Não goste, ame! Pois somente o AMOR é capaz de construir o mundo. (Antonio Luiz Macêdo)..

sábado, 31 de outubro de 2015

MARIA CHEIA DE GRAÇA: Qual a hora da Mãe?




Caná da Galileia. Festa de casamento. Maria antecipou-se para ajudar nos preparativos. Talvez as bodas de algum parente próximo. Jesus chegou depois com os apóstolos. Tudo era alegria. Noivos e convivas participavam da festa em todos os sentidos.

Maria estava atenta a tudo. Nos dias de hoje poderíamos denominá-la de “cerimonialista.” Nada escapava aos seus olhos e ouvidos. Percebeu um burburinho entre os servos e procurou inteirar-se de que se tratava. Dirigiu-se ao Filho, chamou-o à parte, e comunicou-lhe: “Eles já não têm vinho.” (João 2,3) Faltar vinho numa festa de bodas representava decepção e frustração para todos. O vinho era sinal de confraternização, alegria e intimidade. Momento preocupante. Maria fez o que deveria fazer. A resposta do Filho é que não foi lá essas coisas: “Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou.” (João 2,4)

A hora de Jesus ainda não havia chegado porque ninguém havia demonstrado a fé que ele necessitaria para realizar o milagre. Ele necessita da nossa parte, como precisou “de cinco pães e dois peixes” para alimentar uma multidão de cinco mil homens. Sem a nossa parte ele nada pode fazer. A mãe entende o filho. Maria conhecia Jesus. Não ficou um pouco constrangida com a resposta. Ela discerniu que faltara o seu ato de fé. Então falou em voz alta aos servos: “Fazei o que ele vos disser.” (João 2,5) E saiu de cena.

A hora de Jesus não havia chegado por falta de uma demonstração de fé. E somente poderia ser dada pela Virgem Maria. Ninguém conhecia ainda o poder do Homem de Nazaré. Ela, no seu coração de mãe, sentiu que era chegada a sua hora, para que a hora do Filho chegasse. E setecentos e vinte litros do melhor de todos os vinhos transbordaram de seis talhas. A hora de Jesus chegara após a hora da Mãe.

Antonio Luiz Macêdo
Imagem Google

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