As duas filhas da minha
amiga Isabela estavam no ginásio quando ela teve fortes sintomas de gripe.
Isabela visitou seu médico, que lhe disse que o vírus da gripe não tinha
passado nem perto. Ela tinha sido, sim, atingida pelo "vírus do amor"
e estava grávida.
O nascimento de Tomé, um
filho saudável, bonito, foi celebrado com muita alegria, e, com o passar do
tempo, parecia que cada dia trazia uma outra razão para comemorar o presente
que era a vida de Tomé. Ele era doce, calmo e alegre.
Um dia, quando Tomé
tinha aproximadamente cinco anos, ele e Isabel passeavam por uma alameda na
vizinhança, e como é o jeito das crianças, assim do nada, Tomé perguntou,
- Mãe, quantos anos você
tinha quando eu nasci?
- Trinta e seis, Tomé.
Por quê? - Isabel perguntou curiosa com o que se passava por sua cabecinha.
- Que pena! - Tomé
respondeu.
- Por quê? - Isabela
perguntou, mais curiosa ainda.
Olhando-a com seus
olhinhos cheios de amor, Tomé disse,
- Nada! Eu só estava
pensando em todos os anos que perdemos sem nos conhecer.
Alice Collins
Leia as obras de Antonio Luiz Macêdo
Conta-gotas Do Dia a Dia (no final da
página)
Nenhum comentário:
Postar um comentário