BAGDÁ, 06 Abr. 16 / 01:00 pm (ACI).- Na Páscoa, os
cristãos iraquianos se reuniram em Bagdá (Iraque), mas tiveram que fazer as
celebrações com certa moderação por temor de que o Estado Islâmico (Daesh ou
ISIS) acabe com sua reduzida comunidade.
“Nós estamos ameaçados de extinção. Essa é uma
palavra dura, mas a cada dia estamos acabando. Nosso povo está viajando,
emigrando”, disse à agência Reuters o Padre Muyessir al-Mukhalisi, um sacerdote
caldeu da Igreja de
São Jorge ao leste de Bagdá.
“A pergunta é: o que vem depois da liberação do
Mossul?”, disse o Pe. Mukhalisi em referência à cidade invadida pelo ISIS em
2014. Ele sugeriu que o governo de Bagdá precisa fazer mais para proteger os
cristãos nas zonas que estão sob seu controle.
“Pensando apenas na libertação de Mossul, não
proporciona alívio aos cristãos”, ressaltou.
“Desde a nossa juventude, fomos criados com a ideia do amor e da tolerância”, disse depois da Missa uma jovem voluntária, Reem Paulis Saada. “Não vou procurar vingança. O que ganharia me vingando?”, perguntou a jovem que perdeu vários parentes nos crimes cometidos pelo Estado Islâmico.
Em 2014, os cristãos de Mossul foram obrigados a fugir quando o ISIS invadiu a cidade e começou a destruir os lugares religiosos de séculos de antiguidade.
Deste modo, os membros da minoria cristã tiveram que se deslocar para a capital (Bagdá) e outras cidades principais, enquanto outros se uniram aos grupos que fogem à Europa.
O Iraque foi tradicionalmente o lar de diferentes igrejas de rito oriental, católico e ortodoxo.
Atualmente, os cristãos representam algumas centenas de milhares de pessoas, ante cerca de 1,5 milhão antes da invasão do Iraque liderada pelos EUA em 2003.
Fonte e imagem: ACI Notícias
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