Não goste, ame! Pois somente o AMOR é capaz de construir o mundo. (Antonio Luiz Macêdo)..

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

“A nossa época tem necessidade de sabedoria”


Nos passos de são João Paulo II

“Põe-se assim a toda a Igreja o dever de uma reflexão e de um empenho bastante profundo, para que a nova cultura emergente seja intimamente evangelizada, sejam reconhecidos os verdadeiros valores [...] e seja promovida a justiça também nas estruturas da sociedade.

A única forma de atravessarmos esses vales escuros da cultura do 3º milênio e sairmos vencedores é atreva da EVANGELIZAÇÃO. Anunciar a Boa Nova, não imbuídos de proselitismo, mas com docilidade, ternura e amor.

As Famílias hodiernas têm necessidade de uma evangelização criativa, com um ardor renovado e com métodos de acordo com a realidade em que vivem. Anunciar a Boa Nova mostrando um Deus carrasco, que pune, que castiga, que tem um grande livro de “contador” onde escreve os nossos créditos, débitos e saldos, é uma grandiosíssima insensatez.

Este anúncio deve ser realizado com a sabedoria do Espírito Santo. Sem a presença Dele, nada podemos fazer. Esta sabedoria, que não tem raiz no saber, mas no sabor, no gosto pela Palavra de Deus, é condição essencial para levar o nome de Jesus a todas as Famílias, sem distinção.

Os reflexos da desestruturação familiar estão impregnando esta sociedade mundânica, onde se vale pelo que se tem e não pelo que se é. E aí, nesta perspectiva, a violência, a prostituição, as drogas, a pedofilia, o homossexualismo, espraiam-se sempre com maior intensidade, e suas ondas gigantescas arrastam crianças, adolescentes e jovens, para o fundo de abismos intermináveis.

A Igreja está fazendo a parte que lhe compete. E nós, Famílias evangelizadas, tementes a Deus, qual a nossa contribuição? Desinstalemo-nos, descruzemos os braços, desacomodemo-nos e, em nome de Jesus, tenhamos a coragem de anunciar o Seu Nome a todas as Famílias desevangelizadas.

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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domingo, 9 de fevereiro de 2020

Palavras de Maria 3


Uma das principais características da personalidade da Mãe é o silêncio. Plasmada no coração do Pai pelo Espírito Santo, o silêncio absoluto herdou do esposo este dom inefável. Prefere “guardar todas as coisas para meditar no seu coração”. (Lc 2,19).
   
Quando em alguns momentos fez-se necessário que a sua voz fosse ouvida, falou; suas palavras, porém, eram mansas, delicadas e cheias de ternura. Os Evangelhos, segundo Lucas e João, guardam as suas sete expressões vocais pronunciadas dentro de circunstâncias diversas.

3. Shalom!!!  (Lc 1,40)
   
Nós, latino-americanos, costumamos nos saudar de três maneiras: Bom dia, boa tarde ou boa noite. Os árabes, os russos – por exemplo – saúdam-se com um beijo de cada lado da face (inclusive os homens). A saudação para o povo judeu, no entanto, tem uma conotação religiosa muito explícita. Naquele momento do encontro entre a mãe do Salvador e a mãe do Precursor, esta conotação eleva-se ao auge. Shalom! Shaaaaalooommmm!!! Isabel, eu te desejo de todo o meu coração, saúde, felicidade e, acima de tudo, paz. Não a paz que o mundo oferece e sim, a paz que o mundo não conhece, a paz que somente Ele pode dar. A paz da qual eu sou a portadora Aquela paz que Isaías fala: “O lobo, então, será hóspede do cordeiro; o leopardo vai se deitar ao lado do cabrito; o bezerro e o leãozinho pastarão juntos; uma criança pequena tocará os dois; a ursa e a vaca estarão pastando e suas crias estarão deitadas, lado a lado,; o leão, assim como o boi, comerá capim. O bebê vai brincar no buraco da cobra venenosa e a criancinha enfiará a mão no esconderijo da serpente. Ninguém fará mal, ninguém pensará em prejudicar na minha santa montanha. Pois a terra estará repleta do conhecimento do Senhor, assim como as águas cobrem o mar” (Is 11,6-9). É esta paz que eu te desejo. Paz que é fruto do Espírito Santo e desemboca na cachoeira da alegria interior. Banha-te desta paz! Mergulha nas águas profundas desta alegria para que te possas revestir das cascatas do júbilo e da esperança!

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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sábado, 8 de fevereiro de 2020

De Nazaré a Belém (Lc 2,1-7)


Senão para todos, para a grande maioria o natal se resume em árvores coloridas iluminadas com luzes pisca-pisca, ou presentes, ceia, roupa nova, sapato novo, sinais visíveis de um transbordamento de alegria efêmera e fugaz, porquanto centralizada no humano e material.

O caminho de Nazaré a Belém, é o caminho da realidade que nunca passa, visto que é caminho verdadeiro que não queremos nem desejamos refletir, mas que se faz necessário, porque é ele que nos leva à maior festa da cristandade. Festa da alegria que traz em si e no seu roteiro, renúncia, entrega, rejeição e abandono.

