Lembramos hoje a santidade do sacerdote que, pela
sua vida e missão, mereceu ser constituído pelo Papa Pio XI, como Patrono
dos sacerdotes que, em qualquer parte da terra, se consagram às missões
populares católicas.
São Leonardo, o grande missionário do século
XVIII, como lhe chamou Santo Afonso Maria de Ligório, nasceu em Porto
Maurício, perto de Gênova, Itália, a 20 de dezembro de 1676. Aconteceu que
Leonardo perdeu muito cedo sua mãe, tendo sido criado e educado pelo seu tio.
Encontrou cedo sua vocação ao Sacerdócio, por isso, ao renunciar a si mesmo,
foi para Roma formar-se no Colégio da Companhia de Jesus. Por causa da sua
inocência e sólida virtude, conquistou a simpatia e a alta consideração de seus
superiores, que nele viam outro angélico Luís Gonzaga. Entrou para a Ordem
Franciscana, no Convento de São Boaventura, e com 26 anos já era Padre.
Começou a vivenciar toda a riqueza do Evangelho e a
radicalidade típica dos imitadores de Francisco, por isso ocupou posições cada
vez maiores no serviço à Ordem, à Igreja e para com todos. Devoto da Virgem
Maria, que lhe salvou a vida num tempo de incurável doença (tuberculose), São
Leonardo de Porto Maurício era devotíssimo do Sagrado Coração de Jesus na forma
da adoração ao Jesus Eucarístico.
Foi, no século XVIII, o grande apóstolo do santo
exercício da Via-Sacra. Era um grande amante da pobreza radical e franciscana.
Toda a vida, penitências e orações de São Leonardo convergiam para a salvação
das almas. Era tal a unção, a caridade ardente e o entusiasmo que repassava em
suas pregações, que o célebre orador Bapherini, encanecido já no exercício da
palavra, sendo enviado por Clemente XII a ouvir os sermões de Leonardo para
depois o informar a este respeito, desempenhou-se da sua missão dizendo “que
nunca ouvira pregador mais arrebatador, que o efeito de seus discursos era
irresistível, que ele próprio não pudera reter as lágrimas”. São Leonardo era
digno sucessor de Santo Antônio de Lisboa, de São Bernardino de Sena e de São
João Capistrano.
O próprio Pontífice Bento XIV quis ouvir o famoso
missionário, e para isso chamou-o a Roma, em 1749, a fim de preparar os fiéis
para o Ano Santo. Depois de derramar-se por Deus e pelos outros, São Leonardo
de Porto Maurício, não se tornou mártir, como tão desejava, mas deu toda sua
vida no dia-a-dia até adoecer e entrar no Céu a 26 de novembro de 1751, no
Convento de São Boaventura, em Roma, onde, 54 anos antes, se consagrara ao
Senhor sob o burel de São Francisco. Não se limitou apenas à pregação o ilustre
missionário de Porto Maurício; deixou também vasta coleção de escritos,
publicados a princípio isoladamente, e reunidos depois numa grande edição, que
prolonga no futuro a sua prodigiosa ação missionária, não apenas dentro das
fronteiras da Itália, mas cujo âmbito é todo o mundo civilizado, pelas
traduções feitas em quase todas as línguas cultas. Estes escritos constituem,
em geral, um rico tesouro de verdades ascéticas e ensinamentos morais e
homiléticos.
São Leonardo de Porto Maurício, rogai por nós!
Fonte e imagem: Canção Nova
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