Não goste, ame! Pois somente o AMOR é capaz de construir o mundo. (Antonio Luiz Macêdo)..

sábado, 30 de novembro de 2019

Radicalidade e conversão


NOS PASSOS DE SÃO JOõ Pulo II
 
“Todos devemos opor-nos com uma conversão da mente e do coração, seguindo a Cristo Crucificado, no dizer não ao próprio egoísmo, à injustiça originada pelo pecado - profundamente penetrado também nas estruturas do mundo de hoje - e que muitas vezes obsta a família na plena realização de si mesma e dos seus direitos fundamentais”.

Em meio aos tissunames e avalanches de mundanidade que atingem a Família, faz-se necessária uma conversão contínua e radical no seguimento de Jesus, para se enfrentar corajosamente as forças contrárias, as forças do mal que atingem a Família

Para que se entenda melhor o sentido de conversão, tomemos como base as leis do trânsito. Dirigindo pelas ruas de sua cidade, quantas placas de conversão à direita ou conversão à esquerda você se depara. O que quer dizer isso? Você não pode seguir em linha reta, mas tem que mudar de direção. E se você desobedece esta sinalização, poderá haver uma consequência fatal pra você.

Em outro sentido, quando os raios de luz atravessam uma lente, convergem, passam a formar um ponto fixo.

No sentido geral, quando olhamos fixamente para Jesus e esta é a nossa prioridade cotidiana, pela força do Espírito Santo, Ele muda a direção e o sentido da nossa vida familiar. Por isso é que a conversão é necessária e radical. “Ninguém pode servir a dois senhores” – diz-nos Jesus.

Convertamo-nos, pois, a fim de que a nossa Família seja irradiada pela nossa ternura, pelo nosso carinho, pela nossa atenção, pelo nosso respeito, pelo nosso amor. A Família que cultiva estes valores tão simples torna-se “sal da terra e luz do mundo”, dando sabor e iluminando outras Famílias. Se assim não for, o que estaremos fazendo neste mundo? Somos embaixadores de Jesus. E foi Ele quem disse: “Sem mim, nada podeis fazer”.


Fonte: Familiaris Consortio

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Como se deu o parto de Maria?


O Evangelho não menciona em um versículo sequer algo que sugira como aconteceu o parto da mãe de Jesus. Deus nos deus inteligência e capacidade de reflexão para deduzirmos o que se encontra nas entrelinhas da Bíblia.

Na Anunciação do anjo Gabriel a Maria de que ela seria mãe, ela argumentou: “Como se fará isso, pois não conheço homem?” Uma pergunta mais do que justa. Para se tornar mãe seria necessária uma relação sexual. Ela era noiva de José, e se aparecesse grávida estaria condenada à morte por apedrejamento.

Gabriel explicou para acalmar seu coração. “O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.” (Lucas 1,35)  Nem se conhecia a pessoa do Espírito Santo. Deus Pai era o centro de tudo, era o Altíssimo. Após o que ouviu do anjo, e mesmo sem entender, entregou-se totalmente: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lucas 1,38)

Se o parto de Maria foi de forma sobrenatural, a Força do Altíssimo que a revestiu na encarnação, providenciou esse  prodígio. Se, porém, o parto foi normal – pelas vias naturais – o mesmo Espírito Santo revestiu-a de seu poder, realizando o milagre que a fez permanecer virgem antes, durante e depois do parto, “porque a Deus nenhuma coisa é impossível.”

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo



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quinta-feira, 28 de novembro de 2019

A melhor parte


Qual a melhor parte? Este questionamento traz embutida a ideia de relativização. É claro que, sendo seres humanos, únicos, temos gostos inerentes a cada um de nós.
   
Se tomarmos como exemplo uma refeição, quais os tipos de comentários que ouviremos? “Que feijão bem temperado! A carne está no ponto! Nossa esse arroz eu como puro! Eu nunca havia consumido uma salada assim! Puxa, mas esse macarrão!...” Isso acontece porque nascemos livres, nascemos com a capacidade para escolher, e de acordo com o nosso “ser sensitivo e emocional” relativizamos pessoas e coisas.
   
