Cidade do Vaticano (RV) – Francisco
recebeu na manhã de quinta-feira (17/09) os participantes do encontro realizado
pelo Pontifício Conselho “Cor Unum” esta semana no Vaticano. O Conselho
analisou a crise humanitária síria e iraquiana e a participação das organizações
de caridade católicas no contexto do conflito. Atualmente, depois de 3 anos de
guerra, mais de 12 milhões de pessoas precisam de ajudas na Síria e mais de 8
milhões no Iraque.
Após agradecer a atuação das Igrejas locais e os
organismos caritativos pelo acompanhamento da crise humanitária, o Papa lembrou
a situação dos milhões de refugiados que deixaram suas casas e se abrigaram
principalmente no Líbano, na Jordânia e na Turquia, enquanto “a comunidade
internacional não está sendo capaz de dar respostas adequadas e os traficantes
de armas continuam a fazer seus interesses”.
“Isto tudo sob os olhos do mundo inteiro, pois as
atrocidades e as violações dos direitos humanos são divulgadas em tempo real
pela mídia; ninguém pode fingir que não sabe! Todos têm consciência de que esta
guerra pesa insuportavelmente nas costas do povo mais pobres. É preciso
encontrar uma solução, sem violência, porque ela cria somente novas feridas”.
Os mais frágeis e indefesos são a maior preocupação
do Pontífice: famílias, idosos, doentes, jovens sem esperança no futuro;
crianças que não podem brincar e nem estudar, privadas de um horizonte.
“São muitas as vítimas do conflito, penso e rezo
por todas. Não posso me calar a respeito das comunidades cristãs da Síria e do
Iraque, aonde irmãos e irmãs são humilhados por causa de sua fé, expulsos,
presos e até mortos. A estas agressões e perseguições, a Igreja tem respondido
com coragem, com uma presença humilde, com o diálogo sincero e o serviço
generoso em favor de quem quer que precise, sem distinções”.
Para atender a este difícil chamado, o Papa
recordou que os católicos devem reforçar a colaboração inter-eclesial e as
relações de comunhão que os unem a outras comunidades cristãs, procurando
colaborar com as instituições humanitárias internacionais e com as pessoas de
boa vontade. O lema é ‘trabalhar juntos e em sinergia’. “Não abandonem as
vítimas desta crise, mesmo que caia a atenção do mundo sobre ela”,
exortou.
Terminando seu discurso, Francisco pediu a todos
que levem sua mensagem de solidariedade e proximidade aos que vivem na
provação, sofrendo as consequências desta crise. “Em comunhão com vocês e com
suas comunidade, rezo incessantemente pela paz e o fim dos tormentos e
injustiças em suas amadas terras”.
Fonte e imagem: News.va
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