Cidade do Vaticano (RV) – Prefeitos
de 60 grandes cidades de todo o mundo foram convidados a participar, no
Vaticano, de um evento inédito: um simpósio para compartilhar as melhores
práticas de contraste às mudanças climáticas e à escravidão moderna.
Do Brasil, foram convidados prefeitos de sete
cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba,
Salvador e Goiânia.
Ao apresentar o evento aos jornalistas nesta
quarta-feira (15/07), o Chanceler da Pontifícia Academia das Ciências Sociais,
Dom Marcelo Sánchez Sorondo, promotor da iniciativa, explicou que a ideia
nasceu dois anos atrás.
Conscientização
Naquela ocasião, o Papa e o Cardeal Vicent Nichols
(Arcebispo de Westminster – Inglaterra) criaram o grupo de “Santa Marta”, que
reúne os chefes de polícia e membros da Igreja para favorecer uma maior
conscientização sobre os problemas que afligem os mais pobres. “Todavia, os
próprios policiais fizeram notar que seus superiores não são os bispos, mas os
governantes e, em muitos casos, justamente os prefeitos. Seguindo o conselho
deles, tentamos reunir os prefeitos para encontrar juntos as melhores práticas
a favor da contenção das mudanças climáticas e da eliminação das novas formas
de escravidão”, afirmou o Chanceler.
Dom Sánchez Sorondo acrescentou que há uma clara
ligação entre essas duas emergências: a crise do clima e a crise social, ambas
de origem antrópica, como ressalta a Encíclica Laudato si. Embora os pobres e
os excluídos incidam minimamente nas alterações climáticas e vivam muitas vezes
nas periferias das cidades, são os mais expostos às consequências dessas
alterações.
Emancipar
“A nossa intenção – declarou o Chanceler – é que os
prefeitos se empenhem em favorecer a emancipação dos pobres e dos que vivem em
condições de vulnerabilidade, que se empenhem em acabar com os abusos, a
exploração, o tráfico de pessoas e toda forma de escravidão moderna.”
A Pontifícia Academia das Ciências Sociais pede
ainda que os prefeitos se empenhem em desenvolver programas de reinserção e
integração social das vítimas, em nível nacional e local, a fim de evitar a
repatriação forçada. “Em síntese – concluiu Dom Sánchez Sorondo –, gostaríamos
que as nossas cidades e nossos centros urbanos se tornassem sempre mais
socialmente inclusivos, seguros, flexíveis e ecologicamente integrados.”
O evento se realizará nos dias 21 e 22 de julho, na
Casina Pio IV, dentro do Vaticano, com a participação de prefeitos de cidades
como Roma, Paris, Bogotá, Boston, Cidade do México, Oslo e Vancouver.
Voz brasileira
O Prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda,
declarou: "Nós vamos trazer ao Papa uma estratégia bem sucedida para
superar a pobreza e promover a inclusão social e produtiva. Nós, prefeitos
brasileiros, estamos promovendo microcrédito e empreendedorismo para gerar
emprego e renda, garantindo dignidade aos pobres. Nós mostramos que somos
capazes de implementar políticas públicas eficazes que sejam inclusivas e que
têm resgatado milhões de brasileiros da pobreza extrema"
Fonte e imagem: News.va
Nenhum comentário:
Postar um comentário