REDAÇÃO CENTRAL, 28 Abr. 16 / 08:00 am
(ACI).- “A quem Deus
quer fazer muito santo, o faz muito devoto da Virgem Maria”, disse São
Luís de Montfort, o “escravo de Maria” que propagou a devoção à Virgem, pelo
que teve que sofrer muito. São João Paulo II fez de sua frase mariana “Totus
Tuus” (Todo teu) o lema de seu pontificado.
São Luís nasceu em Montfort (França) em 31 janeiro
1673. Era muito tímido, preferia a solidão e tinha grande devoção pela Eucaristia e
pela Virgem Maria. Para ir à Missa, tinha
que caminhar duas milhas até a Igreja. Quando estudou
com os jesuítas, visitava o templo antes e depois da escola.
Aos 20 anos, sentiu-se chamado ao sacerdócio. No
seminário de Paris, o bibliotecário lhe autorizou ler muitos livros da Virgem
Maria e, como velador de morto, compreendeu que tudo neste mundo era vão e
temporário.
Os superiores não sabiam se o tratavam como um
santo ou como um fanático e, pensando mal dele, o mortificavam, humilhavam e
insultavam na frente de todos. Era incompreendido por seus companheiros, que
riam de Luís e o rejeitavam. Mas o santo se manteve firme na paciência como
participação da cruz de Cristo.
Mais tarde, esteve em um povoado ensinando catequeses às crianças e logo foi nomeado capelão do Hospital de Poitiers, asilo para pobres e marginalizados. Sua simplicidade e naturalidade para servir aos necessitados junto com os ensinamentos marianos que propagava fizeram com que fosse visto como um perigo.
Quando retornou à Paris, criaram falso testemunho contra ele, seus amigos mais próximos o rejeitaram e o Bispo mandou que não falasse mais. Logo compreenderia a razão dos ataques à doutrina mariana que propagava: o demônio se aborrecia.
São Luís recorreu ao Papa Clemente XI para saber se estava errado em seus ensinamentos. O Pontífice o recebeu e deu-lhe o título de Missionário Apostólico.
Desta forma, realizou centenas de missões e retiros que se caracterizaram pela recitação do Santo Rosário, procissões e cânticos à Virgem, animando a retornar aos sacramentos. “A Jesus por Maria” era a sua proposta.
Neste contexto, também foi perseguido pelos hereges jansenistas, que diziam que não se devia receber os sacramentos quase nunca porque ninguém é digno.
Fundou as congregações “Filhas da Sabedoria” e “Missionários Montfortianos (Companhia de Maria)”.
Escreveu o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”. Alguns pensadores católicos chegaram a considerar esta obra como um exagero o culto da Mãe de Deus, mas a Igreja não encontrou nenhum erro.
São Luís partiu para a Casa do Pai em 28 de abril de 1716, com apenas 43 anos. Foi enterrado na Igreja de Saint-Laurent. A Beata Maria Luísa de Jesus, a primeira das “Filhas da Sabedoria”, morreu 43 anos depois, no mesmo dia, hora e local que São Luís. Logo, foi enterrada ao lado de Montfort.
Séculos mais tarde, São João Paulo II o tomou como referência em sua encíclica “Redemptoris Mater” e visitou o túmulo de São Luís. Ali, ao lado da tumba sofreu um atentado, pois plantaram uma bomba que foi descoberta pelos seguranças. Providencialmente, nada deteve o Papa de honrar o santo que tanto amava.
Etiquetas: São Luís Maria Grignion de Montfort, santos e santas, Igreja Católica, santidade, devoção mariana, Virgem Maria, consagração a Nossa Senhora
Fonte e imagem: ACI Notícias
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