Castelnuovo di Porto (RV) – O Papa
deixou o Vaticano na tarde desta Quinta-feira Santa para ir até o norte de Roma
onde, na presença de mais de 800 requerentes de asilo, celebrou a Missa da Ceia
do Senhor com o Rito do Lava-pés.
A pequena cidade de Castelnuovo di Porto abriga os
refugiados que chegam à Itália e permanecem no Centro de Acolhida até obter os
documentos para viver legalmente no país.
Em sua homilia feita sem texto preparado, Francisco
falou de dois gestos: Jesus que lava os pés aos seus discípulos e Judas que,
por 30 moedas, entrega Jesus aos inimigos. "Também hoje aqui existem dois
gestos", destacou o Papa:
Integração
“Este: todos nós, juntos, muçulmanos, hindus,
católicos, coptas, evangélicos, mas irmãos, filhos do mesmo Deus, que queremos
viver em paz, integrados”.
Ao lembrar os atentados terroristas em Bruxelas –
“um gesto de guerra, de destruição”, – Francisco recordou que por trás dos
camicazes haviam outros interesses:
“Atrás daquele de gesto estão os traficantes de
armas que querem o sangue, não a paz, que não querem a paz, não fraternidade”.
Para contrastar o terrorismo, Francisco citou a
reunião de todos – “de diversas religiões, diversas culturas, filhos do mesmo
Pai” – para celebrar a Ceia do Senhor contra “aqueles que compram as armas para
destruir a fraternidade”. Neste ponto, o Papa recordou as dificuldades
enfrentadas pelos refugiados:
Coração aberto
“Este é o gesto que eu faço, com vocês, cada um de
nós tem uma história, cada um de vocês tem uma história, tantas cruzes e dores,
mas também um coração aberto à fraternidade”.
Antes de passar ao Rito do Lava-pés,
Francisco pediu que cada um, na sua língua, “rezasse ao Senhor para que esta
fraternidade se espalhe pelo mundo”:
“Para que não existam as 30 moedas para matar o
irmão, para que sempre exista a fraternidade e a bondade. Assim seja!”,
concluiu o Pontífice.
Fonte e imagem: News.va
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