MADRI, 31 Jul. 15 / 08:42 am (ACI).- Hoje, 31 de julho, a Igreja
comemora Santo Inácio de Loyola, o fundador da Companhia de Jesus. Um homem
nobre, cavaleiro, que ficou ferido na perna ao defender a cidade de Pamplona,
na Espanha. No período de recuperação, dedicou-se aos livros sobre santos e a
Paixão de Cristo. Convertido, decidiu não mais retornar a sua vida
de antes e dedicar-se inteiramente a Deus. Foi quando, em 1522, percorreu um
caminho até Manresa, onde viveu retirado numa caverna por um ano.
Este mesmo caminho, hoje, é local de peregrinação
de milhares de pessoas. Tanto que, em 2014, foi constituída a Obra Apostólica
Caminho Inaciano, “com a missão de manter vivo o espírito inaciano da
peregrinação”.
Neste sábado, 31 de julho de 2015, ao comemorar a
memória litúrgica do fundador da ordem do Papa Francisco, tem início também o
primeiro Ano Jubilar desta Obra, que se seguirá até 31 de julho de 2016. Este
será um período de preparação para um segundo jubileu que os jesuítas
comemorarão, de 31 de julho de 2021 a 31 de julho de 2022, quando se celebrará
o 5º centenário da conversão de Inácio de Loyola e sua peregrinação a Manresa.
Neste primeiro Ano Jubilar, os peregrinos poderão
reviver a experiência humana e espiritual de Santo Inácio. O itinerário
inaciano coincide geograficamente em parte com um dos Caminhos de Santiago de
Compostela, mas considera particularmente o percurso histórico feito por Santo
Inácio em 1522 depois de sua conversão espiritual em busca de uma nova
orientação para a sua vida por meio da penitência e da oração.
O itinerário do Caminho Inaciano foi traçado com
base nos escritos autobiográficos do Santo, que detalham a peregrinação,
partindo de sua casa em Loyola, no País Basco, atravessando as regiões de
Navarra, La Rioja, Aragão e Catalunha, chegando a Manresa, depois de uma pausa
no Santuário de Montserrat.
São 650 quilômetros em que o peregrino encontra
paisagens diferentes e sugestivas, uma grande riqueza artística e cultural,
diferentes estilos de vida, um percurso definido como um verdadeiro deserto.
Nas 27 etapas principais, o peregrino passa por pequenas e grandes cidades,
podendo encontrar pelo percurso pontos para obter informações, alojamento e
alimento, tudo sinalizado.
“Os peregrinos estão em busca de tesouros. Como se
estivessem atrás do ouro. Começam o seu caminho impulsionados com o desejo de
encontrar. Não lhes basta apenas chegar ao final da trajetória. O que eles
buscam não é algo material, mas o perdão, a reconciliação, uma nova direção ou
um novo rumo de vida”, destaca o site do Caminho.
A página oficial da peregrinação xplica ainda como
chegam as pessoas que buscam esse percurso. “O peregrino, seja homem ou mulher,
se sente insatisfeito e acha que, de alguma forma, encontrará uma solução a
esta insatisfação colocando-se em caminho. O peregrino de hoje está acostumado
a fugir da ‘miragem consumista’, entendida como uma permanente busca do prazer,
de poder disfrutar, da acumulação sem nenhuma reflexão, sem pensar nas
consequências desta”.
Em 2014, duzentos peregrinos percorreram o Caminho
Inaciano e a expectativa é que um novo impulso se dê neste Ano Jubilar. Para
mais informações consulte o site do Caminho Inaciano: http://www.caminoignaciano.org/
Fonte e imagem ACI Notícias
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