Na Anunciação os sonhos de Maria são transfigurados através de uma mensagem do céu. Pensa, reflete, angustia-se, medita, indaga, não entende e, por fim, renuncia-se a si mesma, renuncia aos seus projetos, renuncia ao seu amado, e diz sim a Deus. Entrega-se.  A dor da renúncia é a primeira placa de sinalização para Belém.

Após três longos meses de espera, José sofre. A dor da solidão toma conta dos seus dias e das suas noites. A saudade é grande.  O vazio é maior. O amor que os une é divino. Ora, pede, espera. Maria volta. No reencontro a surpresa e a decepção: aquela a quem ama profundamente está grávida. Toma sobre si toda a culpa. Resolva rejeitá-la em segredo. A dor da dúvida rejeição é a segunda placa indicativa do caminho de Belém.

Quirino ordena um recadastramento relâmpago. José tem de ir a Belém. Não pode deixar Maria porque ela já está nos dias de dar à luz. Três dias de viagem no lombo de um jerico. Cansaço, suor, sede, fome, dores, desconforto, calor. À noite vento, frio, escuridão, perigos. É a terceira placa indicativa do caminho de Belém.

Ao chegar à noitinha, a peregrinação. José bate de porta em porta, pergunta, informa-se. "Não havia lugar para eles na hospedaria". Maria sofre. As contrações aumentam. José busca nos arredores da cidade uma gruta onde os animais abrigavam-se durante o inverno. Em meio aos animais Maria dá à luz o seu Filho, o Rei dos Reis. Envolve o menino em faixas. É a última placa indicativa.

O caminho de Nazaré até Belém é o caminho da angústia, da solidão, da ansiedade, da incerteza, do cansaço, da sede, da fome, das lágrimas, da rejeição, mas nunca o caminho do desânimo. Fazer a caminhada até Belém sem passar por estas placas indicativas, é não vivenciar plenamente o sentido do Natal - sofrimento que gera alegria.

Porque Jesus nasceu para acolher nossas dores e sofrimentos, o mundo se transforma; tudo é júbilo, apesar da caminhada, e podemos cantar com os anjos: "Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens e mulheres de boa vontade". 

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

A felicidade ou infelicidade dependem das nossas escolhas


Fomos criados por Deus, à sua imagem e semelhança, para sermos felizes. Infelizmente o próprio Ser Humano afastando-se do Senhor através do pecado (embora o Senhor nunca tenha se afastado de nós), conheceu o caminho da infelicidade, da dor e da morte.

E em que consiste a felicidade que tanto buscamos? Algumas pistas para encontra-la e vivenciá-la, encontram-se no Salmo 1,1-3: Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores.2Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite.3Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera.

1. Não proceder como os ímpios. Quem são os ímpios? Pessoas incrédulas que não respeitam e zombam das coisas sagradas. Proceder como os ímpios nos leva ao caminho da infelicidade.
2. Não trilhar o caminho dos pecadores. O que isto significa? Caminhar de acordo com os preceitos e mandamentos do Senhor. Esforçar-se para não pecar; e se pecarmos, arrependermo-nos e procurarmos o Sacramento da Reconciliação com Deus e com os irmãos.
3. Servir ao Senhor de todo coração, enaltecendo a nossa , nossa Esperança e o nosso Amor, como presentes inigualáveis de Deus, a fim de podermos nos doar aos pobres e necessitados.
4. Meditar a lei do Senhor. Significa orar com a Palavra de Deus, que nos orienta e nos mostra o caminho que devemos seguir, na certeza de encontrarmos a felicidade.

E aqui temos, de forma alegórica, o que é o SER HUMANO FELIZ: “3Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera.

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

“Se eu me cansar...”


Às vezes, falando para o Senhor, eu coloco assim: ‘Jesus, se eu cansar...’. E sinto que Ele faz questão que nominalize os meus possíveis cansaços. Então faço a sua vontade.

SENHOR...
Se eu me cansar das provações, do sofrimento, da caminhada; se o peso do dia a dia envergar minha alma; se as preocupações me agrilhoarem; se o medo me acorrentar e me tornar seu escravo; se a vida perder o sentido, por constatar a ausência de tua presença nos corações dos homens; se a amargura, a mágoa e o ressentimento, petrificarem o meu coração; se o desânimo me envolver em sua armadilha atroz; se o futuro se desenhar para mim como uma barreira intransponível, e as sombras do passado alimentarem com o joio o meu presente estático... E aí Senhor?

‘Vinde a mim! Eu sou o descanso para todos os teus cansaços. As provações, o  sofrimento e as tuas dores; teus medos e inseguranças; o desânimo, a amargura e o ressentimento, eu os assumi na Cruz. O teu passado está no meu coração; o teu futuro encontra-se em minhas mãos. Por que dizes ‘se eu me cansar’? Eu sou o teu refúgio, a tua força, o teu alento. Mas se tu te cansares... Vem descansar em Mim.

