Objeções à "teoria da evolução"
referem-se, entre outros itens:
- à abordagem da "teoria" em si, que alega ser científica, mas apresenta inquestionáveis dificuldades de transparência, lógica e método;
- aos mecanismos postulados para o processo "evolutivo";
- ao seu desempenho quando testada contra experiências especiais;
- às formulações vagas utilizadas, por exemplo, no enunciado de suas hipóteses ou quando (não) explica como exatamente um organismo supostamente evoluiu ou mudou a um outro.
Edgar H. Andrews (Professor Emérito do Departamento
de Ciência dos Materiais, Queen Mary College, Universidade de Londres) escreve
em seu livro No princípio ...: "A evolução não é uma
boa teoria. ... Ela não explica todos os fatos, e aqueles que explica não são
explicados de modo claro. A teoria não tem um bom desempenho quando testada
contra experiências especiais, porque nenhum experimento jamais mostrou que o
processo de evolução acontece realmente. A teoria é frequentemente vaga e
obscura, por exemplo, quando se pergunta como exatamente uma criatura
supostamente evoluiu ou mudou para uma outra. Não consegue dar respostas
exatas, nem mesmo boas estimativas." A análise de Andrews é compartilhada
por outros cientistas de renome. Richard Smalley (Prêmio Nobel de Química de
1996), por exemplo, refere-se ao assunto ao comentar um texto recente sobre evolução e suas
alternativas: "A evolução acabou de receber seu golpe mortal. Após ler Origins of life com meu conhecimento de
química e física, fica claro que evolução biológica não pode ter
ocorrido."
Mesmo assim, atualmente é comum que cientistas
aceitem um darwinismo revisto, chamado neodarwinismo, a versão mais usual da
"teoria da evolução". Outros, como foi exemplificado, veem os modelos
e postulados neodarwinistas com ressalvas. E há também cientistas que
desautorizam a "teoria" até mesmo como hipótese. Este é o caso de
Wolfgang Smith (Professor Emérito de Matemática que lecionou no MIT, na
Universidade da Califórnia Los Angeles e na Universidade do Estado de Oregon).
"Oponho-me ao darwinismo, ou melhor, oponho-me à hipótese transformista
como tal, não importa qual seja o mecanismo ou causa (talvez até mesmo
teleológica ou teísta) dos saltos macroevolutivos postulados. Estou convencido,
além disso, de que o darwinismo, independentemente do formato, de fato não é
uma teoria científica, mas uma hipótese pseudo-metafísica pomposamente vestida
em roupagem de ciência. Na realidade, a teoria deriva sua sustentação não dos
dados empíricos ou das deduções lógicas de natureza científica, mas da
circunstância de ser a única doutrina sobre as origens biológicas concebível na
limitada Weltanschauung (= visão do mundo) a que a maioria dos
cientistas indubitavelmente subscreve." (citado em H. Margenau; R.A.
Varghese - Cosmos, bios, theos, Open Court, 1992)
O seguinte trecho de autoria do Prof. Kenneth Hsu,
Professor Emérito da Escola Politécnica Federal de Zurique (ETH Zürich),
concisamente expõe a dificuldade de sustentar-se a denominação ciência
para o Darwinismo:
O juiz William Overton [do Arkansas, EUA, na sua decisão dos anos 80 de que o criacionismo não
seria científico] adotou cinco critérios para a definição legal de ciência,
a saber:
1. É guiada pela lei natural.
2. Deve ser explanatória com referência à lei natural.
3. É testável contra o mundo empírico.
4. É falsificável.
5. Suas conclusões são tentativas, isto é, não são necessariamente palavras
finais.
A teoria Darwiniana foi considerada científica
porque é guiada pela "lei" da seleção natural, e é explanatória com
referência a esta lei.
Mas é a seleção natural uma lei natural? Darwin
emprestou a idéia da ideologia social de Malthus. Apresentou poucos fatos
históricos, e durante o último século os paleontólogos não encontraram muita
evidência que suporta a noção de que seleção natural é uma lei natural.
