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quarta-feira, 30 de março de 2016

Dom Auza: valor das mulheres na resolução de conflitos na África



Nova Iorque (RV) - “Sem a contribuição das mulheres não será possível alcançar os objetivos fixados pela ONU na Agenda para o Desenvolvimento Sustentável.” Foi o que disse o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Nova Iorque, Dom Bernardito Auza, no debate aberto pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta segunda-feira (28/03), sobre o tema “O papel das mulheres na prevenção e resolução dos conflitos na África”.

Dentre os 17 objetivos indicados pela ONU, que devem ser alcançados até 2030, está a promoção de sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável. Porém, este objetivo, “é ainda um sonho distante em muitos países da África, sobretudo na Região dos Grandes Lagos” disse Dom Auza, sublinhando a grande contribuição das mulheres nesse desenvolvimento. 

“A Santa Sé aprecia as iniciativas promovidas pelo Conselho de Segurança da ONU e pelos governos a fim de aumentar a consciência e alcançar um maior reconhecimento do papel vital das mulheres na diplomacia preventiva, na mediação, nos processos de construção e preservação da paz”, frisou ainda o arcebispo. O prelado acredita que “este reconhecimento deve ser plenamente traduzido em ações a fim de libertar as competências e capacidades das mulheres no restabelecimento da ordem no caos, da comunhão na divisão e da paz nos conflitos”.

 As mulheres têm “um dom especial na educação das pessoas a serem receptivas e sensíveis às necessidades dos outros. Isso é crucial na resolução dos conflitos e na promoção da reconciliação no pós-conflito”.

  “Por isso, a Igreja apoia através de várias iniciativas as mulheres que na África defendem os vulneráveis, impedem as divisões, curam as vítimas de guerra, reforçam a paz fragilizada e promovem os direitos humanos.” “O aumento das mulheres nos altos cargos políticos e nas esferas diplomáticas pode ajudar a África a começar a garantir educação a todas as mulheres, âmbito em que a Igreja Católica está particularmente comprometida”, observou o arcebispo. 

 “Infelizmente, para muitas mulheres o emancipar-se de situações de marginalização, violência, abandono e exclusão é ainda uma luta difícil. O mundo continua se confrontando com várias, antigas e novas formas de violência direta contra mulheres e garotas”, em particular no uso do estupro como arma durante os conflitos, abusos nos campos de refugiados, tráfico de pessoas com o objetivo de exploração sexual, abortos, conversões e matrimônios forçados”, disse ainda Dom Auza. O prelado sublinhou a necessidade de por fim a essas ações bárbaras contra mulheres e garotas.

Enfim, o representante da Santa Sé fez uma homenagem particular às quatro Missionárias da Caridade, Marguerite e Reginette, ruandesas, Judit, queniana, e Anselm, indiana, massacradas por fundamentalistas, em 4 de março, no convento de Aden, no  Iêmen.

Fonte e imagem: News.va

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