Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco conduziu
a oração mariana do Angelus, deste domingo (19/06), com os fiéis e peregrinos
provenientes de várias partes do mundo que se reuniram na Praça São Pedro.
“O Evangelho deste domingo nos convida mais uma vez
a nos colocar face a face com Jesus. Um dos raros momentos tranquilos, em que
se encontra sozinho com os seus discípulos, Ele lhes pergunta: «Que sou eu, no
dizer das multidões?» E eles respondem: ‘João Batista; outros dizem Elias;
outros, porém, um dos antigos profetas que ressuscitou’.”
“As pessoas estimavam Jesus e o consideravam um
grande profeta, mas ainda não estavam conscientes de sua identidade verdadeira,
ou seja, que Ele fosse o Messias, o Filho de Deus enviado pelo Pai para a
salvação de todos”, frisou o Pontífice.
“Jesus, então, fala diretamente aos Apóstolos,
porque é isso que lhe interessa mais, e pergunta: ‘E vocês, quem dizem que eu
sou?’ Imediatamente, em nome de todos, Pedro respondeu: ‘O Cristo de Deus’, ou
seja, o Messias, o Consagrado de Deus, enviado por Ele para salvar o seu povo,
segundo a Aliança e a promessa.”
“Jesus percebe que os Doze, em particular Pedro,
receberam do Pai o dom da fé; e por isso começa a falar com eles abertamente,
assim diz o Evangelho, abertamente sobre o que acontecerá em Jerusalém: ‘O
Filho do Homem, disse, deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos
chefes dos sacerdotes e escribas, ser morto e ressuscitar no terceiro dia’”.
“Aquelas perguntas são repropostas hoje a cada um
de nós”, disse o Papa.
“Quem é Jesus para as pessoas do nosso tempo? Mas a
outra é mais importante: Quem é Jesus para cada um de nós? Somos chamados a
fazer da resposta de Pedro a nossa resposta, professando com alegria que Jesus
é o Filho de Deus, a Palavra eterna do Pai que se fez homem para redimir a
humanidade, derramando sobre ela a misericórdia divina em abundância. O mundo
precisa muito de Cristo, de sua salvação, de seu amor misericordioso. Muitas
pessoas sentem um vazio em torno de si e dentro de si; talvez, algumas vezes,
nós também; outras vivem inquietas e na insegurança por causa da precariedade e
dos conflitos. Todos precisamos de respostas adequadas às nossas profundas
perguntas concretas.”
“Em Cristo, somente Nele”, sublinhou Francisco, “é
possível encontrar a paz verdadeira e o cumprimento de toda aspiração humana.
Jesus conhece muito bem o coração do ser humano. Por isso, Ele pode curá-lo,
doar-lhe vida e consolo”.
Depois de concluir o diálogo com os Apóstolos,
Jesus se dirige a todos dizendo: ‘Se alguém quer vir após mim, renuncie a si
mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me’.
“Não se trata de uma cruz ornamental, ou uma cruz
ideológica, mas é a cruz da vida, é a cruz do próprio dever, a cruz do
sacrificar-se pelos outros com amor, pelos pais, pelos filhos, pela família,
pelos amigos, e também pelos inimigos, a cruz da disponibilidade de ser
solidários com os pobres, de se comprometer com a justiça e a paz. Ao assumir
estes comportamentos, estas cruzes, sempre se perde alguma coisa. Nunca devemos
nos esquecer que ‘quem perderá a sua vida por Cristo, a salvará’. É um perder,
para ganhar.”
O Papa convidou a recordar “os nossos irmãos que
ainda hoje colocam em prática estas palavras de Jesus, oferecendo o seu tempo,
o seu trabalho, o seu esforço e até mesmo a própria vida para não renegar a sua
fé em Cristo”.
“Jesus, mediante o seu Santo Espírito, nos dá a
força para ir adiante no caminho da fé e do testemunho: realizar aquilo em que
acreditamos; não dizer uma coisa e fazer outra. Neste caminho sempre está
conosco e nos precede Nossa Senhora. Deixemos que ela pegue a nossa mão, quando
atravessamos os momentos mais sombrios e difíceis”, concluiu o Papa.
Fonte e imagem: News.va
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