TURIM, 22 Jun. 15 / 01:54 pm (ACI).- No marco de sua
visita a Turim, o Papa Francisco presidiu ontem uma Missa multitudinária na Praça Vittorio Veneto.
Durante sua homilia, destacou que o amor de Deus é seguro e não diminui, nem
sequer diante das nossas infidelidades.
“Como é grande o amor de Deus por nós: é um amor
fiel, um amor que recria tudo, um amor estável e seguro. É um amor que não
delude, que nunca falta”, assegurou o Pontífice.
O Santo Padre também falou de “como o Senhor ama e
‘recria’, dando a possibilidade de ter uma vida
nova”. Além disso, referiu-se às famílias e da necessidade de serem acolhidas
dentro da Igreja.
“As famílias precisam sentir a carícia materna da
Igreja para avançar na vida conjugal, na educação dos filhos, no cuidado dos
idosos e também na transmissão da fé à geração jovem”, disse em sua homilia.
“Jesus encarna este amor e dele é Testemunha”,
afirmou o Papa. “Cristo jamais se cansa de querer-nos bem, de suportar-nos, de
perdoar-nos e, assim, nos acompanha no caminho da vida”.
O Pontífice sublinhou: “Por amor, Cristo se fez
homem; por amor, ele morreu e ressuscitou e, por amor, ele sempre está ao nosso
lado, nos momentos mais bonitos e naqueles mais difíceis. Pois Ele nos ama
sempre, até o fim, sem limites e sem medida”.
Além disso, indicou o Santo Padre, “A fidelidade de
Jesus não se rende, nem mesmo diante da nossa infidelidade. Jesus permanece
fiel, mesmo quando erramos e nos espera para nos perdoar: Ele é o rosto do Pai
misericordioso. Eis o amor fiel! ”
Durante a sua homilia, o Papa Francisco também
afirmou: “Outro aspecto do amor de Deus é que recria tudo, ou seja, renova
todas as coisas”.
“Reconhecer os próprios limites, as próprias
debilidades, é a porta que abre ao perdão de Jesus, ao seu amor que nos renova
desde o profundo, esse amor nos recria”. Assim, o Pontífice também mencionou
que “a salvação pode entrar no coração quando nos abrimos à verdade e
reconhecemos nossos erros, nossos pecados”.
“Desta forma, fazemos uma bela experiência
daquele que veio, não para os sãos, mas para os enfermos; não para os justos,
mas para os pecadores”, assinalou o Santo Padre.
Francisco remarcou que “o sinal de que somos
‘renovados’ pelo amor de Deus; é que fomos despojados das vestes deterioradas e
velhas dos rancores e das inimizades, para sermos revestidos da túnica limpa da
mansidão, da benevolência, do serviço aos outros, da paz no coração, daquela
própria dos filhos de Deus”.
Comentando o Evangelho no qual os discípulos estão
com Jesus em um barco e de repente se levanta um forte vento, o Papa assinalou:
“Quantas vezes pensamos que não iríamos conseguir! Ele está ao nosso lado, com
a mão estendida e o coração aberto”.
A seguir, pediu aos fiéis que se perguntem: “Estou
agarrado à rocha do amor de Deus e como vivo o amor de Deus. Pois sempre existe
o risco de esquecer deste amor tão grande que o Senhor nos mostrou”.
“Também nós, cristãos, corremos o risco de
deixar-nos paralisar pelo medo do futuro, buscando a certeza em coisas que
passam ou em modelos de uma sociedade obtusa, que tende mais a excluir, que
incluir”, advertiu o Santo Padre.
O Papa Francisco encorajou: “Sigam o exemplo dos
Santos e Beatos desta cidade, eles viveram a alegria do Evangelho praticando a
misericórdia”.
“Que o Espírito Santo nos ajude a sermos sempre
conscientes deste amor “rochoso”, que nos torna capazes de não nos fechar,
diante das dificuldades, mas de enfrentar a vida com coragem e encarar o futuro
com esperança.
No final da Eucaristia o Arcebispo de Turim, Dom Cesare
Nosiglia, entregou ao Papa Francisco as oferendas que os peregrinos realizaram
para obras de caridade durante a mostra do Santo Sudário desde iniciada no dia
19 de abril.
Fonte: ACI NotíciasT
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