Roma,
23 Nov. 15 / 11:20 am (ACI).- O Conselho dos Imãs da França pediu expulsão dos
radicais islâmicos da Europa, por meio de um texto "solene" lido na
oração de sexta-feira, 20, nas 2500 mesquitas que há nesse país europeu onde o
Estado Islâmico perpetrou vários atentados em 13 de novembro, que deixaram mais
de 120 mortos e centenas de feridos.
É a primeira vez que uma instituição islâmica faz
uma declaração deste tipo e, além disso, denunciam que os cristãos vivem nos
países muçulmanos “com dificuldades”, enquanto eles na França e Europa o fazem
“com total liberdade e dignidade”.
A declaração assinalou que, “segundo a ideologia
destes islamistas ignorantes, o islã da tolerância, do humanismo e da abertura
e do diálogo inter-religioso se transformou em uma traição e uma colaboração
com o Ocidente”.
Isto, alertam, fez com que “os imãs tolerantes
sejam ameaçados dentro de suas próprias mesquitas por estes extremistas que
escolheram o ódio contra qualquer um que seja diferente, inclusive se esses
diferentes forem muçulmanos”.
Por isso, o Conselho de Imãs afirma que “estes imãs incompetentes como responsáveis fracassados devem deixar seus cargos a outros que sejam mais competentes e mais abertos, pois não foram capazes de tranquilizar os muçulmanos nem os franceses”.
Em seguida, assinala que “os terroristas têm pais, têm famílias. Que coisas lhes ensinaram? Foram superados pela Internet e pelas redes sociais?”. O texto indica que “a condenação aos atentados já não é suficiente, pois não podemos continuar fazendo como o avestruz. Não podemos esconder nossas cabeças embaixo da areia repetindo esta frase malévola: ‘Não somos nós, são eles!”
“Cada imã, cada responsável religioso e cada muçulmano deve assumir sua parte de responsabilidade, porque estes atentados criminosos foram cometidos em nome da nossa religião”, prosseguem.
Em seguida, o Conselho dos Imãs da França reconheceu através de declaração feita na última sexta-feira nas mesquitas do país que “os cristãos, os judeus e os ateus vivem com dificuldades no mundo muçulmano. Construir uma igreja ou uma sinagoga é um sonho impossível de ser realizado nestes países, chegando inclusive até a intervenção do presidente da república!”.
Ao contrário dos cristãos e judeus, continuam, “os muçulmanos na França e na Europa vivem com plena liberdade e dignidade. Constroem mesquitas, centros islâmicos e escolas religiosas sem nenhuma sabotagem nem exclusão”.
A declaração exortou ainda a educar os jovens “a fim de combater as ideias de ódio dentro da nossa religião” para que não se convertam em “bombas terroristas que querem destruir os valores dos países ocidentais, mas na verdade destroem as imagens do islã e o futuro do islã na França e em toda Europa”.
Estes países, recordou o texto, “nos oferecem ainda benefícios e vantagens que não encontramos em nossos países de origem, apesar de todas as dificuldades que normalmente existem nos bairros e nas periferias”.
No final da declaração, o Conselho de Imãs destacou que “o futuro de sua religião e o destino de seus filhos está em jogo, portanto, nós (muçulmanos) devemos decidir atuar ou não”.
Fonte e imagem: ACI Notpícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário