Roma,
10 Nov. 15 / 01:05 pm (ACI).- O Arcebispo
sírio-ortodoxo de Homs (Síria), Selwanos Boutros Alnemeh, denunciou que
milhares de cristãos estão fugindo da cidade de Sadad, que desde o dia 31 de
outubro está sendo atacada pelo Estado Islâmico (ISIS), grupo terrorista que
invadiu recentemente a vila de Maheen.
O líder religioso disse à Ajuda à Igreja
que Sofre (AIS) que devido ao temor provocado pela invasão dos jihadistas de
Baghdadi – líder do ISIS –, outras 15 mil pessoas fugiram de Al-Hafar a fim de
refugiar-se em Homs, Zaidal e Fairouzeh.
“Apesar da presença do exército sírio, a cidade
cristã do Sadad está em perigo e tememos que o ISIS consiga conquistá-la. Sendo
assim, a Síria perderia um de seus centros cristãos mais importantes”.
Pe. Luka Awad, referente para a emergência humanitária da Diocese sírio-católica de Homs, disse à AIS que a maior parte das pessoas que fugiram não tiveram tempo de levar nada consigo.
“Estamos fazendo tudo o que for possível para ajudá-los. Agora, a prioridade é encontrar um lugar digno onde possam morar. É verdade que nossos recursos são limitados, mas graças ao apoio recebido, inclusive o apoio da AIS, conseguimos providenciar-lhes assistência humanitária, alimentos e roupas”.
Entretanto, “temos uma grande preocupação, porque os combates continuam e o ISIS está avançando”. O Pe. Luka ainda assinalou que Sadad tem uma importância para o grupo terrorista, pois está no caminho entre Homs e a capital Damasco.
Se capturam a cidade de Sadad, o Estado Islâmico controlaria o tráfico entre ambas as cidades importantes. Além disso, poderia dominar Homs, uma área rica em petróleo.
“Além das razões econômicas, os fundamentalistas querem Sadad porque é um centro cristão onde se fala ainda em aramaico: a língua de Jesus. Quando atacaram Qaryatayn, ameaçaram que ‘matariam todos os cristãos de Sadad’”, alertou.
Caso a cidade caia nas mãos dos jihadistas, perderiam uma parte importante da herança cristã da Síria. Por este motivo, Pe. Luka insistiu em seu apelo à comunidade internacional a fim de que acabe com este conflito e defenda a comunidade cristã.
“Há exatamente cem anos, em 1915, tivemos um genocídio. Hoje, no século XXI, não queremos que aconteça outro”, expressou fazendo menção ao genocídio armênio perpetrado pela Turquia durante a Primeira Guerra Mundial.
Fonte e imagem: ACI Notícias
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