Homem perfeito, grande mestre, lunático piedoso,
Filho de Deus: quem foi Jesus Cristo? Nossa resposta define como ele e seus
ensinamentos afetarão nossa vida. A resposta esboçada a seguir aborda a
historicidade da pessoa de Jesus, o que ele ensinou, e finalmente o significado
que esse ensinamento pode ter hoje.
Como podemos saber algo sobre Jesus? Quando queremos saber algo sobre uma pessoa histórica, buscamos textos
confiáveis com relatos sobre ela. Nesse contexto, historiadores perguntam o
seguinte:
- Quais textos dizem algo sobre a pessoa?
- Com que confiabilidade esses textos chegaram a nós?
- Qual é a credibilidade dos autores dos textos?
Quais textos falam de Jesus? Que a Bíblia fala de Jesus, provavelmente não surpreende ninguém. Mas
há também vários textos extrabíblicos sobre ele, por exemplo, na obra do
historiador e senador romano Tácito (* c. 58; † após 116). Ele escreveu:
"Para se livrar dos rumores [de que ele próprio incendiara Roma], Nero
criou bodes expiatórios e realizou as mais refinadas torturas em uma classe
odiada por suas abominações: os cristãos ... Cristo, de onde o nome teve
origem, sofreu a penalidade máxima durante o reinado de Tibério, pelas mãos de
Pôncio Pilatos, um dos nossos procuradores." (Tácito, Anais 15.44)
Qual a confiabilidade com que os textos chegaram a
nós? Há dois critérios importantes para avaliar a
confiabilidade com que um texto chegou aos dias de hoje:
- O intervalo de tempo entre a versão original e a cópia mais antiga disponível. Quanto maior o intervalo de tempo, mais sujeita a erros estará a cópia de um texto.
- O número de cópias existentes. Quanto mais cópias diferentes reproduzem o mesmo texto, mais seguramente esse texto corresponde àquele do documento original.
A tabela abaixo mostra a situação dos primeiros
livros do Novo Testamento (da Bíblia), chamados evangelhos, em relação a outros
escritos antigos:
Relato
|
Época da
redação
|
Cópia
mais antiga disponível
|
Cópias
|
César
|
58 a.C.
|
900 d.C. (distância 958 anos)
|
10
|
Homero
|
900 a.C.
|
400 a.C. (distância 500 anos)
|
643
|
Evangelhos
|
40-100 d.C.
|
125 d.C.
|
mais de 5.200
|
Para quase todos os escritos antigos conhecidos de
Tácito, Aristóteles, etc. a situação é comparável à das obras de César. Ou
seja, decorreram cerca de mil anos (às vezes mais) entre a redação do texto e
sua cópia mais antiga disponível, e tipicamente há menos de 100 cópias
preservadas. A situação mais favorável é a dos escritos de Homero, com
distância de aproximadamente 500 anos e cerca de 600 cópias preservadas.
Os evangelhos (e as outras partes do Novo
Testamento) foram escritos entre 40-100 d.C. As cópias mais antigas existentes
datam de 125 d.C. - e nós temos milhares de cópias. Isto significa que, segundo
critérios objetivos, os textos do Novo Testamento foram transmitidos até nós de
forma muito confiável; o texto disponível a nós hoje corresponde com segurança
ao que foi redigido pelos autores há cerca de 2.000 anos.
Qual a credibilidade dos autores? Os escritores dos evangelhos estavam interessados em relatar
acontecimentos de forma acurada, como se pode ver no seguinte trecho: "No
décimo quinto ano do reinado de Tibério César - quando Pôncio Pilatos era
governador da Judeia; Herodes, tetrarca da Galileia; seu irmão Filipe, tetrarca
da Ituréia e Traconites; e Lisânias, tetrarca de Abilene - no período em que
Anás e Caifás exerciam o sumo sacerdócio, veio a palavra do Senhor a João,
filho de Zacarias, no deserto" (Lucas 3.1-21). Aqui, o autor (Lucas)
menciona várias referências históricas para permitir a datação correta dos
acontecimentos que ele descreve: Tibério, Pilatos, Herodes, Filipe, Lisânias,
Anás e Caifás. Lucas anotou eventos ocorridos em um momento bem específico e em
um local bem determinado.
