A sua festa ocorre em duas datas: 15 de agosto e 05
de janeiro.
A cidade é Paestum e está situada no Golfo de
Salerno, sul da Itália, cuja capital é Nápoles.
A partir da metade do século VII antes de Cristo,
chegaram os agricultores gregos e fundaram a cidade Poseidonia, além de vários
santuários. O mais importante era o da deusa Hera Argiva, adorada como a
Verdadeira Senhora por ser a esposa do deus supremo do Olímpo.
Graças às excelentes condições geográficas, a
cidade prosperou muito, se desenvolveu e seus templos ganharam fama em toda
Grécia. Quatro séculos depois, Roma tomou posse da região e fundou uma colônia
latina dando à cidade seu nome definitivo: Paestum.
O cristianismo foi introduzido na região no século
II e o culto à Virgem Maria, Mãe de Deus, contrapondo-se à antiga adoração à
Hera Argiva. Paestum foi destruída no século VII por invasores muçulmanos e se
tornou numa das fascinantes relíquias arqueológicas do mundo.
Os habitantes sobreviventes, junto com seu bispo,
foram para o monte Calpazio. Situado nos confins da planície de Paestum,
defronte ao Golfo de Salerno, era um lugar mais seguro às constantes invasões.
Assim, fundaram uma nova cidade chamada Capaccio e construíram a igreja
dedicada à Santa Maria, Mãe de Deus.
No século XI, Capaccio adquiriu o mesmo poder que
tivera Poseidonia. A igreja magnificamente ampliada assumiu a condição de
Catedral e sede episcopal da diocese de Paestum-Capaccio. Neste Santuário, os
fiéis devotavam à imagem da Virgem Maria sentada com o Menino Jesus e que
segura na mão direita uma fruta romã aberta como símbolo da Graça, a invocação
de Nossa Senhora da Romã ou da Abundância.
Entretanto, em 1247, a Igreja foi destruída junto
com a cidade, pelo exército de Frederico II, dando origem às ruínas da Velha
Capaccio. Algumas famílias escondidas na vizinha Vila de São Pedro se
organizaram e criaram um novo centro urbano conhecido como Nova Capaccio.
Com a transferência do Bispo, a Catedral -Santuário
deixou de ser a sede da diocese, mas continuou sendo meta de muitos peregrinos
e romeiros de outras localidades.
Após o século XIV, a devoção à Nossa Senhora da
Romã era tão popular que o título foi incorporado ao nome do Santuário. A única
restauração completa ocorreu em 1708.
O edifício anexo ao Santuário, para acolher os
religiosos responsáveis pela preservação do culto, data de 1836 e lhe deu a
característica arquitetônica atual.
Desde 1991, a sua reitoria é de responsabilidade
dos Carmelitas da Antiga Observância. O culto à Nossa Senhora da Romã ou da
Abundância está profundamente ligado às ruínas arqueológicas das antigas
cidades, à tradição dos agricultores e à forte devoção popular dos fiéis à
Virgem Mãe de Deus, que ainda lhe agradecem a proteção oferecendo romãs
Mãe
Amada
Leia as obras de Antonio Luiz Macêdo
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