REDAÇÃO CENTRAL, 05 Ago. 15 / 12:40 pm
(ACI).- Os pais de Vincent
Lambert esperam que terminem as férias na França para poder mudar o filho de
hospital, pois aproximadamente há duas semanas a Dra. Daniela Simón, chefe do
conselho médico do hospital do Reims, indicou que o tratamento não será
suspenso e que manterão hidratado e alimentarão o homem de 38 anos.
Depois da reunião que teve no dia 23 de julho com
os familiares de Vincent, Simón explicou à mídia, no centro de saúde: “já não
existem as condições de serenidade e de segurança para continuar com este
procedimento”.
Por sua parte, Viviane Lambert, mãe de Vincent, que
ficou tetraplégico logo após um acidente de trânsito em ano 2008, declarou ao
grupo ACI
que “a doutora chegou zangada à reunião e nos disse que já não podiam nos dar
mais resultados. Pensamos que provavelmente alguém interveio, possivelmente
tenha sido o céu”.
Viviane expressou que ela e seu esposo se sentem
“muito aliviados porque esta é uma pequena vitória, mas a luta não terminou. Eu
acho que o céu escutou as nossas orações”.
Entretanto, comentou que dias depois advertiram
“que Vincent estava menos receptivo e mais decaído. Por isso estamos vigiando
dia e noite”.
Do mesmo modo, Pierre Lambert, o pai de Vincent,
disse aos meios de comunicação franceses que “o hospital mencionou a existência
de um projeto para sequestrar o paciente, por isso pediram que esteja ‘sob
proteção judicial’”. Indicou ainda que, quando pediram mais informação, os
médicos “não quiseram falar mais” sobre o assunto.
Além disso, Pierre contou que o hospital pediu às
autoridades que designem um “representante legal” do paciente.
Atualmente, os advogados estão trabalhando em toda
a história médica e legal de Vincent para poder transferi-lo a outro hospital,
mas ainda não a completam porque estão de férias.
Viviane manifestou que, ante esta dura prova,
recebeu o apoio dos advogados, que são amigos deles, de muitos jovens e da
força obtida através da Eucaristia e da oração.
“Eu vivo com esperança. Como me atacam
constantemente, eu fico muito esgotada emocionalmente. Mas eu permaneço com
esperança”, explicou Viviane Lambert ao Grupo ACI.
A mãe também assinalou que está decepcionada com o
Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) e com os políticos franceses, pois
se aproveitam da situação do seu filho, o utilizam como um caso emblemático
para que a eutanásia seja legalizada na França.
“Eles decidem quem é útil e quem não é. Para eles a
dignidade dos frágeis não existe”, concluiu Viviane Lambert.
Fonte e imagem ACI Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário