O Papa Francisco visitará na próxima sexta-feira,
dia 25 de setembro, a sede das Nações Unidas em Nova Iorque. Na Assembleia
Geral da ONU o Santo Padre proferirá um discurso que é muito aguardado.
Esta semana começou a 70ª Assembleia Geral das
Nações Unidas que durará até aos primeiros dias de outubro. Esta assembleia
estabelecerá os programas de trabalho para os próximos 15 anos. O Papa
Francisco, quarto Papa que visita a ONU, será o primeiro pontífice a intervir
no contexto da programação da agenda das Nações Unidas.
D. Bernardito Auza é o observador permanente da
Santa Sé junto da ONU e falou à Rádio Vaticano na reportagem de Massimiliano
Menichetti:
“A visita do Papa é histórica. Será feita com a
participação de muitos chefes de Estado e de governo e ministros provenientes
do mundo inteiro, que vieram para o Encontro de cúpula sobre o desenvolvimento
sustentável pós-2015, durante o qual será adotado o documento contendo 17
objetivos de desenvolvimento sustentável. Será a primeira vez que as delegações
oficiais dos 193 membros da ONU e dos observadores permanentes, capitaneadas
pelas máximas autoridades nacionais, estarão sentadas na sala da Assembleia
Geral para ouvir o Papa Francisco.”
“Para permitir a visita pontifícia a Assembleia
Geral teve que mudar o horário de abertura do Encontro de cúpula,
transferindo-o das 9 para as 11h. Muitas outras coisas administrativas e
logísticas foram mudadas pela Assembleia Geral e por toda a ONU para facilitar
a visita fortemente desejada pelo secretário geral Ban Ki-moon. Podemos dizer
que nesse sentido todo o programa geral foi redesenhado em função da visita do
Santo Padre. Houve grandes e intensos preparativos para esta visita do Papa. É
uma visita complicada, por assim dizer, dada a presença de um alto número de
chefes de Estado e de governo e estamos gratos à Assembleia Geral por esta
disponibilidade de organizar a visita do Santo Padre.”
D. Bernardito Auza deixou ainda um seu desejo para
esta viagem do Papa, fazendo votos para que esta deixe marcas profundas no seio
das Nações Unidas:
“Seguramente, que deixe marcas profundas no seio da
ONU sobre as grandes questões de hoje, sobretudo na questão da segurança
internacional. Basta pensar na Síria, no Iraque, todas essas pessoas em
movimento através dos desertos, os mares perigosos... Esse é o cerne da
questão. A expectativa da Assembleia é também de que deixe marcas profundas
sobre a questão das relações entre pobreza, justiça social e ambiente, coração
da ‘Laudato si‘”.
Fonte e imagem: News.va
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