Outro argumento a favor da credibilidade dos
evangelistas, paradoxalmente, vem do fato de que, na época da escrita dos
evangelhos, os cristãos eram perseguidos, o que os levava a cuidar da correção
dos seus relatos para não acrescentar motivos de crítica aos adversários.
Finalmente, muitas das testemunhas oculares ainda
estavam vivas quando os textos do Novo Testamento foram escritos. Os evangelhos
(e os outros escritos do Novo Testamento) foram redigidos por essas testemunhas
oculares, seus colegas e/ou associados.
Uma discussão um pouco mais detalhada da
credibilidade do texto bíblico em geral encontra-se na resposta à pergunta "A Bíblia é digna de crédito? Como foi escrita?"
O que Jesus ensinou sobre si mesmo? Jesus foi um homem de carne e osso: chorou, riu, alegrou-se, ficou
enlutado, irou-se, comeu, bebeu, cansou-se, sentiu frio e dor. Mas Jesus também
foi mais do que um homem - ele próprio o enfatizou com frequência.
Muitas pessoas tem alguma familiaridade com partes
dos evangelhos, por exemplo com as parábolas contadas por Jesus. Ou com algum
trecho do Sermão da Montanha como: "Amem, porém, os seus inimigos"
(Lucas 6.35a). Ou ainda com relatos de milagres de Jesus.
Mas, no centro do que Jesus disse e ensinou, não
estão parábolas, altos padrões morais ou feitos espetaculares. O foco do ensino
de Jesus é a sua própria identidade - quem ele é - e o que ele tem a ver com as
questões fundamentais da vida de cada pessoa. Eis alguns exemplos:
a. "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não
ser por mim." (João 14.6)
Em certos
momentos, muitas pessoas suspeitam que Deus existe. Mas é possível entrar em
contato com ele? Estabelecer um relacionamento com ele? Jesus responde
afirmativamente e aponta a existência de um só caminho: "Somente através
de um relacionamento comigo você chega a Deus."
b. "Eu sou o pão da vida." (João
6.35a)
Psicanalistas
nos descrevem como seres movidos pela fome - de amor, segurança, reconhecimento
e valor. São anseios legítimos, mas se buscarmos satisfazê-los nos lugares
errados, acabaremos desapontados. Contudo, Jesus diz: "Aquele que vem a
mim nunca terá fome." (João 6.35a)
c. "Eu sou a luz do mundo." (João
8.12a)
Dificuldades
de orientação são inoportunas e podem ocorrer nos momentos mais críticos e
inesperados. Às vezes, sentimo-nos tateando no escuro. Quais são as normas
morais corretas? Onde quero chegar com a minha vida? Jesus diz: "Quem me
segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida." (João 8.12b)
d. "Eu sou a ressurreição e a vida." (João 11.25)
Qual é o
significado da minha vida, se em mais 40 ou 50 anos tudo estará terminado? Quem
me dá esperança quando perco um amigo ou um parente? O que vem após a morte?
Jesus diz: "Eu sou a ressurreição e a vida ... quem crê em mim
viverá, mesmo se ele morrer." (João 11.25-26)
e. "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu
lhes darei descanso." (Mateus 11.28)
Muitas
pessoas sofrem com preocupações, fracassos ou culpa. Para onde irão com essa
carga? Precisamos de outras pessoas, mas nossa capacidade de ajuda é limitada.
Jesus diz: "Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados e
oprimidos, eu vos darei descanso para as vossas almas."
f. "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas
ovelhas." (João 10.11)
Jesus se
preocupa com as pessoas a ponto de dar sua vida por elas.
Jesus hoje? Jesus teve
compaixão dos oprimidos e fracassados, e se relacionou com os excluídos da
sociedade. Seu amor pelas pessoas motivou tudo o que fez. Seus amigos
conviveram com ele por três anos. Os relatos nos evangelhos registram suas
observações e o impacto de suas experiências com Jesus. Mas não apenas isso: no
centro dos relatos encontramos a inusitada afirmação de que Jesus está vivo. A
evidência testemunhal e circunstancial corrobora que Jesus, uma vez
crucificado, morto e sepultado ressuscitou. John
Polkinghorne conclui: "A única explicação compatível com os
fenômenos é que Jesus ressurgiu dos mortos de uma forma tal ... que ele está
vivo hoje, glorificado e exaltado ... ainda ... relacionado com o personagem
histórico que viveu na Palestina." A certeza da ressurreição de Jesus
é também a explicação mais convincente de como um punhado de pescadores e
cobradores de impostos assustados teve condições de se tornar uma comunidade
cristã dinâmica, que penetrou completamente o Império Romano em apenas 300 anos
- apesar da perseguição em massa com constantes ameaças de tortura e execução
pública.
