JERUSALÉM, 23 Jun. 15 / 01:40 pm
(ACI).- Milhares de cristãos
realizaram uma manifestação ontem na Igreja
da Multiplicação dos pães em Tagbha (Israel), o templo supostamente foi
incendiado por judeus radicais não identificados no dia 18 de junho.
Segundo a Agência Fides, do Vaticano, “os cristãos
foram ao templo pois seria realizada uma reabertura do local para a celebração
da Missa dominical, solenizada pelo Patriarca
Emérito de Jerusalém dos Latinos, Dom Michel Sabbah.
Entretanto, o encontro se transformou em uma
manifestação, porque, após a Missa, centenas de jovens marcharam pela estrada
levando cruzes e bandeiras do Vaticano.
Também diziam em voz alta que não permitiriam aos
extremistas a perturbação do espírito de convivência e a aceitação religiosa de
Israel e cantavam hinos em honra a Cristo e a Virgem.
Um dos motivos que suscitou a reclamação dos
cristãos foi o ver o escrito em hebreu bíblico que os extremistas pintaram em
uma das paredes do templo que dizia: “Os falsos ídolos serão arrancados”. Esta
frase pertence a uma oração judia “Alénou LeShabéah”.
Nesta oração, repetida pelos judeus três vezes ao
final de cada prece, pedem à Deus que ‘aniquile os ídolos e os pagãos de
Israel’.
Este atentado foi condenado por diversos políticos
e diplomáticos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahou, denunciou
o incêndio como um ato violento que afetou todos os israelenses.
A polícia israelense continua com as investigações
para encontrar os responsáveis pelo atentado contra a Igreja em Tagbha.
Durante a semana passada, detiveram e interrogaram
16 judeus suspeitos. Eles eram estudantes de uma yeshiva (escola judia) localizada
em Yitzar, onde os radicais ensinam a sua doutrina à crianças e adolescentes
sob a ordem de que as outras religiões têm ‘um preço por pagar’, mas nenhum
teve participação no incêndio.
Fonte: ACI Notícias
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