REDAÇÃO CENTRAL, 28 Mai. 16 / 11:00 am (ACI).- Dada a complexidade da teologia católica sobre a natureza da morte, o inferno e o demônio, a lista a seguir, com base nas Sagradas Escrituras e no Magistério da Igreja, contém respostas para 7 erros recorrentes que os católicos devem evitar.
1. O demônio é um mero símbolo
Se isso fosse verdade, então Jesus deve ter se equivocado cada vez que falou do demônio em diferentes partes das Sagradas Escrituras. O diabo é real e anda ao redor, como leão que ruge procurando almas para devorar (1Pd 5,8). E, francamente, se é possível para um ser humano rejeitar Deus, por que é tão inconcebível que um anjo possa fazer o mesmo? Nessa existência, como na outra, os anjos e os seres humanos podem se alienar com Deus ou não (Dt 30,19).
2. Ao morrer, tornamo-nos anjos
Não, absolutamente não. O ser humano é diferente de um anjo e não pode se tornar um ser que não é.
O Catecismo da Igreja Católica assinala no parágrafo 328 que existem anjos. No parágrafo 330, afirma que são seres puramente espirituais com inteligência e vontade. Também indica que são servidores e mensageiros de Deus.
Ao contrário de anjos, os seres humanos têm um
corpo. O Catecismo assinala, no parágrafo 366, que a alma espiritual do homem
foi criada por Deus e “não morre quando, na morte, se separa do corpo; e que se
unirá de novo ao corpo na ressurreição final”.
3. É fácil determinar quem irá para o inferno
A competência da Igreja está em determinar quem
está no céu, entretanto, ninguém sabe quem se encontra no inferno. Aqueles que
morrem em estado de pecado mortal tem muito poucas opções disponíveis, no
entanto, esta não é uma razão pela qual devemos ser ultrajantes ou
triunfalistas em relação a eles. Pelo contrário, é importante orar por todos os
pecadores, até mesmo os nossos piores inimigos para que se arrependam e voltem
(Sab 1,13-15). Perdoem e serão perdoados (Mt 6,14, Lc 6,37). O juízo só
pertence a Deus e a ninguém mais. Simplesmente não podemos conhecer o interior
de outra alma e a verdadeira natureza de seu relacionamento com Deus.
4. Todos vão para o céu
O inferno existe e Jesus assegura várias vezes ao
longo dos Evangelhos (Mt 7,13-14, Mt 8,12, Mc 9,43, Mt 13,41-42, 49-50, 48-49,
Mt 22,13, Mt 25,46, Lc 12, 5, Jo 3,18). João também dedica uma longa passagem
em Apocalipse (Ap 14,19-11; 19,3). Se todos vão para o céu, isso significa que
Jesus estava errado ou era ignorante, o que é inaceitável.
5. Quem morre em estado de graça vai direto para o
céu
Deixemos nas mãos de Deus, que tudo pode. É
possível que alguns duvidem do Purgatório, mas as Sagradas Escrituras são muito
claras acerca disso (2Mac 12,39-46, Mt 5,24-25., Hab 1,13, 1Co 3,11-15, Ap
21,27). O Purgatório existe como parte da economia salvífica. Além da Virgem Maria, há alguém
entre nós puro o suficiente para estar diante de Deus? (Rom 3,10, 14,4, Dt
7,24, Js 23,9: 1Sam 6,20 Esd 10,13, Pr 27,4, Sl 76,7, 130,3, Na 1,6). Até mesmo
os santos têm pecados que precisam ser expiados e o Purgatório é parte da
infinita misericórdia de Deus, porque Ele não quer que qualquer um de nós
morra, mas viva e se arrependa (2Pd 3,9).
6. As coisas ruins só acontecem com pessoas más
Cristo nos assegura pessoalmente que isso não faz
sentido (Lc 13,1-5). Aos que chegaram com a notícia dos galileus que foram
assassinados por Pilatos quando ofereciam sacrifícios a Deus, Ele respondeu:
“Pensais vós que estes galileus foram maiores pecadores do que todos os outros
galileus, por terem sido tratados desse modo? Não, digo-vos. Mas se não vos
arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo”.
Jesus também nos recorda que as melhores pessoas
sofrem muito, no entanto, dá-nos ânimo ante as tribulações (Jo 16,33). Ele
mesmo sofreu uma morte ignóbil depois de ser torturado. Sua Mãe, Maria, mulher
concebida sem pecado, teve provações ao longo de sua vida que lhe causaram
grande dor. Por que o resto de nós, pecadores, seremos poupados do sofrimento
que Paulo nos diz em Colossenses 1,24?”. “Agora me alegro nos sofrimentos
suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha
carne, por seu corpo que é a Igreja”.
7. Podemos escolher que regras queremos obedecer
Temos o direito de questionar tudo, mas devemos
aceitar o ensinamento da Igreja por completo. Se não, colocamo-nos acima da
Igreja e da vontade de Deus. Jesus estabeleceu a Igreja, São Pedro como seu
Vigário na terra e seus sucessores. Quem somos nós para acreditar que Deus se
equivocou em suas decisões? (Jó 15,8) Como se pode contar com incrível
autoridade para julgar a lei de Deus?
BÔNUS: O Concílio Vaticano II pode se desfazer ou
ser ignorado
Impossível. Os 21 concílios ecumênico no transcorrer
de 1700 anos são importantes, irrevogáveis e irrefutáveis porque o Espírito
Santo dirigiu todos eles. Cabe assinalar que a doutrina pode ter gerado
divergências, mas isso significa menos do que nada. Do mesmo modo que um
católico não pode escolher quais as regras deseja seguir, também não estão
autorizados a escolher o seu concílio favorito e excluir os demais.
Originalmente publicado em National Catholic
Register (https://www.ncregister.com/).
Fonte e imagem: ACI Notícias
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