Hoje, inúmeros relatos pessoais demonstram que
Jesus, seu ensino e a notícia de que ele vive mantiveram seu impacto. A
diferença está na constatação de experiências semelhantes num número cada vez
maior de nacionalidades, etnias e culturas confrontadas com o relato dos
evangelhos. A pergunta "Quem é Jesus?" encontrou e continua
encontrando resposta no estudo da Bíblia e na experiência de pessoas.
Responder de forma individual ao Jesus histórico é
um desafio que se coloca a cada pessoa. Em seu livro Cristianismo puro e simples, C.S. Lewis resume o argumento da seguinte forma:
"Cristo afirma ser 'humilde e manso', e
acreditamos nele, sem nos dar conta de que, se ele fosse somente um homem, a
humildade e a mansidão seriam as últimas qualidades que poderíamos atribuir a
alguns de seus ditos. Estou tentando impedir que alguém repita a rematada
tolice dita por muitos a seu respeito: 'Estou disposto a aceitar Jesus como um
grande mestre da moral, mas não aceito a sua afirmação de ser Deus.' Essa é a
única coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse somente um homem e
dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral. Seria
um lunático - no mesmo grau de alguém que pretendesse ser um ovo cozido - ou
então o diabo em pessoa. Faça a sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de
Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser
um louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou pode prosternar-se a
seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal
condescendência, dizer que ele não passava de um grande mestre humano. Ele não
nos deixou essa opção, e não quis deixá-la."
É nesse contexto que cada um é chamado a responder
à pergunta de Jesus: "E vocês? Quem vocês dizem que eu sou?"
(Marcos 8.28).
Homem perfeito, grande mestre, lunático piedoso,
Filho de Deus: quem foi Jesus Cristo? Nossa resposta define como ele e seus
ensinamentos afetarão nossa vida. A resposta esboçada a seguir aborda a
historicidade da pessoa de Jesus, o que ele ensinou, e finalmente o significado
que esse ensinamento pode ter hoje.
Como podemos saber algo sobre Jesus? Quando queremos saber algo sobre uma pessoa histórica, buscamos textos
confiáveis com relatos sobre ela. Nesse contexto, historiadores perguntam o
seguinte:
- Quais textos dizem algo sobre a pessoa?
- Com que confiabilidade esses textos chegaram a nós?
- Qual é a credibilidade dos autores dos textos?
Quais textos falam de Jesus? Que a Bíblia fala de Jesus, provavelmente não surpreende ninguém. Mas
há também vários textos extrabíblicos sobre ele, por exemplo, na obra do
historiador e senador romano Tácito (* c. 58; † após 116). Ele escreveu:
"Para se livrar dos rumores [de que ele próprio incendiara Roma], Nero
criou bodes expiatórios e realizou as mais refinadas torturas em uma classe
odiada por suas abominações: os cristãos ... Cristo, de onde o nome teve
origem, sofreu a penalidade máxima durante o reinado de Tibério, pelas mãos de
Pôncio Pilatos, um dos nossos procuradores." (Tácito, Anais 15.44)
Qual a confiabilidade com que os textos chegaram a
nós? Há dois critérios importantes para avaliar a
confiabilidade com que um texto chegou aos dias de hoje:
- O intervalo de tempo entre a versão original e a cópia mais antiga disponível. Quanto maior o intervalo de tempo, mais sujeita a erros estará a cópia de um texto.
- O número de cópias existentes. Quanto mais cópias diferentes reproduzem o mesmo texto, mais seguramente esse texto corresponde àquele do documento original.