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

“A Igreja a serviço da família”


Nos passos de São João Paulo II

“A FAMÍLIA nos tempos de hoje, tanto e talvez mais que outras instituições, tem sido posta em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura”.

É nos passos da Exortação Apostólica “Familiares Consortio”, de São João Paulo II, que firmaremos os nossos passos na Construção da Família.

Embora as transformações, perseguições e ameaças pelas quais vem passando nos tempos de hoje, a Igreja está “consciente de que o matrimónio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade, e quer fazer chegar a sua voz e oferecer a sua ajuda a quem, conhecendo já o valor do matrimónio e da família, procura vivê-lo fielmente, a quem, incerto e ansioso, anda à procura da verdade e a quem está impedido de viver livremente o próprio projeto familiar. Sustentando os primeiros, iluminando os segundos e ajudando os outros, a Igreja oferece o seu serviço a cada homem interessado nos caminhos do matrimónio e da família”.

Os bens preciosos saídos das mãos do Criador – o matrimônio e a família – são a fonte da Graça plena e permanente para os casais que se revestem do sacramento pelo poder do Espírito Santo. É esta presença santificadora que proporciona a vivência da fidelidade no amor conjugal.

A Igreja – dispensadora dos sacramentos – como Instituição Divina, não pode ficar à margem e cruzar os braços diante dos perigos e riscos que passam o matrimônio e a família, pela presença de lobos vorazes que os rodeiam a todo instante.

Construir a família sobre a Rocha que é Jesus, através da sua Igreja, e “dirigir-se particularmente aos jovens, que estão para encetar o seu caminho para o matrimónio e para a família, abrindo-lhes novos horizontes, ajudando-os a descobrir a beleza e a grandeza da vocação ao amor e ao serviço da vida”, constitui-se em nossa missão.

Fonte: Familiaris Consortio

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Palavras de Maria(2)


Uma das principais características da personalidade da Mãe é o silêncio. Plasmada no coração do Pai pelo Espírito Santo, o silêncio absoluto herdou do esposo este dom inefável. Prefere “guardar todas as coisas para meditar no seu coração”. (Lc 2,19).
   
Quando em alguns momentos fez-se necessário que a sua voz fosse ouvida, falou; suas palavras, porém, eram mansas, delicadas e cheias de ternura. Os Evangelhos, segundo Lucas e João, guardam as suas sete expressões vocais pronunciadas dentro de circunstâncias diversas.

2. Eis aqui a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. (Lc 1,38)     
Ainda no contexto da Anunciação, o anjo explicíta a Maria três sinais que caracterizariam aquele a quem ela iria gerar: “Ele será grande, será o Filho do Altíssimo e será Rei”. Na sua pequenez, na sua humildade, na sua servidão, ela abrigaria o Grande, o Altíssimo, o Rei. E José? E os seus planos? E o seu casamento? Faltava tão pouco!... A casinha estava ficando linda! Um pequeno canteiro de flores denunciava o quanto ele era romântico e sensível! Estava tudo pintado, limpinho, mobiliado... Fazia gosto de ver! A carpintaria ficava próxima. De vez em quando poderia ir até lá levando alguns figos ou alguns pãezinhos assados na hora para recompor as energias do seu amado. À tardinha, junto do portão, revestida de simplicidade e singeleza, esperaria ansiosa a sua volta e o abraçaria, e o beijaria, e o conduziria pela mão até o seu pedacinho do céu. E agora? O chamado, o apelo de Deus são maiores, infinitamente superiores aos seus sonhos. Seus sonhos são nada diante da Missão Maior. Ela é nada. Deus é o Tudo. Diante dele ela só pode curvar-se. É a escrava do Senhor.
   
No Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, São Luís Maria Grignion de Montfort assinala cinco diferenças fundamentais entre um servo e um escravo:
a) Um servo não dá a seu patrão tudo o que é, tudo o que possui ou pode adquirir por outrem ou por si mesmo; mas um escravo se dá integralmente a seu Senhor, com tudo o que possui ou possa adquirir, sem nenhuma exceção.
b) Servo exige salário pelo serviço que presta a seu patrão; o escravo, porém, nada pode exigir, seja qual for a assiduidade, a habilidade, a força que empregue no trabalho.
c) Servo pode deixar o patrão quando quiser, ou ao menos quando tiver tempo de serviço; mas o escravo não tem esse direito.

d) O patrão não tem sobre o servo direito algum de vida e morte, de modo que, se o matasse como mata um dos seus animais de carga, cometeria um homicídio; mas, pelas leis, o senhor tem sobre o escravo o poder de vida e morte; de modo que pode vendê-lo a quem o quiser, ou matá-lo como o faria a seu cavalo.

e) O servo, enfim, só por algum tempo fica a serviço de um patrão, enquanto o escravo o é para sempre.

A vontade da escrava é a vontade do seu senhor. Maria, sendo escrava, faz somente a vontade de Deus, o seu Senhor.

Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo

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