Qual a melhor
parte? Este questionamento traz embutido a idéia de relativização. É claro que
sendo seres humanos únicos, temos gostos inerentes a cada um de nós.
Se tomarmos como
exemplo uma refeição, quais os tipos de comentários que ouviremos? Que feijão
bem temperado! A carne está no ponto! Nossa esse arroz eu como puro! Eu nunca
havia consumido uma salada assim! Puxa, mas esse macarrão!... Isso acontece
porque nascemos livres, nascemos com a capacidade para escolher, e de acordo
com o nosso “ser sensitivo e emocional” relativizamos pessoas e coisas.
Duas irmãs
passaram por este desafio há dois mil anos atrás, no vilarejo de Betânia,
situado a 3 km
da cidade de Jerusalém.
Após vários dias
de peregrinação pela Judéia, numa sexta-feira Jesus decide passar com os seus
discípulos o fim-de-semana em casa da família de Lázaro. A acolhida, a alegria,
a gentileza, são expressos a cada instante em sinais e gestos de amor. Jesus
está feliz! Sua fisionomia deixa transparecer este sentimento.
No sábado, a
casa acorda aos primeiros raios da manhã. O almoço tem que ser de primeira.
Após o café, o corre-corre de Marta é percebido por Jesus. Maria está aos pés
do Mestre, sossegada, atenta, inebriada. Marta não pára. Espana, varre,
arruma... Dirige-se à cozinha, corta o pão, tempera o vitelo, acende o fogo,
prepara o molho... Inquieta, preocupada, tensa, expectante, ansiosa... Queria
dar o melhor para Jesus. A melhor parte para ela era esta. Daí o desgaste.
Maria continuava calma, tranqüila, despreocupada...
Diante deste
contraste Marta não se contém:
- Senhor, não te
importas que minha irmã me deixe só a servir? Diz-lhe que me ajude.
- Marta, Marta,
andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa
é necessária; Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.
Com estas
palavras, Jesus não reprovava o comportamento de zelo e dedicação de Marta; ele
estava reprovando a sua ação de relativizar o absoluto. Maria foi elogiada não
somente porque permaneceu aos seus pés, mas porque escolheu absolutizar o
relativo. É isto que faz a grande diferença de atitude entre as duas irmãs.
E você? Prioriza
as coisas do mundo ou as coisas de Deus? Pra você, qual a melhor parte? A que
pode ser tirada ou aquela que permanecerá para sempre? Não tenha mais dúvida!
Marque o seu “X” na opção correta. Do resto, Jesus cuidará.
Antonio Luiz Macêdo
Imagem Google
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