SALT LAKE CITY, 18 Dez. 15 / 07:30 am (ACI).- A Diocese do Salt Lake City (Estados Unidos) publicou recentemente o
resultado de sua investigação no caso de um suposto milagre eucarístico com uma
“hóstia que sangra” em uma igreja
local.
Segundo o relatório, a cor vermelha foi devido ao
mofo de pão e não a um milagre.
A Diocese norte-americana mencionou o caráter milagroso
de cada Missa
e sublinhou a necessidade de que os católicos evitem especulações sobre
supostos milagres.
Em um comunicado publicado pela Diocese no dia 16
de dezembro, Dom Francis Mannion – sacerdote encarregado do comitê ad hoc para
a investigação do suposto milagre – explicou que “na história da Igreja, pela
Divina Providência, aconteceram milagres. O único propósito de um milagre é
obter um bem”.
“Os católicos devem usar este tempo para renovar sua fé e devoção no grande milagre da Real Presença que se dá em cada Eucaristia”, disse.
O incidente envolvendo uma hóstia consagrada ocorreu na igreja de São Francisco Xavier, em Kearns, um subúrbio do Salt Lake City, em 8 de novembro.
Nessa ocasião, durante a Santa Comunhão, um membro da paróquia devolveu ao celebrante uma hóstia consagrada que não tinha sido consumida porque a criança que a recebeu ainda não tinha feito sua primeira comunhão. A hóstia logo foi colocada pelo sacerdote em um recipiente com água para que se dissolvesse.
Depois de vários dias, a hóstia apresentou manchas vermelhas. Alguns paroquianos disseram que a hóstia parecia estar sangrando.
O administrador diocesano, Mons. Colin F. Bircumshaw, designou uma comissão ad hoc de “indivíduos de distintos campos para investigar o tema”. O grupo inclui peritos em teologia católica, direito canônico, biologia molecular e sacerdotes.
Um cientista realizou cuidadosas provas na hóstia, feito de forma reverente, e concluiu que a mudança poderia ser explicada suficientemente por causas naturais, tais como o crescimento do mofo vermelho de pão. O comitê concluiu exatamente o mesmo de maneira unânime.
Dom Mannion disse que a comissão para investigar o caso foi renomeada, devido à “agitação causada pela antecipada e imprudente exposição e veneração da hóstia”.
A cobertura midiática que surgiu após esta exposição, indicou o sacerdote, produziu especulação “sobre o que causou a mudança na cor da hóstia”.
O presbítero explicou ainda que a Igreja “presume que a maioria das situações que parecem ser fenômenos extraordinários são, na verdade, o resultado de causas naturais”.
O comitê mencionou também a necessidade de que determinem protocolos adequados para os sacerdotes das dioceses nas quais aconteçam situações semelhantes a estas no futuro.
Fonte e imagem: ACI Notícias
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