No ponto central da história da salvação se dá um
acontecimento ímpar em que entra em cena a figura de uma Mulher. Portanto,
devia ser também por meio da mulher que a salvação chegasse à terra.
Na plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho ao mundo nascido de uma mulher (Gl 4,4).
Na plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho ao mundo nascido de uma mulher (Gl 4,4).
Maria foi concebida no seio de sua mãe, Santa Ana,
sem o pecado original. Como disse o cardeal Suenens:
A santidade do Filho é causa da santificação antecipada da Mãe, como o sol ilumina o céu antes de ele mesmo aparecer no horizonte.
A santidade do Filho é causa da santificação antecipada da Mãe, como o sol ilumina o céu antes de ele mesmo aparecer no horizonte.
O Senhor antecipou para Maria, a bendita entre todas as mulheres, a graça da Redenção, que seu Filho conquistaria com Sua Paixão e Morte. A Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi o primeiro fruto da Redenção de Jesus.
Em 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX declarava
“Dogma de Fé” a doutrina que ensina ter sido a Mãe de Deus concebida sem mancha
por um especial privilégio divino.
Na Bula Ineffabilis Deus, o Sumo
Pontífice afirma:
Nós declaramos, decretamos e definimos que a doutrina segundo a qual, por uma graça e um especial privilégio de Deus Todo Poderoso e em virtude dos méritos de Jesus Cristo, salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada de toda a mancha do pecado original no primeiro instante de sua conceição, foi revelada por Deus e deve, por conseguinte, ser crida firmemente e constantemente por todos os fiéis.
Nós declaramos, decretamos e definimos que a doutrina segundo a qual, por uma graça e um especial privilégio de Deus Todo Poderoso e em virtude dos méritos de Jesus Cristo, salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada de toda a mancha do pecado original no primeiro instante de sua conceição, foi revelada por Deus e deve, por conseguinte, ser crida firmemente e constantemente por todos os fiéis.
A definição do Dogma da Imaculada Conceição foi
cercada de fatos muito significativos. Já existia a devoção dos fiéis a esse
privilégio de Maria, afirmado na S. Liturgia em obras teológicas, quando aos
17/11/1830 uma Irmã de Caridade de Paris, Catarina Labouré, que foi canonizada
em 27 de julho de 1947 pelo Papa Pio XII, em oração viu Nossa Senhora. Ela declara:
“Os seus pés repousavam sobre o globo terrestre; de suas mãos voltadas para a
terra jorravam feixes de luz. Formou-se em torno da Virgem uma moldura oval,
sobre a qual se liam em letras de ouro estas palavras: ‘Ó Maria concebida
sem pecado, rogai por nós, que recorremos a vós’“.
A Religiosa recebeu também a ordem de mandar cunhar
uma medalha de acordo com tal modelo. Informado da ocorrência, o arcebispo de
Paris, Monsenhor de Quélen, permitiu a cunhagem da medalha, que se propagou
rapidamente e ficou conhecida como a “medalha milagrosa”. Tais fatos só fizeram
aumentar no espírito dos cristãos a devoção à Imaculada e o desejo de que se
definisse o dogma respectivo. Numerosos e insistentes pedidos foram
encaminhados à Santa Sé nesse sentido.
Pio IX mandou estudar o assunto por parte de bispos
e teólogos e resolveu, finalmente, proceder à definição aos 08/12/1854 na
basílica de São Pedro em presença de mais de duzentos bispos e uma enorme
multidão de fiéis. E menos de quatro anos após a definição do Dogma da
Imaculada, deu-se um acontecimento, que contribuiu extraordinariamente para
confirmar a palavra do Papa: as dezoito aparições de Lourdes, de 11/02 a 16/07
de 1858. Sendo que a 25/03 a Bem-aventurada Virgem declarou expressamente ser a
Imaculada Conceição. Era como o eco da aparição a Santa Catarina Labouré e uma
resposta à declaração do Papa em 1854.
O Catecismo da Igreja Católica afirma:
Na descendência de Eva, Deus escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe de Seu Filho. Cheia de graça, ela é o fruto mais excelente da Redenção desde o primeiro instante de sua concepção; foi totalmente preservada da mancha do pecado original e permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de sua vida (§ 508).
Na descendência de Eva, Deus escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe de Seu Filho. Cheia de graça, ela é o fruto mais excelente da Redenção desde o primeiro instante de sua concepção; foi totalmente preservada da mancha do pecado original e permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de sua vida (§ 508).
O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um marco
fundamental da fé porque, entre outras coisas, define claramente a realidade do
pecado original, o qual, às vezes, é contestado por alguns teólogos modernos,
em discordância com o Magistério da Igreja.
Felipe Aquino
Fonte: Canção Nova
Imagem Google

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