Que tipo de CATÓLICO é você?
Olhando ao nosso redor, ou na convivência de
pessoas que se dizem católicas, causa-nos imensa tristeza a ignorância e a
falta de conhecimento à respeito da doutrina que dizem professar. Não os acuso,
mas os exorto que não se deixem levar pelas ondas do oportunismo e da
modernidade. Em Lucas 17,23, Jesus nos admoesta e adverte, imperativamente. “Então vos dirão: Ei-lo aqui; e: Ei-lo ali.
Não deveis sair nem os seguir”. Por que emigramos para seitas e doutrinas
contrárias aos ensinamentos de Jesus? Por que descumprimos a sua ordem? Em
Gálatas 1,8, São Paulo ratifica estas palavras do Senhor de maneira
contundente: “Mas, ainda que alguém - nós
ou um anjo baixado do céu - vos anunciasse um evangelho diferente do que vos
temos anunciado, que ele seja anátema”. Esta palavra tão forte é utilizada apenas uma única vez em todo o Novo
Testamento. Significa que esta pessoa seja expulsa da Igreja, seja excomungada.
Ou se é Católico, ou não se é.
Dentro da nossa sociedade, existem vários modelos
de católico. Passarei a enumerar alguns que me vêm à memória. Que sirva de
reflexão, e não como motivo de deboche e achincalhe.
O católico “lagartixa”
é aquele que não fala, não testemunha, mas a cabeça está sempre balançando em
sinal afirmativo. Concorda com tudo e não se firma em nada. Usar camisinha é
normal; transar fora do matrimônio não tem nada demais...
O católico “novidade”
pode ser chamado também “transportadora”: sempre está de mudança. Surgiu algo
novo, lá ele está. Não sabe nem do que se trata, mas a sua presença é garantida.
Discute e já se entusiasma tanto, que quer convencer e converter os outros: “Ali
sim, é a igreja certa! Encontrei o que eu buscava”.
O católico “dominical”
é aquele que “assiste” a missa, pelo temor de ser castigado e comprar o bilhete
rumo ao inferno. Para que a sua consciência permaneça em paz, é melhor ir. Na
hora da homilia sai, acende um cigarro, bate um papo ligeiro com algum do
grupo, e quando o sacerdote encerra as suas palavras, ele retorna, e ainda reza
a Profissão de Fé.
O católico “sétimo
dia” só se faz presente nas missas em sufrágio das almas dos fiéis
defuntos. Mal sabe ele, que apesar de vivo, é um dos tais. O jornalzinho da
Liturgia ou o livrinho que recebeu para acompanhar a celebração, não passam de
um simples “ventilador manual”.
O católico “de
tradição” é um tipo que engloba os anteriores, com dois sérios agravantes:
a conveniência e a fragilidade de caráter. Não tem a devida coragem de romper
com aquilo em que não crêem, visto que se assim agir, os pais, os familiares,
ficarão decepcionados, e tornar-se-á a ovelha negra da família.
O católico “espírita”
fundamenta-se em dois antagonismos irreversíveis: a Ressurreição e a
reencarnação. A verdade e a mentira. Como posso ser católico acreditando numa
farsa? “Como está determinado que os
homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo”. (Hb 9,27) Como
posso ser verdadeiro se deposito minha confiança em mentiras, quando o próprio
Jesus, no Evangelho segundo João 14,6, testemunha: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Por que você teima em andar
nas veredas, alimentando-se de enganos e buscando a morte?
O católico “maçom”
é aquele que denomina Deus o Arquiteto do universo, e faz exatamente de maneira
contrária, tudo o que Ele nos mandou realizar. Confunde amor com filantropia;
inclui nos seus ritualismos práticas esotéricas, cabalísticas e numerológicas;
além de constituir uma “sociedade fechada”, secreta. Indo de encontro ao que
Jesus nos orienta em Mateus 10,27: “O que
vos digo na escuridão, dizei-o às claras. O que vos digo ao ouvido, publicai-o
de cima dos telhados”.
O católico “jornaleiro”,
mal levanta pela manhã, apanha o jornal, maneja os dedos agilmente, corre os
olhos freneticamente sobre o seu signo para inteirar-se das condições do seu
dia. Pobre católico que tem os planetas como dirigentes de sua vida, do seu
presente, do seu futuro e da sua história!
O católico “achista”,
acha que isso deve ser assim; acha que aquilo está errado; acha que a missa é
longa demais, ou curta demais. Ele sempre acha, mas nunca se acha, e se perde
cada vez mais no emaranhado dos seus achismos.
O católico “salada”
apodera-se de pequenas parcelas de várias denominações, tritura tudo junto no
seu liquidificador racional, e ainda propaga: “Eu sigo a minha religião”.
Minhas sinceras condolências por ter-se tornado deus. Pois somente a Deus
compete atribuir o poder de “religare”, tradução latina da palavra Religião.
O católico “fitinha”,
que mergulha de cabeça na superstição de uma tira de pano que não deve ser
retirada, mas deixada cair espontaneamente, sob pena daquele voto cair no
esquecimento do santo ou de Deus.
O católico “de
estatística” é todo este elenco que foi enumerado até aqui, cuja finalidade
é apenas engrossar as fileiras das pesquisas de opinião pública, que apontam o
Brasil como o país mais Católico do mundo. Na realidade, e agora passo a usar o
plural, estes que se dizem católicos podem ser tudo, menos Católicos.
Eu sei que são palavras duras. Tenho consciência
disso. Mas é preciso fazer uma exortação nos moldes de João Batista e Paulo. Os
tempos são outros, a metodologia é outra, os argumentos são racionais, porém a
exortação não muda e não passa. Nós Católicos temos que nos debruçar sobre a
Palavra de Deus, sobre o Catecismo da Igreja Católica, sobre os documentos do
Magistério da Igreja, na pessoa do Papa Bento XVI, e mastigarmos, e
saborearmos, e deglutirmos, alimentando-nos e nutrindo-nos destes alimentos
sólidos prescritos para adultos, e não para crianças.
Igreja una, santa, católica e apostólica, gerada no
caminho de Cesaréia de Filipe; Igreja peregrina fundamentada sobre Pedro, a
rocha escolhida pelo Senhor, “cujas
portas do inferno não prevalecerão contra ela”; Igreja nascida do coração
aberto de Jesus no Calvário, e manifestada ao mundo no dia de Pentecostes.
Esta é a minha Igreja, esta é a sua Igreja, esta é
a nossa Igreja. Santa porque é guiada pelo Espírito Santo, pecadora porque é
constituída de homens. Mas é a única Igreja que Jesus quis, e é a única Igreja
que Jesus fundou. Sou Católico, sou feliz.
Imagem Google

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