Não goste, ame! Pois somente o AMOR é capaz de construir o mundo. (Antonio Luiz Macêdo)..

sábado, 17 de janeiro de 2015

DOM DIVINO E A LITURGIA DO FINAL DE SEMANA





Dia 17 de Janeiro - Sábado

SANTO ANTÃO
Pai da Vida Monacal
(Branco, Prefácio Comum ou dos Santos – Ofício da Memória)

Antífona de entrada:
O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro do Líbano, plantado na casa do Senhor, nos átrios de nosso Deus (Sl 91,13s).
Oração do dia
Ó Deus, que chamastes ao deserto santo Antão, pai dos monges, para vos servir por uma vida heróica, dai-nos, por suas preces, a graça de renunciar a nós mesmos e amar-vos acima de tudo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Hebreus 4,12-16)
Leitura da carta aos Hebreus.
Irmãos, 4 12 porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração. 13 Nenhuma criatura lhe é invisível. Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.
14 Temos, portanto, um grande Sumo Sacerdote que penetrou nos céus, Jesus, Filho de Deus. Conservemos firme a nossa fé. 15 Porque não temos nele um pontífice incapaz de compadecer-se das nossas fraquezas. Ao contrário, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado. 16 Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 18/19b
Vossas palavras são espírito, são vida,
tendes palavras, ó Senhor, de vida eterna.


A lei do Senhor Deus é perfeita,
Conforto para a alma!
O testemunho do Senhor é fiel,
Sabedoria dos humildes.

Os preceitos do Senhor são precisos,
Alegria ao coração.
O mandamento do Senhor é brilhante,
Para os olhos é uma luz.

É puro o temor do Senhor,
Imutável para sempre.
Os julgamentos do Senhor são corretos
E justos igualmente.

Que vos agrade o cantar dos meus lábios
E a voz da minha alma;
Que ela chegue até vós, ó Senhor,
Meu rochedo e redentor!
Evangelho (Marcos 2,13-17)
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
2 13 Jesus saiu de novo para perto do mar e toda a multidão foi ter com ele, e ele os ensinava.
14 Quando ia passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto da arrecadação e disse-lhe: "Segue-me." E Levi, levantando-se, seguiu-o.
15 Em seguida, pôs-se à mesa na sua casa e muitos cobradores de impostos e pecadores tomaram lugar com ele e seus discípulos; com efeito, eram numerosos os que o seguiam.
16 Os escribas, do partido dos fariseus, vendo-o comer com as pessoas de má vida e publicamos, diziam aos seus discípulos: "Ele come com os publicamos e com gente de má vida?"
17 Ouvindo-os, Jesus replicou: "Os sãos não precisam de médico, mas os enfermos; não vim chamar os justos, mas os pecadores."
Palavra da salvação.
Comentário ao Evangelho
DA MARGINALIZAÇÃO AO DISCIPULADO
A passagem de Jesus pela vida de Levi provocou nele uma transformação considerável. Ele saiu imediatamente da marginalização sócio-religiosa para ingressar no discipulado, ao aceitar o convite do Mestre, exigindo dele a renúncia a uma atividade odiosa aos olhos de seus contemporâneos. Doravante, Levi não seria mais um publicano, e sim um discípulo de Jesus. A opção religiosa desse discípulo teve conseqüências também no plano social.
Na percepção de Jesus, porém, a mudança na vida de Levi deu-se num nível bem diverso. A discriminação, devida à profissão de cobrador de impostos, era irrelevante para o Mestre. Este procurava colocar-se acima dos preconceitos humanos. Importava-lhe, antes, o que se passava no coração de Levi, sentado no seu local de trabalho. Embora vivendo num ambiente corrompido e corruptor, sem dúvida, ele mantinha um elevado padrão de religiosidade. Os preconceitos que recaíam sobre sua categoria profissional não foram suficientes para levá-lo a apegar-se aos bens materiais. Assim, quando Jesus passou, estava suficientemente livre para segui-lo, sem restrições.
Ninguém ficou sabendo da mudança operada na vida de Levi, além dele mesmo, e do próprio Mestre. O homem de fé viu concretizar-se o que, até então, era objeto de esperança. Seguir o Messias Jesus significava ver realizada a promessa divina. Assim, mais que uma marginalização social, Levi superou a verdadeira marginalização religiosa, ao se fazer discípulo do Reino.