Duas irmãs passaram por este desafio há dois mil anos atrás, no vilarejo de Betânia, situado a 3 km da cidade de Jerusalém.
   
Após vários dias de peregrinação pela Judeia, numa sexta-feira Jesus decide passar com os seus discípulos o fim-de-semana em casa da família de Lázaro. A acolhida, a alegria, a gentileza, são expressos a cada instante, em sinais e gestos de amor. Jesus está feliz! Sua fisionomia deixa transparecer este sentimento.
   
No sábado, a casa acorda aos primeiros raios da manhã. O almoço tem que ser de primeira. Após o café, o corre-corre de Marta é percebido por Jesus. Maria está aos pés do Mestre, sossegada, atenta, inebriada. Marta não sossega. Espana, varre, arruma... Dirige-se à cozinha, corta o pão, tempera o vitelo, acende o fogo, prepara o molho... Inquieta, preocupada, tensa, expectante, ansiosa... Queria dar o melhor para Jesus. A melhor parte para ela era esta. Daí o desgaste. Maria continuava calma, tranquila, despreocupada...
   
Diante deste contraste, Marta não se contém:
- Senhor, não te importas que minha irmã me deixe só a servir? Diz-lhe que me ajude.
- Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.
   
Com estas palavras, Jesus não reprovava o comportamento de zelo e dedicação de Marta; Ele estava reprovando a sua ação de relativizar o absoluto. Maria foi elogiada não somente porque permaneceu aos seus pés, mas porque escolheu absolutizar o relativo. É isto que faz a grande diferença de atitude entre as duas irmãs.
   
E você? Prioriza as coisas do mundo ou as coisas de Deus? Pra você, qual a melhor parte? A que pode ser tirada, ou aquela que permanecerá para sempre? Não tenha mais dúvida! Marque o seu “X” na opção correta. Do restante Jesus cuidará.

Fonte: Lucas 10,38-42

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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quarta-feira, 27 de novembro de 2019

A astúcia do "príncipe deste mundo"


Satanás não é onipresente, ou seja: não pode estar em vários lugares ao mesu tempo. Mas a legião dos seus anjos decaídos realizam perfeitamente o papel do chefe. E o que nos chama mais a atenção é a paciência da qual são portadores. Os demônios não têm pressa. Esperam dias... Meses... Anos... Até que encontram uma brecha. A´começa a destruição e a morte.

Para ganhar uma alma ele se transforma em anjo de luz. "O que não é de espantar. Pois, se o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz." (II Coríntios 11, 14) Em Baturité- Ceará - através do falso vidente Ernani - ele se transformou em Nossa Senhora, e mandava mensagens que eram escritas pelo enganador, que se fazia acompanhar por caravanas de ônibus lotados para presenciar a pseudo-aparição.

Estejamos sempre em estado de vigilância e alerta, pois o Sedutor está usando processos mais sofisticados e de ação rápida para nos acorrentar. Somente sairemos  vencedores se o enfrentarmos com a Palavra de Deus. Foi o que Jesus nos ensinou quando foi tentado no deserto.

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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terça-feira, 26 de novembro de 2019

Os melindres de cada dia


Há pessoas altamente sensibilizáveis. Seu poder de auto-piedade é tanto, que se torna asfixiante frente a autoesestima, em qualquer nível. Daí a dificuldade de relacionamento com estas pessoas, porque são do tipo que você tem de medir antes as palavras, os gestos e até a expressão dos seus sentimentos e emoções.

Na verdade, diante de tais pessoas, você nunca está totalmente livre. Se verbaliza um elogio, elas tomam como deboche; se tece algum comentário despretensioso,  tomam como se fosse para si; se o cumprimento é acompanhado de um sorriso, já desconfiam  e tratam como caçoada; consultadas para emitir um parecer qualquer, esquivam-se porque não se acham capazes.

Os melindres – fruto das sensibilizações – trazem o gosto amargo da inveja embutido e embotado no inconsciente e no coração de quem os carrega.

Trabalhar a autoestima e procurar uma ajuda adequada à situação é o primeiro passo para sepultar de vez a auto-piedade, e banir da sua vida o ‘não me toques’.

Depois... Bem! Depois... Fica muito mais fácil relacionar-se, visto que o mel dos melindres não lambuza mais.

