Cidade do Vaticano (RV) - A segunda-feira de
Francisco, 29 de fevereiro, foi marcada por um encontro ecumênico. O Papa
recebeu em audiência, no Vaticano, o Patriarca da Igreja Ortodoxa Etíope
Tewahido, Sua Santidade Abuna Matthias I.
Em seu discurso, o Pontífice recordou os elos
fraternos que unem as duas Igrejas, e os encontros precedentes entre o então
Patriarca Abuna Paulos com S. João Paulo II e Bento XVI. Francisco citou ainda
o trabalho levado avante pela Comissão Internacional conjunta entre a Igreja
Católica e as Igrejas ortodoxas desde 2004. “Como já foi observado várias
vezes, disse Francisco, aquilo que nos une é muito maior do aquilo que nos
divide.”
Ecumenismo dos mártires
Atualmente, este elo se tornou ainda mais forte com
o ecumenismo dos mártires, isto é, a perseguição e o assassinato de cristãos em
todo o mundo. “Hoje, o sangue de tantos mártires pertencentes a todas as
Igrejas se torna semente de unidade dos cristãos.”
O Papa falou da história da Igreja Ortodoxa etíope,
que foi desde o início uma Igrejas de mártires. “E ainda hoje, são testemunhas
de uma violência devastadora contra os cristãos e contra outras minorias no
Oriente Médio e em algumas partes da África. Não podemos nos eximir de pedir,
mais uma vez, aos que detêm o futuro político e econômico do mundo que promovam
uma coexistência pacífica baseada no respeito recíproco e na reconciliação, no
mútuo perdão e na solidariedade.”
Preservação do meio ambiente
Francisco mencionou ainda os esforços da Etiópia
para melhorar as condições de vida da população e para construir uma sociedade
sempre mais justa, baseada também no respeito do papel das mulheres. De modo
especial, o Papa falou do problema da falta de água, com as suas graves
repercussões sociais e econômicas e da possibilidade de fortalecer a cooperação
neste campo entre as duas Igrejas.
Fonte e imagem: News.va
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