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domingo, 27 de setembro de 2015

TALVEZ VOCÊ NÃO SAIBA: Vaticano II - Quais foram os pedidos dos judeus?


No número 1001 da Tribune Juive (1987), Lazare Landau conta:
“Numa noite brumosa e glacial de inverno de 1962-63, atendi a um convite extraordinário no Centro Comunitário da Paz, em Estrasburgo. Os dirigentes judeus recebiam, em segredo, no subsolo, um enviado do papa. Na saída do Shabat, éramos uma dezena para acolher um dominicano de vestimenta branca, o reverendo padre Yves Congar, encarregado pelo Cardeal Bea, em nome de João XXIII, de nos perguntar, no início do Concílio, o que esperávamos da Igreja Católica (...)”.

“Os judeus, mantidos há vinte séculos à margem da sociedade cristã, frequentemente tratados como subalternos, inimigos e deicidas, pediam sua completa reabilitação. Provindos, em linhagem direta, do tronco abrâmico, de onde saiu o Cristianismo, pediam para serem considerados como irmãos, parceiros de igual dignidade, da Igreja Cristã (...).”

“O mensageiro branco – despojado de qualquer símbolo ou ornamento – retornou a Roma, portador das inumeráveis solicitações que reforçavam as nossas. Depois de debates difíceis (...), o Concílio atendeu as nossas expectativas. A declaração Nostra Aetate n° 4 constituiu – Padre Congar e três redatores do texto me confirmaram – uma verdadeira revolução na doutrina na Igreja sobre os judeus (...)”.

“Homilias e catecismos mudariam em poucos anos (...). Desde a visita secreta do Padre Congar, num lugar escondido da sinagoga, durante uma noite muito fria de inverno, a doutrina da Igreja tinha conhecido uma total mutação.”




Fonte: Repetimus Nostra
Imagem Google

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