VATICANO, 07 Ago. 15 / 11:53 am (ACI).- O Papa Francisco
recordou o primeiro aniversário do êxodo de mais de 120 mil cristãos obrigados
a fugir da Planície de Nínive (Iraque) com motivo da invasão terrorista do
Estado Islâmico e pediu ao mundo não ficar mudo nem “olhar para o outro lado,
ante o fanatismo, a intolerância e a perseguição que sofrem os fiéis.
O Santo Padre manifestou sua preocupação pelos
milhares de refugiados obrigados a fugir da perseguição no Oriente Médio
através de uma mensagem enviada ao Bispo Auxiliar de Jerusalém dos Latinos e
Vigário Patriarcal para o Jordânia, Dom Maroun Lahham.
No texto, o Pontífice reconhece de novo que “são os
mártires de hoje, humilhados e discriminados por sua fidelidade ao Evangelho”.
O texto foi enviado com motivo do primeiro
aniversário da chegada dos refugiados iraquianos à Jordânia, no dia 8 de agosto
de 2014. Ali serão celebradas várias atividades nas quais participará o
Secretário Geral da Conferência Episcopal Italiana, Dom Nunzio Galantino.
“Em outras ocasiões já chamei a atenção para as
perseguições desumanas e inexplicáveis que acontece em diversas partes do
mundo, - sobretudo aos cristãos, sendo vítimas do fanatismo e da intolerância
-, normalmente mudo e inerte ao cenário de perseguição”, reconheceu o Santo
Padre.
O Papa Francisco quer que suas palavras se recordem
como “sinal de uma Igreja que não esquece e não abandona os seus
filhos exilados por causa de sua fé: saibam que uma oração cotidiana se levanta
por eles, junto ao reconhecimento pelo testemunho que nos oferecem”.
O Bispo de Roma também menciona “as comunidades que
souberam cuidar desses irmãos, evitando olhar para o outro lado”.
“Vocês anunciam a ressurreição de Cristo
compartilhando a dor e a ajuda solidária que prestam a milhares de refugiados;
com seu caminho de sofrimento, que muitas vezes escurece a esperança; com seu
serviço fraterno que também corre o risco de momentos de escuridão na
existência”, disse o Santo Padre dirigindo-se a eles.
Diante desta realidade o Papa deseja que o Senhor
os recompense, como só Ele pode fazer: “com a abundância dos seus dons”.
Na mensagem, o Pontífice chama a atenção da
comunidade internacional e solicita que “a opinião pública mundial esteja mais
atenta às perseguições contra os cristãos e, de maneira geral, das minorias
religiosas”.
“Renovo o desejo de que a Comunidade Internacional
não assista muda e inerte a tal inaceitável crime, que constitui uma
preocupante deriva dos direitos humanos mais essenciais e impede a riqueza da
convivência entre os povos, as culturas e os fiéis”.
Atualmente, milhares de refugiados foram privados
de suas casas pela perseguição que sofrem por causa da sua fé. Principalmente,
pelo autodenominado Estado Islâmico que opera no Iraque e na Síria.
Na madrugada do dia 6 e 7 de agosto de 2014, cerca
de 120.000 cristãos fugiram da Planície de Nínive, por medo de serem
assassinados pelos terroristas. Atualmente, vivem refugiados no Curdistão
iraquiano e são atendidos nos campos pela Igreja local.
Em memória deste êxodo, a Igreja no Iraque celebrou
no dia 6 de agosto uma jornada de oração pela paz. Também existe uma campanha
internacional nas redes sociais através dos hashtags #PrayForIraq
#WeAreChristians e #6deAgosto.
Fonte e imagem: ACI Notícias
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