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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa
recebeu nesta terça-feira (30/06), uma delegação do Conselho
Internacional dos Cristãos e Judeus que reúne 40 organizações que
promovem o diálogo entre as duas tradições de fé no mundo inteiro.
Ao recordar que em Roma encontra-se a mais antiga
comunidade hebraica da Europa ocidental, Francisco destacou que, nestes quase 2
mil anos, a convivência entre cristãos e hebreus na cidade não foi, contudo,
priva de tensões.
Porém, neste ano em que se celebram os 50 anos da
Declaração conciliar Nostra aetate, o Papa afirmou que este documento foi o
“‘sim’ definitivo às raízes hebraicas do cristianismo e o ‘não’ irrevogável ao
antissemitismo”.
“Podemos ver os ricos frutos que este documento
produziu e fazer, com gratidão, um balanço do diálogo hebraico-católico. Não
somos mais estranhos, mas amigos e irmãos”, disse o Papa.
Raízes
“Os cristãos, todos os cristãos, têm raízes
hebraicas”, prosseguiu Francisco, distinguindo contudo que as confissões
cristãs encontram a sua unidade em Cristo, enquanto o hebraísmo a encontra na Torá.
“Os cristãos creem que Jesus Cristo é a Palavra de
Deus que se fez carne no mundo; para os hebreus a Palavra de Deus está presente
sobretudo na Torá. Ambas as tradições de fé têm fundamento no Deus único, no
Deus da Aliança, que se revela aos homens por meio da sua Palavra. Na procura
de um correto comportamento diante de Deus, os cristãos se volta a Cristo como
fonte de vida nova, os hebreus ao ensinamento da Torá”, explicou o Papa.
Por fim, Francisco afirmou que a Santa Sé seguem
com “grande interesse” as atividades do Conselho, principalmente os resultados
do encontro mundial, que “proporcionam notáveis contribuições ao diálogo
hebraico-cristão”.
Fonte: News.va
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