A tabela abaixo mostra a situação dos primeiros
livros do Novo Testamento (da Bíblia), chamados evangelhos, em relação a outros
escritos antigos:
Relato
|
Época da
redação
|
Cópia
mais antiga disponível
|
Cópias
|
César
|
58 a.C.
|
900 d.C. (distância 958 anos)
|
10
|
Homero
|
900 a.C.
|
400 a.C. (distância 500 anos)
|
643
|
Evangelhos
|
40-100 d.C.
|
125 d.C.
|
mais de 5.200
|
Para quase todos os escritos antigos conhecidos de
Tácito, Aristóteles, etc. a situação é comparável à das obras de César. Ou
seja, decorreram cerca de mil anos (às vezes mais) entre a redação do texto e
sua cópia mais antiga disponível, e tipicamente há menos de 100 cópias
preservadas. A situação mais favorável é a dos escritos de Homero, com
distância de aproximadamente 500 anos e cerca de 600 cópias preservadas.
Os evangelhos (e as outras partes do Novo
Testamento) foram escritos entre 40-100 d.C. As cópias mais antigas existentes
datam de 125 d.C. - e nós temos milhares de cópias. Isto significa que, segundo
critérios objetivos, os textos do Novo Testamento foram transmitidos até nós de
forma muito confiável; o texto disponível a nós hoje corresponde com segurança
ao que foi redigido pelos autores há cerca de 2.000 anos.
Qual a credibilidade dos autores? Os escritores dos evangelhos estavam interessados em relatar
acontecimentos de forma acurada, como se pode ver no seguinte trecho: "No
décimo quinto ano do reinado de Tibério César - quando Pôncio Pilatos era
governador da Judeia; Herodes, tetrarca da Galileia; seu irmão Filipe, tetrarca
da Ituréia e Traconites; e Lisânias, tetrarca de Abilene - no período em que
Anás e Caifás exerciam o sumo sacerdócio, veio a palavra do Senhor a João,
filho de Zacarias, no deserto" (Lucas 3.1-21). Aqui, o autor (Lucas)
menciona várias referências históricas para permitir a datação correta dos
acontecimentos que ele descreve: Tibério, Pilatos, Herodes, Filipe, Lisânias,
Anás e Caifás. Lucas anotou eventos ocorridos em um momento bem específico e em
um local bem determinado.
Outro argumento a favor da credibilidade dos
evangelistas, paradoxalmente, vem do fato de que, na época da escrita dos
evangelhos, os cristãos eram perseguidos, o que os levava a cuidar da correção
dos seus relatos para não acrescentar motivos de crítica aos adversários.
Finalmente, muitas das testemunhas oculares ainda
estavam vivas quando os textos do Novo Testamento foram escritos. Os evangelhos
(e os outros escritos do Novo Testamento) foram redigidos por essas testemunhas
oculares, seus colegas e/ou associados.
Uma discussão um pouco mais detalhada da
credibilidade do texto bíblico em geral encontra-se na resposta à pergunta "A Bíblia é digna de crédito? Como foi escrita?"
O que Jesus ensinou sobre si mesmo? Jesus foi um homem de carne e osso: chorou, riu, alegrou-se, ficou
enlutado, irou-se, comeu, bebeu, cansou-se, sentiu frio e dor. Mas Jesus também
foi mais do que um homem - ele próprio o enfatizou com frequência.
Muitas pessoas tem alguma familiaridade com partes
dos evangelhos, por exemplo com as parábolas contadas por Jesus. Ou com algum
trecho do Sermão da Montanha como: "Amem, porém, os seus inimigos"
(Lucas 6.35a). Ou ainda com relatos de milagres de Jesus.
Mas, no centro do que Jesus disse e ensinou, não
estão parábolas, altos padrões morais ou feitos espetaculares. O foco do ensino
de Jesus é a sua própria identidade - quem ele é - e o que ele tem a ver com as
questões fundamentais da vida de cada pessoa. Eis alguns exemplos:
a. "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não
ser por mim." (João 14.6)
Em certos
momentos, muitas pessoas suspeitam que Deus existe. Mas é possível entrar em
contato com ele? Estabelecer um relacionamento com ele? Jesus responde
afirmativamente e aponta a existência de um só caminho: "Somente através
de um relacionamento comigo você chega a Deus."