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Belém, onde o Amor nasceu!


Naquele tempo a profecia de Miquéias1 reacendia-se em todo o território da Palestina. É como se aquela lembrança determinasse a proximidade de um acontecimento extraordinário: “Mas tu, Belém de Éfrata, pequenina entre as aldeias de Judá, de ti é que sairá para mim aquele que há de ser o governante de Israel” (Mq 5,1).
   
Deus se serve até dos tiranos para realizar os seus projetos. Sem o saber, Augusto, o imperador romano, estava contribuindo sobremaneira para que o plano de Deus viesse a se concretizar.
   
“Naqueles dias saiu um decreto do imperador Augusto mandando fazer o recenseamento de toda a terra” (Lc 2,11). A razão era simples: saber o número de habitantes para poder controlar melhor a arrecadação de impostos. A evasão de rendas e a sonegação constituíam “no calcanhar de Aquiles” do orçamento imperial. Cada um estaria obrigado a registrar-se na sua cidade natal. “Também José que era da família e da descendência de Davi, subiu da cidade de Nazaré, na Galiléia, à cidade de Davi, chamada Belém, na Judéia, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida” (Lc 2,4-5).
   
Para um casal que ama, a distância por menor que seja, ou o tempo por mais curto que se apresente, toma ares de eternidade. E quando a esposa está grávida?!... Nunca passou pela cabeça de José deixar Maria em Nazaré e seguir sozinho até Belém. Não a deixaria jamais! E sabendo que o seu amor levava consigo no ventre o Amor Maior, sua intenção robustecia-se e a certeza se firmava solidamente.
_Maria! Maria! Levanta amada minha! Os primeiros raios da manhã se derramam sobre os campos; as romãzeiras são banhadas pelo orvalho da madrugada; as aves do céu ressoam cantos de alegria saudando a manhã que nasce; e as flores dos campos, em roupas de noite, exalam o perfume colhido das estrelas. Maria!... José continua com o Cântico dos Cânticos.
“Levanta-te, minha amada,
minha bela e vem!
O inverno passou,
as chuvas cessaram e já se foram.
aparecem as flores no campo,
chegou o tempo da poda,
a rolinha já faz ouvir seu canto
em nossa terra.
A figueira produz seus primeiros figos,
soltam perfumes as vinhas em flor.
Levanta-te, minha amada,
minha bela e vem!
Minha rolinha que moras nas fendas das rochas,
no esconderijo escarpado,
mostra-me o teu rosto,
e a tua voz ressoe aos meus ouvidos,
pois a tua voz é suave
e o teu rosto é lindo!” (Ct 2,10-14).
Pela porta entreaberta uma brisa suave toca o seu rosto. Maria acorda. A manhã já vai alta quando iniciam a viagem.
   
Quatro, cinco ou mais dias os separam de Belém. A gravidez dificulta muito a marcha. Ora a pé, ora sentada no burrico... As dores provocadas pelo desconforto não tardam a chegar. A oração e as palavras de carinho e incentivo de José, a reconfortam, trazendo novo alento. Estão próximos. Já se podem vislumbrar do alto as primeiras casas da cidade. As energias se renovam. Mais uns dois quilômetros...
   
As hospedarias de Belém estavam lotadas. Emigrante em Nazaré há muito e muito tempo, José perdera o contato com familiares (se é que ainda os tinha por lá). E agora? Maria queixava-se das contrações que se amiudavam. O que fazer? Homem de fé e esperança, José não se intimida. Ergue os olhos ao céu e recita o Salmo 121, na primeira pessoa do plural: “Levanto os olhos para os montes: de onde nos virá auxílio? Nosso auxílio vem do Senhor que fez o céu e a terra. Não deixará nossos pés vacilarem. Aquele que nos guarda não dorme. Não dorme nem cochila o vigia de Israel. O Senhor é o nosso guarda; o Senhor é como a sombra que nos cobre e está à nossa direita. De dia o sol não nos fará mal, nem a lua de noite. O Senhor nos preservará de todo mal, preservará nossa vida. O Senhor vai nos proteger desde agora e para sempre”. A voz de Maria irrompe: _Amém! Amém!
   
