ROMA, 23 Jul. 15 / 08:19 pm (ACI).- Um grupo de
arqueólogos israelenses e americanos conseguiram decifrar um pergaminho de
aproximadamente 1.500 anos de antiguidade que estava queimado.
O manuscrito,
encontrado há 45 anos em uma sinagoga, data do Século VI e é o mais antigo já
descoberto até hoje. Sendo assim, está é a descoberta mais importante depois do
achado dos manuscritos do Mar Morto encontrados em 1947.
A investigação, divulgada através do diário oficial
do Vaticano, L’Osservatore Romano, permitiu decifrar o manuscrito que tinha
sido enrolado e queimado. Nele podemos ler fragmentos em hebreu do livro do
Levítico que fazem referência a sacrifícios rituais.
A Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI) foi
encarregada de desenvolver os trabalhos, que consistiram em provas de carbono
14 (uma das mais utilizadas para averiguar a data de algum objeto ou obra de
arte) e uma intensa investigação de um grupo de arqueólogos americanos e
israelenses. O texto foi obtido com ajuda de tecnologia 3D de um fragmento de
sete centímetros do pergaminho queimado.
O pergaminho foi descoberto em 1970 por Sefi
Porath, quando dirigia as escavações arqueológicas na sinagoga de Ein Gedi,
cerca de 40 quilômetros ao sul das cavernas de Qumran (Israel), onde foram
achados os manuscritos do Mar Morto.
Conforme declarou Porath à imprensa, a descoberta é
“muito emocionante” e além disso trata-se do único pergaminho da Torá (livro
sagrado judeu equivalente ao Antigo Testamento dos cristãos) encontrado em uma
sinagoga no interior de uma arca sagrada.
Por sua parte, Pnina Shor, curadora da Autoridade
de Antiguidades de Israel, assinalou durante uma coletiva de imprensa, na qual
exibiu-se o pergaminho, que este é “uma grande descoberta”.
“Após os manuscritos do Mar Morto, esta foi a mais
significativa descoberta de uma Bíblia antiga”, disse.
Fonte e imagem: ACI Notícias
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