Compreenda
por que devemos utilizar o escapulário e seu significado para a Igreja
Muitas pessoas utilizam o escapulário por modismo
ou simplesmente porque outros o usam, mas qual é o verdadeiro significado dele?
Muitas pessoas usam o escapulário ou outros objetos
de devoção sem saber o seu verdadeiro significado, pior ainda quando o usam
como um amuleto, algo mágico que “dá sorte”, que livra de “mau olhado” ou coisa
semelhante.
Como se o verdadeiro sentido não viesse do coração daquele que usa tal objeto, o qual, conhecendo o seu verdadeiro significado, o usa para sinalizar algo que está em seu íntimo, em sua fé, em seus propósitos e em sua conversão. Muitos usam cruzes, medalhinhas, terços e vários escapulários de Nossa Senhora do Carmo como modismo, porque todo mundo está usando ou aquele artista usou na novela.
Mas qual o
verdadeiro significado do escapulário?
O escapulário ou bentinho do Carmo é um sinal
externo de devoção mariana, que consiste na consagração a Santíssima Virgem
Maria, por meio da inscrição na Ordem Carmelita, na esperança de sua proteção
maternal. O escapulário do Carmo é um sacramental. No dizer do Vaticano II, “um
sinal sagrado, segundo o modelo dos sacramentos, por intermédio do qual
significam efeitos, sobretudo espirituais, que se obtêm pela intercessão da
Igreja”. (SC 60)
“A devoção do escapulário do Carmo fez descer sobre
o mundo copiosa chuva de graças espirituais e temporais”. (Pio XII, 6/8/50).
A devoção ao escapulário de Nossa Senhora do Carmo
teve início com a visão de São Simão Stock. Segundo a tradição, a Ordem do
Carmo atravessava uma fase difícil entre os anos 1230-1250. Recém-chegada à
Europa como nômade, expulsa pelos muçulmanos do Monte Carmelo, a Ordem
atravessava um período crítico. Os frades carmelitas encontravam forte
resistência de outras ordens religiosas para sua inserção. Eram hostilizados e
até satirizados por sua maneira de se vestir. O futuro dos carmelitas era
dirigido por Simão Stock, homem de fé e grande devoto de Nossa Senhora.
O escapulário era um avental usado pelos monges durante o trabalho para não sujar a túnica.
Colocado
sobre as escápulas (ombros), o escapulário é uma peça do hábito que ainda hoje
todo carmelita usa. Com o tempo, estabeleceu-se um escapulário reduzido para
ser dado aos fiéis leigos. Dessa forma, quem o usasse poderia participar da
espiritualidade do Carmelo e das grandes graças que a ele estão ligadas; entre
outras o privilégio sabatino. Em sua bula chamada Sabatina, o Papa João XXII
afirma que aqueles que usarem o escapulário serão depressa libertados das penas
do purgatório no sábado que se seguir a sua morte. As vantagens do privilégio
sabatino foram ainda confirmadas pela Sagrada Congregação das Indulgências, em
14 de julho de 1908.
O escapulário é feito de dois quadradinhos de
tecido marrom unidos por cordões, tendo de um lado a imagem de Nossa Senhora do
Carmo, e de outro o Coração de Jesus, ou o brasão da Ordem do Carmo. É uma
miniatura do hábito carmelita, por isso é uma veste. Quem se reveste do
escapulário passa a fazer parte da família carmelita e se consagra a Nossa
Senhora. Assim, o escapulário é um sinal visível da nossa aliança com Maria.
Compromissos
de quem utiliza o escapulário
É importante destacar algumas atitudes que devem
ser assumidas por quem se reveste desse sinal mariano:
• Colocar Deus em primeiro lugar na sua vida e
buscar sempre realizar a vontade d’Ele.
• Escutar a Palavra de Deus na Bíblia e praticá-la na vida.
• Buscar a comunhão com Deus por meio da oração, que é um diálogo íntimo que temos com Aquele que nos ama.
• Abrir-se ao sofrimento do próximo, solidarizando-se com ele em suas necessidades, procurando solucioná-las.
• Participar com frequência dos sacramentos da Igreja, da Eucaristia e da confissão, para poder aprofundar o mistério de Cristo em sua vida.
• Escutar a Palavra de Deus na Bíblia e praticá-la na vida.
• Buscar a comunhão com Deus por meio da oração, que é um diálogo íntimo que temos com Aquele que nos ama.
• Abrir-se ao sofrimento do próximo, solidarizando-se com ele em suas necessidades, procurando solucioná-las.
• Participar com frequência dos sacramentos da Igreja, da Eucaristia e da confissão, para poder aprofundar o mistério de Cristo em sua vida.
Eu fui revestido com o escapulário, no dia 16 de
julho de 1996, quando estava no noviciado da Canção Nova. Nesse dia, consagrei
minha afetividade e sexualidade aos cuidados da Virgem Maria, que pode contar
sempre com os meus esforços e abertura de coração para ser digno de receber as
graças dessa santa devoção.
Padre Luizinho
Referência: Província Carmelitana
Fonte e imagem: Canção Nova
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