Oração
Pai, coloca-me, cada dia, no seguimento de Jesus, pois, assim, estarei no bom caminho que me conduz a ti.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Aceitai, ó Deus, nossas humildes oferendas trazidas ao altar na festa de santo Antão, para que, desapegados dos bens terrenos, vos tenhamos por única riqueza. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens e dá aos pobres. Depois, vem e segue-me, diz o Senhor (Mt 19,21).
Depois da comunhão
Ó Deus, que nos fortalecestes pelo vosso sacramento, concedei-nos vencer as tentações do inimigo, como destes a santo Antão esplêndidas vitórias contra as forças do mal. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTO ANTÃO):
Antonio do Deserto nasceu na cidade de Conam, no coração do antigo Egito, em 251, e batizado com o nome de Antão. Era o primogênito de uma família cristã de camponeses abastados e tinha apenas uma irmã.

Aos vinte anos, com a morte dos pais, herdou todos os bens e a irmã para cuidar. Mas, numa missa, foi tocado pela mensagem do Evangelho em que Cristo ensina a quem quer ser perfeito: "Vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e me segue". Foi exatamente o que ele fez. Distribuiu tudo o que tinha aos pobres, consagrou sua irmã ao estado de virgem cristã e se retirou para um deserto não muito longe de sua casa.

Passou a viver na oração e na penitência, dedicado exclusivamente à Deus. Como, entretanto, não deixava de atender quem lhe pedia orientação e ajuda, começou a ser muito procurado. Por isto, decidiu se retirar ainda para mais longe, vivendo numa gruta abandonada, por dezoito anos. Assim surgiu Antonio do Deserto o único discípulo do santo mais singular da Igreja: São Paulo, o ermitão.

Mas seus seguidores não o abandonavam. Aos cinqüenta e cinco anos, atendeu o pedido de seus discípulos, abandonando o isolamento do deserto. Com isto, nasceu uma forma curiosa de eremitas, os discípulos viviam solitários, cada um em sua cabana, mas todos em contato e sob a direção espiritual de Antonio.

A fama de sua extraordinária experiência de vida santa no deserto, correu o mundo. Passou a ser o modelo do monge recluso e chamado, até hoje, de "pai dos monges cristãos".
Antonio não deixou de ser procurado também pelo próprio clero, por magistrados e peregrinos que não abriam mão de seus conselhos e consolo. Até o imperador Constantino e seus filhos estiveram com ele.

Mas, o corajoso Antonio esteve em Alexandria duas vezes: em 311 e 335. A primeira para animar e confortar os cristãos perseguidos por Diocleciano. E a segunda, para defender seu discípulo Atanásio, que era o bispo, e estava sendo perseguido e caluniado pelos arianos e para exortar os cristãos a se manterem fiéis à doutrina do Concílio de Nicéia de 325.

Ele também profetizou sua morte, depois de uma última visão de Deus com seus santos, que ocorreu aos cento e cinco anos, em 17 de janeiro de 356, na cidade de Coltzum, Egito. Antonio do Deserto ou Antão do Egito, foi colocado no Livro dos Santos para ser cultuado no dia de sua morte. Santo Atanásio foi o discípulo e amigo que escreveu sua biografia, registrando tudo sobre o caráter, costumes, obras e pensamento do monge mais ilustre da Igreja Católica antiga.

As suas relíquias são conservadas na igreja de Santo Antonio de Viennois, na França, onde os seus discípulos construíram um hospital e numerosas casas para abrigar os doentes abandonados. Mais tarde, se tornaram uma congregação e receberam o nome de "Ordem dos Hospedeiros Antonianos", que atravessou os séculos, vigorosa e prestigiada.

 

Dia 18 de Janeiro - Domingo

II DOMINGO DO TEMPO COMUM
(Verde, Glória, Creio – II Semana do Saltério)

Antífona de entrada:
Que toda a terra se prostre diante de vós, ó Deus, e cante louvores ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 65,4).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (1 Samuel 3,3-10.19)
Leitura do primeiro livro de Samuel.
3 3 e a lâmpada de Deus ainda não se apagara. Samuel repousava no templo do Senhor, onde se encontrava a arca de Deus.
4 O Senhor chamou Samuel, o qual respondeu: “Eis-me aqui”.
5 Samuel correu para junto de Heli e disse: “Eis-me aqui: chamaste-me”. “Não te chamei, meu filho, torna a deitar-te”. Ele foi e deitou-se.
6 O Senhor chamou de novo Samuel. Este levantou-se e veio dizer a Heli: “Eis-me aqui, tu me chamaste”. “Eu não te chamei, meu filho, torna a deitar-te”.
7 Samuel ainda não conhecia o Senhor; a palavra do Senhor não lhe tinha sido ainda manifestada.
8 Pela terceira vez o Senhor chamou Samuel, que se levantou e foi ter com Heli: “Eis-me aqui, tu me chamaste”. Compreendeu então Heli que era o Senhor quem chamava o menino.
9 “Vai e torna a deitar-te”, disse-lhe ele, “e se ouvires que te chamam de novo, responde: ‘Falai, Senhor; vosso servo escuta!’” Voltou Samuel e deitou-se.
10 Veio o Senhor pôs-se junto dele e chamou-o como das outras vezes: “Samuel! Samuel! Falai”, respondeu o menino; “vosso servo escuta!”
19 Samuel crescia, e o Senhor estava com ele. Ele não negligenciava nenhuma de suas palavras.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 39/40
Eu disse: “Eis que venho, Senhor!”
Com prazer faço a vossa vontade.


