Não goste, ame! Pois somente o AMOR é capaz de construir o mundo. (Antonio Luiz Macêdo)..

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Crianças teimosas! (Mt 11,16-19)


Não passamos de crianças, ainda hoje, mais de dois mil anos depois de Jesus ter pronunciado estas palavras. Passando os olhos por cima, sem nos determos e meditarmos o seu significado são palavras duras. Jesus nos compara com crianças para minimizar o peso das suas intenções.

Crianças são crianças. Há horas que sabem o que querem, há horas que não sabem; há instantes que são contraditórias, há momentos em que são verdadeiras. Pela infantilidade que lhes é peculiar, as crianças são inconstantes. A inconstância é latente em seus corações. Se umas tocam, as outras não dançam; se umas lamentam-se, as outras não choram. Criança é assim.

Jesus nos compara com estas crianças “birrentas” que não sabem o que querem, mas, mesmo assim, falam, falam, falam... E o pior é que fazem julgamento colocando o próximo no Trono de Deus. Nem João Batista e nem Jesus escaparam.
João não bebia vinho e jejuava, e diziam que estava possuído por um demônio. Jesus bebia vinho e não jejuava, e diziam que era um comilão e beberrão. Implícita está a indagação de Jesus: “Finalmente, o que é que vocês querem? João gritava, vociferava no deserto, com o seu jeito de ser, incitando as multidões à conversão, com palavras que cortavam a alma e o coração - raça de víboras, hipócritas – e vocês reclamam. Eu venho e acolho publicanos, pecadores, devassos, prostitutas... e vocês reclamam também. O que está faltando?”

Somente quem é dócil à presença e à ação do Espírito Santo, é capaz de discernir os acontecimentos, e a razão da existência deles. João e Jesus. Dois comportamentos, dois modos de agir, dois tipos de pedagogia, metodologias diferentes... Mas o que importa é que a Sabedoria torne adulta a nossa infantilidade, a fim de que possamos estar incluídos em uma das Orações de Jesus: “Eu te bendigo Pai, criador do céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelastes aos pequeninos”. Pequeninos, sim; crianças, não.

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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