da família de Nazaré, e nada se encontra de verdadeiro e real. Podemos dizer que se trata de um mistério – uma realidade escondida. Busquemos algum direcionamento nas entrelinhas da Palavra de Deus.

O evangelista Lucas registra que aos doze anos de idade, na sua primeira visita ao Templo pela Festa da Páscoa, o Menino Jesus “perdeu-se”, e foi encontrado pelos pais três dias depois ensinando aos doutores da Lei e aos escribas. Ele conclui a narrativa revelando que “em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens.”

Aqui se encontra “o mistério” desvendado. Jesus voltou para a cidadezinha de Nazaré onde morava, e era obediente aos pais. Durante esses dezoito anos, José continuou a sua missão de provedor da família; Maria tratou de todas as tarefas relacionadas à mulher do seu tempo; enquanto Jesus crescia em idade, ajudando o seu pai em sua profissão; crescia em sabedoria espiritual tendo como mestra a mãe e os rabinos; crescia em graça porque aos poucos ia se descobrindo como Messias. Durante todo esse tempo permaneceu em Nazaré.

Cumpridor dos preceitos judaicos da Torá, não permitiu que esmaecesse em seu coração o desejo ardente de participar em Jerusalém, todos esses anos, das festas da Páscoa, das Tendas e das Primícias. Nos dias de sábado, a sinagoga era o seu refúgio, para aprofundar-se “nas coisas do Pai.”

Escritos apócrifos explicando esse grande intervalo de tempo em que o Evangelho nada menciona, criaram uma história fantasiosa de que Jesus teria voltado ao Egito para estudar na cidade de Alexandria, centro de referência cultural da época, em virtude da existência de sua famosa biblioteca. Se isso realmente fosse verdade, por que os moradores de Nazaré que o conheciam tão de perto se exprimiriam assim: “Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs, não vivem todas entre nós? Donde lhe vem, pois, tudo isso? E não sabiam o que dizer dele.” (Lucas 13,55-57a)

Antonio Luiz Macêdo
Imagem mGoogle

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