O QUE FAZER
A regularidade da oração entre cristãos de
diferentes igrejas externaliza uma espiritualidade que vai se configurando
sempre mais como ecumênica. Essa espiritualidade assume um significado
fundamental não apenas para o movimento ecumênico, mas, e sobretudo, para as
igrejas nele integradas. Sob o impulso dessa espiritualidade é que se
desenvolve o ecumenismo, oferecendo aos cristãos e suas igrejas a possibilidade
de diálogo e comunhão. Não pode haver diálogo verdadeiro onde não existe uma
consciente experiência da fé e uma viva espiritualidade que toca essa própria
fé. Unindo-se em oração, os cristãos realizam ao mesmo tempo um profundo ato de
fé e uma significativa e transcendente comunhão entre suas igrejas. Todos, sem
perderem a identidade da sua tradição, condividem um raro momento de
fraternidade que supera as barreiras impostas pelos fatores de divisão. Desse
modo, a espiritualidade, enquanto emanação da transcendência divina, permanece,
junto com a oração, um recurso inesgotável de esperança ecumênica.
Pode-se concluir que tanto para a Igreja Católica
Romana quanto para as demais igrejas que se propõe a percorrer os caminhos do
ecumenismo no Brasil, é extremamente positiva e frutuosa a espiritualidade
ecumênica que vem sendo configurada pelas práticas de diálogo e cooperação
entre cristãos de diferentes tradições eclesiais. Ao menos em linha de
princípio, existe em todos uma considerável abertura para a espiritualidade
ecumênica.
Particularmente nas igrejas membros do CONIC, há um notório esforço
para que a espiritualidade cultivada não se afirme em oposição às outras
igrejas, o que agravaria a situação de divisão entre os cristãos. Assim, no
campo da espiritualidade o ecumenismo no Brasil encontra favoráveis condições
de crescimento. E isso só pode ser considerado «fruto do Espírito Santo» (UR
4), pois somente Ele possibilita a oração como «a alma do movimento ecumênico»
(UR 8).
#UmSóPastor
Ecumênico
Fonte:
CNBB
Imagem
Google
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