Esperando, esperei no Senhor
e, inclinando-se, ouviu meu clamor.
Canto novo ele pôs em meus lábios,
um poema em louvor ao Senhor.

Sacrifício e oblação não quisestes,
mas abristes, Senhor, meus ouvidos;
não pedistes ofertas nem vítimas,
holocaustos por nossos pecados.

E então eu vos disse: “Eis que venho!”
Sobre mim está escrito no livro:
“Com prazer faço a vossa vontade,
guardo em meu coração vossa lei!”

Boas novas de vossa justiça
anunciei numa grande assembléia;
vós sabeis: não fechei os meus lábios!
Leitura (1 Coríntios 6,13-15.17-20)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
6 13 Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos: Deus destruirá tanto aqueles como este. O corpo, porém, não é para a impureza, mas para o Senhor e o Senhor para o corpo:
14 Deus, que ressuscitou o Senhor, também nos ressuscitará a nós pelo seu poder.
15 Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, então, os membros de Cristo e os farei membros de uma prostituta? De modo algum!
17 Pelo contrário, quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito.
18 Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo.
19 Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis?
20 Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.
Palavra do Senhor.
Evangelho (João 1,35-42)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Encontramos o Messias, Jesus Cristo, de graça e verdade ele é pleno; de sua imensa riqueza graças, sem fim, recebemos
(Jo 1,41.17).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
1 35 No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos.
36 E, avistando Jesus que ia passando, disse: “Eis o Cordeiro de Deus”.
37 Os dois discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus.
38 Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: “Que procurais?” Disseram-lhe: “Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras?”
39 Vinde e vede, respondeu-lhes ele. Foram aonde ele morava e ficaram com ele aquele dia. Era cerca da hora décima.
40 André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido João e que o tinham seguido.
41 Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: “Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo)”.
42 Levou-o a Jesus, e Jesus, fixando nele o olhar, disse: “Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que quer dizer pedra)”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
VINDE E VEDE!
O modo como se dava o discipulado de Jesus era muito distinto daquele dos rabinos. Na tradição rabínica, o discípulo escolhia seu mestre e por este era instruído na arte de interpretar as Escrituras. Esta atividade de caráter intelectual desenvolvia-se numa escola onde o mestre distinguia-se pela excelência do saber e o discípulo, pelo desejo de conhecer.
O método adotado por Jesus consistia na transmissão de um modo de ser, mais do que uma ciência. Os discípulos não estavam confinados numa escola, mas se colocavam no seguimento do Mestre e aprendiam, ouvindo suas palavras e presenciando o que ele fazia em favor do povo. Este aprendizado existencial ia transformando a vida do discípulo, num processo paulatino de assimilação de tudo que o Mestre realizava.
O discipulado, neste caso, consistia num duplo movimento. "Vinde" indicava que o discipulado se dava pela iniciativa de Jesus que convocava para o seu seguimento. Era ele quem chamava. Cabia ao discípulo aceitar o convite. "Vede" supunha concentrar a atenção na pessoa de Jesus para captar os valores que regiam sua ação e deixar-se moldar por eles.
Os primeiros discípulos aceitaram o convite de Jesus, ficaram fascinados por ele, e saíram para partilhar com os irmãos a experiência deste encontro transformador. Quem quiser se fazer discípulo do Senhor deverá trilhar o mesmo caminho.

Oração
Senhor Jesus, tu me chamaste para seguir-te. Faze de mim um discípulo autêntico, e que minha vida se espelhe na tua.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Concedei-nos, ó Deus, a graça de participar constantemente da eucaristia, pois, todas as vezes que celebramos este sacrifício, torna-se presente a nossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Sabemos que Deus nos ama e cremos no seu amor (1Jo 4,16).
Depois da comunhão
Penetrai-nos, ó Deus, com o vosso Espírito de caridade, para que vivam unidos no vosso amor os que alimentais com o mesmo pão. Por Cristo, nosso Senhor.

#VamosEmPaz
Dom Divino

Fonte: Dom Total
Imagem Google


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