PARIS,
17 Nov. 15 / 10:32 am (ACI).- O Arcebispo de Paris (França), Cardeal André
Vingt-Trois, presidiu a Missa na
Catedral de Notre Dame pelas vítimas dos atentados o Estado Islâmico perpetrou
na sexta-feira passada em Paris, em que meditou sobre o sentido da morte para o
cristão.
O Cardeal indicou os graves atos ocorridos em Paris
nos colocam diante de uma “realidade iniludível, próxima ou longínqua, porém
clara: nossa existência está marcada pela morte. Podemos tentar esquecê-la,
movê-la, fazê-la doce e ligeira, mas ela está aí. Nenhuma fé permite escapar
dela”.
Depois de recordar que só Deus conhece o dia e a
hora do fim dos tempos, o Arcebispo recordou que não “conhecemos nem o dia nem
a hora do nosso próprio fim e essa ignorância atormenta muitas pessoas. Mas
todos nós vemos, e os acontecimentos desta semana nos recordam isto cruelmente,
que a obra da morte não cessa jamais e fere sem distinção”.
“Assim não podemos ver as desgraças da vida, nem os sofrimentos que padecemos, como se não tivessem sentido algum. Através deles, nós podemos descobrir que Deus toca à nossa porta e que ainda nos chama à vida, abre-nos os caminhos da vida”, manifestou.
“A confiança em Deus é a luz no caminho da vida, mas não só para cada um de nós em nossa existência pessoal. Ela também é uma luz para compreender a história humana e para compreender seu desenvolvimento enigmático”, assegurou.
Nesse sentido o prelado animou os fiéis a levar esperança e dar testemunho dela para consolar os que sofrem pela perda ou agressão dos seus parentes e amigos.
O Arcebispo refletiu também sobre “como a fé cristã pode nos ajudar nestes momentos que golpearam a todos”. A força perante as provações, explicou, “vêm de nossa fé em Deus e de nossa capacidade de confiar nele”.
“Pode dizer-se que os atos selvagens da noite da sexta-feira submergiram na angustia famílias inteiras. Esta angústia é ainda mais profunda porque não se pode ter e não há explicações racionais que justificam a execução indiscriminada de dezenas de pessoas”, expressou.
Por isso, questionou: “a quem nos dirigimos nesta provação?”. E assinalou que há duas opções: “aos calmantes, que têm pouca duração e eficácia”, ou “confiar no nosso Deus, que é o Deus da vida”.
Fonte e imagem: ACI Notícias
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