O Senhor vem em auxílio de José. Ele lembra que nos arredores de Belém existem grutas onde os animais são recolhidos durante o inverno. Pelo menos, longe do burburinho da cidade, embora sem nenhum conforto, Maria estaria em paz.  Mais alguns passos e a gruta surge à sua frente. “Quando estavam ali chegou o tempo do parto. Ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o numa manjedoura” (Lc 2,6).
   
Jesus não se prevaleceu de sua condição divina. Sendo Deus humilhou-se, revestiu-se de nossa carne e de nossas limitações para armar sua tenda no meio de nós. O Rei tem como palácio uma estrebaria, tem como berço um cocho; tem como enxoval pedaços de pano. Humilhou-se para nos exaltar e empobreceu-se para nos enriquecer. Humanizando-se nos divinizou para lembrar que o nosso corpo é santo e é Templo vivo do Espírito Santo.
Seu nascimento não foi revelado a reis, príncipes e rainhas. Nasceu no silêncio de uma noite de um céu extremamente azul e salpicado de estrelas. Deixou-se revelar aos simples, aos pobres, aos marginalizados. “Havia naquela região pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do rebanho” (Lc 2,8). Foi a eles que o Senhor determinou fosse dada a Boa Notícia. A notícia acalentada há milênios em todos os corações da terra de Israel. “Um anjo do Senhor lhes apareceu e a glória do Senhor os envolveu de luz: _Eu vos anuncio uma grande alegria que será também a alegria de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasdceu para vós o Salvador que é o Cristo Senhor!” (Lc 2,10-11).
   
As insígnias dadas pelo anjo como sinal do Senhorio de Jesus e como marca de que ele é o Salvador, de nada adiantariam se não fossem anunciadas pelo mensageiro do céu. Eles esperavam um rei, filho de rei, neto de rei. E como poderia um rei ser envolto em faixas e deitado numa manjedoura? Tinham que conferir. Levantaram-se e foram a Belém. Enquanto seguiam, miríades do exército celeste entoavam hinos de louvor a Deus: “Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos que são do seu agrado!” (Lc 2,14).
Chegando apressadamente a Belém, encontraram o menino como o anjo havia dito, junto de Maria e de José. Contaram-lhes o que havia sido dito a respeito dele e voltaram para o campo, louvando e glorificando a Deus. “Maria, entretanto, guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19).

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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A nossa época tem necessidade de sabedoria”


NOS PASSOS DE SÃO JOÃO PAULO II II

“Põe-se assim a toda a Igreja o dever de uma reflexão e de um empenho bastante profundo, para que a nova cultura emergente seja intimamente evangelizada, sejam reconhecidos os verdadeiros valores [...] e seja promovida a justiça também nas estruturas da sociedade.


A única forma de atravessarmos esses vales escuros da cultura do 3º milênio e sairmos vencedores é atreva da EVANGELIZAÇÃO. Anunciar a Boa Nova, não imbuídos de proselitismo, mas com docilidade, ternura e amor.

As Famílias hodiernas têm necessidade de uma evangelização criativa, com um ardor renovado e com métodos de acordo com a realidade em que vivem. Anunciar a Boa Nova mostrando um Deus carrasco, que pune, que castiga, que tem um grande livro de “contador” onde escreve os nossos créditos, débitos e saldos, é uma grandiosíssima insensatez.

Este anúncio deve ser realizado com a sabedoria do Espírito Santo. Sem a presença Dele, nada podemos fazer. Esta sabedoria, que não tem raiz no saber, mas no sabor, no gosto pela Palavra de Deus, é condição essencial para levar o nome de Jesus a todas as Famílias, sem distinção.

Os reflexos da desestruturação familiar estão impregnando esta sociedade mundânica, onde se vale pelo que se tem e não pelo que se é. E aí, nesta perspectiva, a violência, a prostituição, as drogas, a pedofilia, o homossexualismo, espraiam-se sempre com maior intensidade, e suas ondas gigantescas arrastam crianças, adolescentes e jovens, para o fundo de abismos intermináveis.

