Não goste, ame! Pois somente o AMOR é capaz de construir o mundo. (Antonio Luiz Macêdo)..

domingo, 24 de julho de 2016

Papa: Mônaco e Cabul, deploráveis atos de terrorismo. Oração para a JMJ



No Angelus do Papa Francisco,, na Praça de S. Pedro, um pensamento para os “deploráveis” atos de de terrorismo e violência em Mónaco de Baviera, na Alemanha, e em Cabul, no Afeganistão, e também oração para a próxima JMJ de Cracóvia  e o sentido da oração do Pai Nosso

Aos milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça de S. Pedro para a oração mariana do Angelus o Papa Francisco falou do Evangelho deste domingo que abre com a cena de Jesus a rezar, sozinho, num lugar apartado e com os discípulos que, ao terminar, lhe pedem: "Senhor, ensina-nos a rezar". "Quando orardes, dizei:" Pai ... ", respondeu Jesus, e o Papa salientou que esta palavra “Pai”  o "segredo" da oração de Jesus, é a chave que Ele nos dá para entrarmos numa relação de diálogo confidencial com Deus.

Ao apelativo "Pai" Jesus associa dois pedidos – prosseguiu Francisco: "Santificado seja o vosso nome, venha o vosso reino", para realçar que a oração de Jesus, e também a oração cristã, é antes de tudo dar um lugar a Deus, deixando-o manifestar a sua santidade em nós e fazendo progredir o seu reino na nossa vida.

Outros três pedidos complementam o "Pai Nosso", pedidos que exprimem as nossas necessidades fundamentais: pão, perdão e ajuda na tentação:

“O pão que Jesus nos faz pedir é o pão necessário e não o supérfluo; é o pão dos peregrinos, um pão que não se acumula nem se desperdiça, pão que que não torna pesada a nossa marcha; o perdão é, antes de tudo, aquele que nós mesmos recebemos de Deus: somente a consciência de sermos  pecadores perdoados pela infinita misericórdia de Deus pode fazer-nos capazes de fazer gestos concretos de reconciliação fraterna; o último pedido, "não abandonar-nos na tentação", exprime a consciência da nossa condição, sempre exposta às insídias do mal e da corrupção”.

E Jesus prossegue tomando como modelo de oração a atitude de um amigo em relação com outro amigo e a de um pai em relação com o filho. Ambas as parábolas querem ensinar-nos a ter plena confiança em Deus, que é Pai, disse o Papa ressaltando que Ele sabe melhor que nós as nossas necessidades, mas quer as apresentemos a ele com coragem e com insistência, pois esta é a nossa maneira de participar na Sua obra de salvação.

“A oração é o primeiro e o  principal ‘instrumento de trabalho’ em nossas mãos! Insistir com Deus não é para convencê-lo, mas para fortalecer a nossa fé e a nossa paciência, ou seja, a nossa capacidade de lutar juntamente com  Deus pelas coisas que verdadeiramente são importantes e necessárias. Na oração somos dois: Deus e eu a lutar juntos para as coisas importantes”.

Entre estas coisas importantes, disse ainda Francisco, tem uma que é mais importante do que todas, mas que quase nunca pedimos, e é o Espírito Santo, pois Jesus diz: "Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso  Pai celeste dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!". O Espírito Santo serve para vivermos bem, para vivermos com sabedoria e amor, fazendo a vontade de Deus, concluiu convidando a todos e a cada um a pedir ao Pai durante esta semana: “Pai, dá-me o Espírito Santo, Pai, dá-me o Espírito Santo”. Que a Virgem Maria cuja vida foi toda ela animada pelo Espírito de Deus, nos ajude a rezar ao Pai unidos a Jesus, e a vivermos não de maneira mundana, mas segundo o Evangelho, guiados pelo Espírito Santo.

Após o Angelus e relativamente aos dramáticos ataques dos últimos dias, Francisco laçou o veemente apelo:
“Nestes momentos a nossa alma é mais uma vez abalada pelas tristes notícias relacionadas com actos deploráveis de terrorismo e violência, que causaram  dor e morte. Penso nos dramáticos eventos de Mónaco na Alemanha e de Cabul, no Afeganistão, onde morreram numerosas pessoas inocentes.

Estou próximo dos familiares das vítimas e dos feridos. Convido-vos a unir-vos à minha oração para que o Senhor inspire a todos propósitos de bem e fraternidade. Quanto mais parecerem intransponíveis as dificuldades e obscuras as perspectivas de segurança e paz, tanto mais insistente deve ser a nossa oração”.

O Papa falou depois da JMJ que já inicia em Cracóvia esta semana e da sua viagem à Polónia na próxima quarta-feira, pedindo a todos uma especial oração:

“Por estes dias muitos jovens de todas as partes do mundo estão a caminho de Cracóvia, onde terá lugar a trigésima primeira Jornada Mundial da Juventude. Também eu partirei na quarta-feira próxima, para encontrar esses rapazes e raparigas, e celebrar com eles e para eles o Jubileu da Misericórdia, sob a intercessão de S. João Paulo II. Peço-vos que nos acompanheis  com a oração. Já desde agora saúdo e agradeço a todos os que trabalham  para acolher os jovens peregrinos, com numerosos bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos. Dirijo um pensamento especial aos muitos colegas deles que, impossibilitados de estar presente pessoalmente, seguirão o evento através dos meios de comunicação. Estaremos todos unidos na oração”

Por último o Papa saudou cordialmente a todos os fiéis e peregrinos presentes na praça e proveniente da Itália e de várias partes do mundo, em particular os de São Paulo e São João de Boavista, no Brasil.

A todos, Francisco desejou bom domingo e pediu, por favor, para que não nos esqueçamos de rezar por ele.

Fonte e imagem: Rádio Vaticana


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