ROMA, 30 Jun. 15 / 02:33 pm (ACI/EWTN Noticias).- “Não
sabemos por qual motivo nos negaram a renovação do visto. Nosso trabalho é
sempre o mesmo, trabalhamos na educação, em benefício dos jovens do Paquistão
de todas as religiões. Para nós foi como um raio. Mas não podemos permanecer em
um país que nos considera ilegais”.
Assim assinala a religiosa filipina Delia Coyoca
Rubio, presidenta da Convent School de Islamabad, em declarações à Agência
Fides sobre sua situação no Paquistão, país majoritariamente muçulmano, onde
foram registrados diversos casos de perseguição contra os cristãos, como por
exemplo o jovem de 14 anos acusado de blasfêmia e queimado vivo ou o caso dos
esposos – a mulher estava grávida – jogados num forno para morrerem queimados
em novembro do ano passado.
A irmã Delia, junto com as irmãs Miraflor Aclán
Bahan e Irmã Elizabeth Umali Sequenza, as três filipinas da congregação das
Religiosas da Virgem Maria, fundada pela Irmã Ignacia do
Espírito Santo, receberam uma resposta negativa do Ministério do Interior, após
apresentarem a solicitação habitual para a renovação do visto para morar e
trabalhar no Paquistão. As razões da negativa parece ser a “mudança de
trabalho” com respeito ao qual foi concedido o visto.
A irmã Delia comentou a respeito desta situação:
“Nossa instituição educativa está aberta desde 1992. Estou aqui desde 2006 e
nosso trabalho foi sempre o mesmo: a organização da escola e o ensino. Temos
2.300 jovens em um campus e em 1.000 alunos no outro instituto, crianças e
jovens de várias religiões e classes sociais. O nosso serviço é a educação,
pelo bem comum do Paquistão”.
As irmãs solicitaram no mês de abril deste ano a
renovação do visto para dois anos. Esperavam a resposta em junho. O Ministério
do Interior investigou o caso e enviou a alguns inspetores, mas há alguns dias
receberam a carta na qual as autoridades rejeitaram o pedido.
Sobre esta negativa, o Bispo de
Islamabad-Rawalpindi, Dom Rufin Anthony, expressou seu apoio às religiosas e
escreveu ao Ministério do Interior fazendo uma reclamação devido a esta
situação.
O assunto será tratado pelo Tribunal Superior de
Islamabad, segundo a Fides. Caso as religiosas tenham que abandonar o
Paquistão, a Instituição Convent School de Islamabad, que contrata a maioria de
seus professores locais, terá que ser reorganizada completamente.
Fonte: ACI Not´picias
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