A Igreja está fazendo a parte que lhe compete. E nós, Famílias evangelizadas, tementes a Deus, qual a nossa contribuição? Desinstalemo-nos, descruzemos os braços, desacomodemo-nos e, em nome de Jesus, tenhamos a coragem de anunciar o Seu Nome a todas as Famílias desevangelizadas.

Fonte: Familiaris Consortio

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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domingo, 24 de novembro de 2019

Quem é Maria para a Santíssima Trindade?


Seria mais difícil responder o que Maria não significa para a Santíssima Trindade. Quem ela é, o que representa, temos provas autenticadas no Evangelho, ou melhor: em todo o decorrer da Bíblia.

Em Lucas 1,26-28: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.” Esta é a oração de louvor de Deus Pai àquela que ele havia escolhido desde toda a eternidade.

Em Lucas 1,31: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.” Maria deu da sua carne e do seu sangue para que o Filho de Deus – Ieshua (Deus salva) – gerado no seu ventre sagrado, redimindo a humanidade no sacrifício da cruz, realizasse o projeto restaurador do Pai.

Em Lucas 1,35b: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra.” Revestida e envolvida pela força e o poder da terceira Pessoa da Santíssima Trindade, ela se entrega na sua totalidade dizendo apenas: “Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lucas 1,38b)

Diante do Evangelho em que tudo foi dito da Virgem Maria em relação à Família Trinitária, somente posso resumir com minhas palavras: Maria é a Filha dileta do Pai, a Mãe carinhosa do Filho, e a Esposa Amantíssima do Espírito Santo.

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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sábado, 23 de novembro de 2019

A humanidade de Jesus


Não existe em toda a bíblia um relato tão realista e preciso sobre a humanidade de Jesus do que o texto de Marcos, capítulo 14, versículos de 32 a 42.

O contexto é de arrepiar. Noite de lua cheia. As sombras das oliveiras milenares derramavam-se pelo chão. Jesus dirige-se com os seus discípulos até este jardim, chamado Getsêmani, após ter celebrado com eles a páscoa judaica, e instituído a Eucaristia. Ao chegar, diz: Sentai-vos aqui, enquanto vou orar.” Em seguida, toma Pedro, Tiago e João, e afasta-se um pouco. Neste momento inicia-se toda a agonia de um Deus feito homem, que se revela nas palavras do evangelista: e começou a ter pavor e a angustiar-se.”

Pavor é um medo incontrolável. A palavra derivada que nos dá o sentido autêntico deste sentimento é o verbo apavorar-se. Jesus estava apavorado com a realidade que teria de enfrentar por vontade do Pai e escolha sua. Se o pavor em si desequilibra e transtorna, imagine acompanhado da angústia. A alma de Jesus encontrava-se apavorada e transtornada, angustiada diante dos acontecimentos pelos quais haveria de passar.

“Disse-lhes: A minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui e vigiai.” A tristeza que vai minando a alma e o espírito por dentro. Uma tristeza atroz que corrói o coração. Somente quem passa pelo vale escuro da depressão entende um pouquinho só a tristeza mortal de Jesus. Tristeza em que a solidão apresenta-se revestida de medo, e onde os fantasmas povoam a mente e os sentimentos.

“Pai, afasta de mim este cálice!” Retira de mim esta dor e este sofrimento que me esmagam – diria Jesus em outras palavras. Existe algo mais humano do que a dor? Existe expressão maior de humanidade do que o sofrimento? Apavorado e desesperançado é esta a oração proferida pelo Senhor. Mas logo cai em si. A vontade não é sua, pertence ao Pai, e ele veio para cumpri-la. Por isso, como que num ato de arrependimento, pronuncia estas palavras: “Contudo, não se faça o que eu quero, senão o que tu queres.”

Duas vezes achega-se até os discípulos e os encontra dormindo. Exorta-os com amor e carinho. Na terceira vez uma ordem sem retorno brota dos seus lábios: “Levantai-vos e vamos!” Era chegada a hora. A partir daquele momento e na certeza da presença constante do Pai ao seu lado, Jesus enfrenta as limitações de sua humanidade como Deus e Senhor. A cruz foi o sinal de sua grandeza, e a morte o sinal de sua vitória. “Mas Ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniqüidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas.” (Isaías 53,5)

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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