Domingo, 17 de julho – Angelus com o Papa Francisco na
Praça de S. Pedro neste XVI Domingo do Tempo Comum. Desde logo, destaque para
as palavras do Santo Padre sobre a tragédia de Nice em França na passada
quinta-feira dia 14 de julho:
“Nos nossos corações é viva a dor pela tragédia que na
noite de quinta-feira passada, em Nice, ceifou tantas vidas inocentes, e mesmo
tantas crianças. Estou próximo a cada família e à inteira nação francesa em
luto. Deus, Pai bom, acolha todas as vítimas na sua paz, apoie os feridos e
conforte os familiares; Ele afaste cada projeto de terror e de morte, para que
nenhum homem ouse versar o sangue do irmão. Um abraço fraterno e paterno a
todos os habitantes de Nice e a toda a nação francesa.”
Comentando a passagem evangélica de Marta e Maria,
proposta pela liturgia dominical, o Papa Francisco convidou os fiéis a
construírem um mundo mais fraterno baseado no acolhimento e não na
marginalização e na exclusão. As duas irmãs que acolhem em casa Jesus
recordam-nos que a hospitalidade é “uma virtude humana e cristã”. Uma virtude
que, no entanto, “no mundo de hoje arrisca de ser negligenciada” – afirmou o
Santo Padre.
Francisco recordou que hoje apesar da existência de
muitas “instituições que tratam muitas formas de doença, de solidão, de
marginalização”, diminuiu a probabilidade de escuta de quem é “estrangeiro,
refugiado, migrante”. No frenesim de tantos problemas – disse o Papa – “não
temos tempo para escutar”:
“E eu gostaria de vos fazer uma pergunta e cada um de
vós responda no seu próprio coração: ‘Tu marido tens tempo para escutar a tua
mulher? E tu, mulher, tens tempo para escutar o teu marido? Vós pais tendes
tempo para perder, para escutar os vossos filhos, os vossos avós, os vossos
idosos?”
Nesta passagem evangélica – segundo o Santo Padre – é
importante sublinhar que Marta, tomada pelas coisas que tinha que preparar
“arrisca-se a esquecer a coisa mais importante, ou seja, a presença do
convidado, que era Jesus neste caso”. Escutar é, portanto, uma palavra-chave
que não devemos esquecer – afirmou o Papa que terminou o Angelus com a oração a
Maria:
“A Virgem Maria, Mãe da escuta e do serviço cuidadoso,
nos ensine a ser acolhedores e hospitaleiros com os nossos irmãos e as nossas
irmãs”.
Fomte e imagem: Rádio Vaticana
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