Conheço uma pessoa que encarnou desde o ventre
materno o Ministério do Acolhimento.
A sua atenção para com o próximo me deixa lisonjeado e reflexivo. Abraço,
sorriso, palavras amáveis, são os seus ingredientes mais utilizados. Alegre,
delicada, sempre atenta às necessidades dos outros, se esquece de si mesma,
para se derramar em misericórdia nos corações aflitos e angustiados.
Estou em sua escola há quarenta e cinco anos, e
ainda não aprendi o seu ensinamento vivencial. Corações de pedra são incapazes
de absorver tais ensinamentos. Mas eu persisto em contemplá-la, porque esse
mesmo coração ainda nutre a esperança de que ‘água mole em pedra dura, tanto bate até que fura’.
E o mais bonito é que ela não espera que a procurem, mas se
disponibiliza e vai ao encontro de quem está necessitado. A acepção de pessoas nunca teve guarida em seu coração. É a pequena
grande.
Um dia – quem sabe? – eu chego lá. Que o Espírito
Santo me ajude a ser o aluno que Deus quer, e ela sonha. E também eu acolha sem
escolher.
Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo
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