APARECIDA, 13 Out. 15 / 02:17 pm
(ACI).- No dia em que se
celebrou a Padroeira do Brasil, 12 de outubro, o Santuário Nacional de
Aparecida (SP) recebeu 160 mil fiéis, teve cinco Missas, além de procissão,
consagração à Nossa Senhora e queima de fogos. Entretanto, mais do que números
grandiosos, a data foi marcada por diversas expressões de fé, superação e
histórias edificantes com romeiros provenientes de diferentes locais a fim de
pagar promessas, pedir graças, agradecer por bênçãos alcançadas e homenagear a
“Mãe Aparecida”.
Muitas famílias fizeram questão de participar unidas
dessa festa e um momento propício foi a Missa das crianças, cujo dia também foi
comemorado no 12 de outubro. Devotos da Virgem Aparecida levaram filhos,
sobrinhos e netos para lhes transmitir a importância da fé e o amor à Mãe de
Jesus.
Entre tantos peregrinos, estava dona Maria das
Graças Leite, de Ponte Nova (MG), acompanhada pelo sobrinho de 8 anos e pela
filha de 14 anos. Ao portal A12, ela manifestou sua preocupação em incentivar
as crianças na caminhada da fé. “Para mim é muito importante trazer as crianças
junto com a gente, porque é uma tradição de família, a gente cresceu na
caminhada e eu acho importante que eles cresçam também”, disse.
Esse também foi o objetivo de Juvenal Oliveira, de
São Paulo (SP), que levou a esposa e os filhos gêmeos de cinco anos. “Nós
estamos aqui para agradecer, festejar e ensinar um pouco mais sobre a nossa
crença para eles, para que eles aprendam a gostar e amar Nossa Senhora Aparecida”, contou ao portal A12.
Esta foi a segunda vez que a família visitou o local. Na primeira, a esposa de
Juvenal estava grávida.
Mas, não era apenas nas Missas que se podia
encontrar tais demonstração de fé. Em todo o Santuário e até mesmo pelos
caminhos que levam a ele, cada fiel trazia sua história e a manifestava de
forma pessoal.
Na passarela da fé, que liga o Santuário Nacional à
Matriz (igreja velha) e tem 392 metros de extensão,
muitas pessoas fizeram o percurso de joelhos para agradecer por graças
alcançadas. Uma dessas devotas foi Maria Aparecida de Melo, de 66 anos. De
acordo com o site G1, a mulher que leva o nome da Santa cultivou a devoção a
partir dos 26 anos, quando deu à luz seu filho caçula e, após o parto ficou em
coma. Ela conta que foi Nossa Senhora quem a salvou e que esta foi a terceira
vez que realizou o percurso para cumprir uma promessa.
Já na Via Dutra, rodovia que leva os romeiros até o
Santuário, as demonstrações de fé eram grandes. Dividindo a pista com carros,
caminhões, ônibus, muitos peregrinos seguiram a pé pelo acostamento. Foram dias
de caminhada até poder celebrar o dia da Virgem Aparecida na casa da Mãe.
Dentre as várias histórias, uma delas é a do
padeiro aposentado Antônio Maurício, 72 anos, que há 22 anos percorre um
caminho de 191 quilômetros entre Mauá (SP) e Aparecida. Conforme revelou ao
site do Diário do Grande ABC, Antônio iniciou esta peregrinação em 1988, para
agradecer a recuperação de um acidente de trabalho sofrido por um parente.
Depois disso, foram algumas romarias solitárias, até que outras pessoas se
uniram e, desta vez, o grupo reuniu 250 peregrinos.
O grande fluxo de romeiros que seguem a pé até
Aparecida é uma preocupação do Santuário, segundo indicou o reitor, Padre João
Batista de Almeida, durante coletiva de imprensa na segunda-feira.
“Aumentou muito o número de peregrinos que vêm a Aparecida
por essa a época a pé. Estou até preocupado com isso, pois sabemos que a Dutra
é uma rodovia de muito movimento. Tudo isso influencia a nossa vida aqui no
Santuário, é um desafio essa festa, mas estamos felizes em receber tantos
peregrinos para celebrar essa renovação da nossa esperança, felizes em saber
que não estamos sozinhos e que somos irmãos na fé, e essa fé que vai garantir
dias melhores no futuro”, declarou, seguido pelo governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB), que apontou a possibilidade de se pensar em roteiros
alternativos para as peregrinações a pé.
Missa solene
A Missa solene do dia da padroeira foi presidida
pelo Arcebispo de Salvador (BA) e Primaz do Brasil, Dom Murilo Sebastião Ramos
Krieger, scj. Em sua homilia, recordou que no Santuário “ao longo de mais de
300 anos a Mãe de Jesus quer ensinar que Jesus pode modificar a nossa vida”.
“Jesus tem o poder de transformar os acontecimentos
diários de nossa existência, os acontecimentos rotineiros em sinais de
salvação. Maria nos ensina que devemos recorrer a Ele como ela fez”,
frisou.
Ao final da celebração, o Santuário manifestou sua
gratidão aos seus colaboradores da Campanha dos Devotos e aos Devotos Mirins.
Em procissão, uma família entrou com os livros contendo os nomes dos fiéis, que
foram depositados embaixo do altar.
Fonte e imagem: ACI Notícias
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