b. "Eu sou o pão da vida." (João
6.35a)
Psicanalistas
nos descrevem como seres movidos pela fome - de amor, segurança, reconhecimento
e valor. São anseios legítimos, mas se buscarmos satisfazê-los nos lugares
errados, acabaremos desapontados. Contudo, Jesus diz: "Aquele que vem a
mim nunca terá fome." (João 6.35a)
c. "Eu sou a luz do mundo." (João
8.12a)
Dificuldades
de orientação são inoportunas e podem ocorrer nos momentos mais críticos e
inesperados. Às vezes, sentimo-nos tateando no escuro. Quais são as normas
morais corretas? Onde quero chegar com a minha vida? Jesus diz: "Quem me
segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida." (João 8.12b)
d. "Eu sou a ressurreição e a vida." (João 11.25)
Qual é o
significado da minha vida, se em mais 40 ou 50 anos tudo estará terminado? Quem
me dá esperança quando perco um amigo ou um parente? O que vem após a morte?
Jesus diz: "Eu sou a ressurreição e a vida ... quem crê em mim
viverá, mesmo se ele morrer." (João 11.25-26)
e. "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu
lhes darei descanso." (Mateus 11.28)
Muitas
pessoas sofrem com preocupações, fracassos ou culpa. Para onde irão com essa
carga? Precisamos de outras pessoas, mas nossa capacidade de ajuda é limitada.
Jesus diz: "Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados e
oprimidos, eu vos darei descanso para as vossas almas."
f. "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas
ovelhas." (João 10.11)
Jesus se
preocupa com as pessoas a ponto de dar sua vida por elas.
Jesus hoje? Jesus teve
compaixão dos oprimidos e fracassados, e se relacionou com os excluídos da
sociedade. Seu amor pelas pessoas motivou tudo o que fez. Seus amigos
conviveram com ele por três anos. Os relatos nos evangelhos registram suas
observações e o impacto de suas experiências com Jesus. Mas não apenas isso: no
centro dos relatos encontramos a inusitada afirmação de que Jesus está vivo. A
evidência testemunhal e circunstancial corrobora que Jesus, uma vez
crucificado, morto e sepultado ressuscitou. John
Polkinghorne conclui: "A única explicação compatível com os
fenômenos é que Jesus ressurgiu dos mortos de uma forma tal ... que ele está
vivo hoje, glorificado e exaltado ... ainda ... relacionado com o personagem
histórico que viveu na Palestina." A certeza da ressurreição de Jesus
é também a explicação mais convincente de como um punhado de pescadores e
cobradores de impostos assustados teve condições de se tornar uma comunidade
cristã dinâmica, que penetrou completamente o Império Romano em apenas 300 anos
- apesar da perseguição em massa com constantes ameaças de tortura e execução
pública.
Hoje, inúmeros relatos pessoais demonstram que
Jesus, seu ensino e a notícia de que ele vive mantiveram seu impacto. A
diferença está na constatação de experiências semelhantes num número cada vez
maior de nacionalidades, etnias e culturas confrontadas com o relato dos
evangelhos. A pergunta "Quem é Jesus?" encontrou e continua
encontrando resposta no estudo da Bíblia e na experiência de pessoas.
Responder de forma individual ao Jesus histórico é
um desafio que se coloca a cada pessoa. Em seu livro Cristianismo puro e simples, C.S. Lewis resume o argumento da seguinte forma:
"Cristo afirma ser 'humilde e manso', e
acreditamos nele, sem nos dar conta de que, se ele fosse somente um homem, a
humildade e a mansidão seriam as últimas qualidades que poderíamos atribuir a
alguns de seus ditos. Estou tentando impedir que alguém repita a rematada
tolice dita por muitos a seu respeito: 'Estou disposto a aceitar Jesus como um
grande mestre da moral, mas não aceito a sua afirmação de ser Deus.' Essa é a
única coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse somente um homem e
dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral. Seria
um lunático - no mesmo grau de alguém que pretendesse ser um ovo cozido - ou
então o diabo em pessoa. Faça a sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de
Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser
um louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou pode prosternar-se a
seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal
condescendência, dizer que ele não passava de um grande mestre humano. Ele não
nos deixou essa opção, e não quis deixá-la."
É nesse contexto que cada um é chamado a responder
à pergunta de Jesus: "E vocês? Quem vocês dizem que eu sou?"
(Marcos 8.28).
Fonte: Fé e Ciência
Imagem Google
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