Se
Deus pode transformar o impossível
em possível, curar cegos, coxos,
surdos, aleijados, paralíticos, leprosos, mudos; se tem o poder de expulsar
espíritos imundos, demônios; se pode alimentar cinco mil homens (sem contar as
mulheres e as crianças) com cinco pães e dois peixes; se ressuscitou três
mortos: Talita, o filho da viúva de Naim e Lázaro, faltar-lhe-ia o poder de
preservar do pecado das origens aquela que geraria no seu ventre o seu Filho? O poder de
preservar da “tendência de pecar”
não estaria ao seu alcance?
Lucas
confirma nas entrelinhas do Evangelho que escreveu, a preservação do pecado
como dom de Deus para a sua filha dileta e escolhida: “Alegra-te cheia de graça, o Senhor
é contigo!” (Lc 1,28) Seu nome diz tudo: cheia, plena, transbordante da graça do Criador. Como uma criatura
em toda plenitude da graça poderia cometer pecado? A MULHER prometida no Gênesis para restaurar o projeto original, e
da qual o anjo complementará, “o Espírito Santo descerá sobre ti, e a força
do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de
ti será chamado Filho de Deus.
”
Um
corpo, um útero, uma alma, um espírito maculado poderiam gerar o Filho de Deus,
o nosso Salvador e Redentor, Jesus Cristo? Não há necessidade de estar escrito
com essas palavras na Bíblia, para que não a tenhamos como verdade de fé.
Questão de um raciocínio lógico somente.
Maria, a Escolhida de Deus,
a cheia de graça, a plenificada de dons, a filha dileta do Pai, a Mãe carinhosa
do Filho e a Esposa amantíssima do Espírito Santo, foi totalmente preservada do
pecado das origens porque – pelo seu poder – Deus quis preservá-la, a fim de que todas as gerações a proclamem
de Bem-Aventurada.
A
leitura ingênua ou fundamentalista da Palavra, retirando um versículo do
contexto e aplicando da maneira que lhe apraz, gera um grande perigo
doutrinário. Em Romanos 3,23 lê-se:
“Com
efeito, todos pecaram, e todos estão privados da glória de Deus.” Aqui
sugere que entre TODOS também Jesus
está; e sendo Deus, está privado de sua própria glória. É o absurdo dos
absurdos. Causa de tudo isso: retirar uma parte do todo para ‘usar’ o nome de
Deus. Como admoestação e exortação, da boca de Jesus saíram essas palavras: “Eu
vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as
serpentes, mas simples como as pombas.
”
Paz
e Luz
Antonio
Luiz Macêdo
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