A teoria Darwiniana não é experimentalmente
testável contra o mundo empírico, porque o mecanismo proposto opera num
horizonte de tempo muito maior que nosso tempo de vida. Como uma teoria para
explicar fatos históricos, é falsificável pelo registro fóssil. Assim, foi uma
hipótese científica quando proposta inicialmente. Após mais do que um século,
entretanto, percebemos que sua premissa não é suportada pelo registro
paleontológico, e suas numerosas predições mostraram-se incorretas [o autor cita uma referência]. O atual estado do Darwinismo, em
minha opinião, é comparável àquele da teoria geocêntrica de Ptolomeu durante a
Idade Média. A teoria de Ptolomeu foi ciência durante a Antigüidade, mas
transformou-se em dogma depois que suas predições foram falsificadas pelas
novas observações de Galileu. Do mesmo modo, o Darwinismo foi uma hipótese
científica, mas transformou-se numa ideologia durante o século XX.
O último critério do juiz Overton é uma expressão
da filosofia de Popper de que "a verdade científica pode ser somente falsificada,
mas não verificada". No que diz respeito a este ponto, Darwinistas
ortodoxos, com sua insistência de que não há nenhuma alternativa científica à
seleção natural, não se deram muito melhor do que fundamentalistas religiosos.
(Extraído de: Hsu, K.J. -
"Evolution, ideology, darwinism and science", Klinische
Wochenschrift, v. 67, pp. 923-928, 1989. Traduzido
pelo autor desta página.)
A discussão de objeções à "teoria da
evolução" e/ou de dificuldades desta teoria não é objetivo deste site.
Exemplos de tal discussão encontram-se nas referências listadas a seguir.
Reconheço estas publicações como merecedoras de atenção; sua citação não
implica concordância irrestrita com todos os pontos de vista e argumentos nelas
expostos.
- M.N. Eberlin - Fomos planejados, um livro que está sendo escrito online pelo Prof. Marcos N. Eberlin, com ênfase em evidências e aspectos relacionados à Química. O Prof. Eberlin é membro da Academia Brasileira de Ciências e professor de Química da Unicamp.
- W. Gitt – Did God use evolution?, 2. edição, Bielefeld: CLV, 2001. ISBN 3-89397-725-2. (Neste livro Werner Gitt discute implicações e objeções científicas e não-científicas à "teoria da evolução". Uma versão online pode ser acessada aqui. Até sua aposentadoria em 2002, Gitt foi Professor da Universidade Técnica de Braunschweig e Diretor da Physikalisch-Technische Bundesanstalt Braunschweig, PTB, a entidade técnica normativa da Alemanha.)
- W. Heitler - "Considerações sobre a probabilidade de surgimento de um novo gene", trecho transcrito de Naturphilosophische Streifzüge, F. Vieweg und Sohn, Braunschweig, 1970.
- K.J. Hsu - "Evolution, ideology, darwinism and science", Klinische Wochenschrift (título atual: Journal of Molecular Medicine), v. 67, número 17, pp. 923-928, 1989. (Neste artigo o Prof. K. Hsu explica porque darwinismo não é ciência.)
- A. Locker – "Evolução e teoria da 'evolução' sob análise da teoria de sistemas e análise metateórica", Diálogo e Antítese, v. 1, número 1, pp. 69-93, 2009. (Este artigo de Alfred Locker é uma sinopse da sua crítica da "teoria da evolução". O conhecimento abrangente do autor bem como o rigor que busca na argumentação torna a leitura do artigo muito interessante, porém trabalhosa. O texto integral do artigo no idioma original - o alemão - está disponível aqui. Locker (1922-2005) foi Professor Emérito de Física Teórica da Universidade Técnica de Viena.)
- A. Lourenço – Como tudo começou, São José dos Campos: Editora Fiel, 2007. ISBN 978-85-99145-38-8. (Este é um livro sobre origens dirigido ao público em geral. É auto contido, acessível e bem ilustrado.)
- A.E. Wilder-Smith - The natural sciences know nothing of evolution, Master Books, 1981. ISBN 0890510628. (Este livro discute objeções empíricas à "teoria da evolução". Parte do conteúdo pode ser acessado aqui. Wilder-Smith, químico falecido em 1995, recebeu três títulos de doutorado e atuou em universidades da Europa e EUA, bem como na indústria farmacêutica.)
Referências adicionais podem ser obtidas em sites
na Internet dedicados aos assuntos origem, evolução e criação.
Mas fica aqui um alerta para a falta de objetividade e/ou confiabilidade das
informações disponibilizadas em alguns desses sites. Um exemplo de site
confiável é a Internet Library, um site mantido pelo Dr.
W.-E. Lönnig, geneticista do Max-Planck Institute for Plant Breeding Research,
Alemanha.
Fonte: Fé e Ciência
Imagem Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário